A ideia de educação para competitividade, associada ao desenvolvimento científico e tecnológico, e o ideal de educação voltada à cidadania social constituem, um tanto contraditoriamente, consensos na agenda dos debates e formulação de políticas setoriais em âmbito internacional.
O ensino formal passa a ocupar, junto com as políticas de ciência e tecnologia, lugar central e articulado na ponta das macro-políticas do Estado, como fator importante à qualificação dos recursos humanos requeridos pelo novo padrão de desenvolvimento, no qual a produtividade e a qualidade dos bens e produtos são determinantes à competitividade internacionalizada.
Ainda que por si só a Educação não assegure a justiça social, nem a erradicação da violência, o respeito ao meio ambiente, o fim das discriminações sociais, e outros objetivos humanistas hoje apresentados às sociedades; ela é, sem dúvida, parte indisponível do esforço a fim de torná-las mais igualitárias, solidárias e integradas.
Essa associação entre educação, trabalho e desenvolvimento tecnológico aparece mais enfaticamente na política para o ensino médio.
Embora esteja ocorrendo um aumento das matrículas nesse grau, o fato não se deve, necessariamente, a uma maior qualidade do ensino fundamental (ainda com altos índices de evasão e repetência), mas sim a resultados de exames supletivos e ao retornos de adultos cujos estudos foram interrompidos.
Porém, um dos maiores problemas do ensino médio no Brasil, refletindo-se nas suas políticas, é o da sua identidade: oscila entre o ensino propedêutico (método de habilitação), cujo objetivo é preparar o aluno para o ensino superior, e a formação profissional, tendente a ser vinculada às necessidades do mercado de trabalho.
Buscando superar os impasses criados quando da pretendida profissionalização de todo o ensino médio; pois, grave consequência, aprofundou a sua dualidade ou a sua ambiguidade, esvaziando tanto o ensino preparatório quanto o profissionalizante; uma nova diretriz visou preservar o caráter unitário da formação pessoal, partindo da proposta de educação geral como eixo unificador, deixando a educação profissional condicionada à ampliação de sua duração.
Assim, atendida a formação geral do educando, poderia, em hipótese, trazer-lhe subsídios ao exercício de profissões técnicas no próprio estabelecimento de ensino, ou em cooperação com instituições especializadas. Os cursos teriam equivalência legal e habilitação ao prosseguimento dos estudos.
Entre as finalidades básicas do ensino médio, concebeu-se um verdadeiro antagonismo: a capacitação básica dirigida tanto ao trabalho quanto ao exercício da cidadania social.
No que se refere à política dessa graduação, nota-se, ainda hoje, destacada a sua concomitância com o contexto da profissionalização, ao desenvolvimento científico e tecnológico e, assim, à competitividade. A cidadania, obviamente, relegada a plano secundário. Afinal, sabe-se, são inconciliáveis os interesses do mercado e as demandas do cidadão no exercício pleno dos seus direitos. Tal qual água e óleo, não se mesclam.
(Caos Markus)
O ensino formal passa a ocupar, junto com as políticas de ciência e tecnologia, lugar central e articulado na ponta das macro-políticas do Estado, como fator importante à qualificação dos recursos humanos requeridos pelo novo padrão de desenvolvimento, no qual a produtividade e a qualidade dos bens e produtos são determinantes à competitividade internacionalizada.
Ainda que por si só a Educação não assegure a justiça social, nem a erradicação da violência, o respeito ao meio ambiente, o fim das discriminações sociais, e outros objetivos humanistas hoje apresentados às sociedades; ela é, sem dúvida, parte indisponível do esforço a fim de torná-las mais igualitárias, solidárias e integradas.
Essa associação entre educação, trabalho e desenvolvimento tecnológico aparece mais enfaticamente na política para o ensino médio.
Embora esteja ocorrendo um aumento das matrículas nesse grau, o fato não se deve, necessariamente, a uma maior qualidade do ensino fundamental (ainda com altos índices de evasão e repetência), mas sim a resultados de exames supletivos e ao retornos de adultos cujos estudos foram interrompidos.
Porém, um dos maiores problemas do ensino médio no Brasil, refletindo-se nas suas políticas, é o da sua identidade: oscila entre o ensino propedêutico (método de habilitação), cujo objetivo é preparar o aluno para o ensino superior, e a formação profissional, tendente a ser vinculada às necessidades do mercado de trabalho.
Buscando superar os impasses criados quando da pretendida profissionalização de todo o ensino médio; pois, grave consequência, aprofundou a sua dualidade ou a sua ambiguidade, esvaziando tanto o ensino preparatório quanto o profissionalizante; uma nova diretriz visou preservar o caráter unitário da formação pessoal, partindo da proposta de educação geral como eixo unificador, deixando a educação profissional condicionada à ampliação de sua duração.
Assim, atendida a formação geral do educando, poderia, em hipótese, trazer-lhe subsídios ao exercício de profissões técnicas no próprio estabelecimento de ensino, ou em cooperação com instituições especializadas. Os cursos teriam equivalência legal e habilitação ao prosseguimento dos estudos.
Entre as finalidades básicas do ensino médio, concebeu-se um verdadeiro antagonismo: a capacitação básica dirigida tanto ao trabalho quanto ao exercício da cidadania social.
No que se refere à política dessa graduação, nota-se, ainda hoje, destacada a sua concomitância com o contexto da profissionalização, ao desenvolvimento científico e tecnológico e, assim, à competitividade. A cidadania, obviamente, relegada a plano secundário. Afinal, sabe-se, são inconciliáveis os interesses do mercado e as demandas do cidadão no exercício pleno dos seus direitos. Tal qual água e óleo, não se mesclam.
(Caos Markus)