
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
SÁBADO, 22 DE AGOSTO DE 2009:"INSTITUCIONAL"

domingo, 9 de agosto de 2009
SEXTA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2009:"LUGARES".

Dizemos "eu amo você".
O que isso quer dizer!?
Não seria "eu amo em você"?
Pois, o amor preexistente busca morada.
E a encontra noutra pessoa, que para ele também procura abrigo.
Somos, pois, lugares onde, habitando esse sentimento,
dele ganhamos dimensão:
livres do confinamento da pessoalidade,
superamos, na unicidade, as estreitas fronteiras do ego. (Marcus Moreiras Machado)
sábado, 8 de agosto de 2009
QUINTA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2009: "FUTURIDADE"

Uma das características fundamentais da modernidade foi a utopia de que a humanidade inauguraria a passagem triunfante da pré-história para a verdadeira história humana e isto implicava submeter sistematicamente a natureza aos objetivos humanos. Diante de um momento crítico da história, uma escolha se faz necessária: ou articulamos uma aliança internacional para cuidar da Morada que se nos é comum (mutuamente nos ajudando) ou arriscamos a nossa destruição e a devastação da diversidade da vida.
O processo de assédio à biosfera se tornou extremamente acelerado em conseqüência da nossa voracidade produtivista e consumista: hoje, espécie desaparece definitivamente a cada treze minutos o que aponta para o apocalipse ecológico de que a humanidade parece ter tomado consciência. O futuro -depois dessa intervenção intensa e permanente- não está mais garantido a partir de seus próprios mecanismos. Com isso, não só a humanidade arrisca a sua sobrevivência, mas é a extensa comunidade da vida que está ameaçada de extinção. Os seres humanos, enquanto inteligentes e livres, são chamados, pois, à proteção da integridade do universo. (Marcus Moreira Machado)
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
QUARTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 2009:"2 PONTOS"

A vaidade, se vigiada, é criativa.
Caso contrário, é apenas soberba,a serviço da ignorância,
pelo alheamento.
O limite entre uma e outra condição é bastante semelhante
ao liame entre o artista e o louco:
tênue.
A menor distância entre 2 pontos não é, nessa situação,
uma reta, porém, toda uma dimensão.
Esta não se confunde com nível nem prumo, pois que é, sim, rumo.
(Marcus Moreira Machado)
TERÇA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2009: "ANTROPOFAGIA NEOLIBERAL"


"HISTÓRIA SEM FIM" (ou... o fim da História ?)
Em razão de mudança de endereço, na cidade de Jacareí/SP (ocasião em que eu voltava a residir em meu imóvel, concluída reforma no prédio; local onde eu já dispunha de linha telefônica "tradicional", qual seja, a de acionista), solicitei à Telefonica -em data de 22 de março de 2006- , via fone, 'PEDIDO DE CANCELAMENTO DE LINHA TELEFÔNICA' e de 'ALTERAÇÃO DE ENDEREÇO PARA ENTREGA DE CONTA REMANESCENTE. A atendente me forneceu o número de protocolo. Mas, como me recuso a acreditar em protocolos dessa natureza, enviei (no mesmo dia), por cautela, NOTIFICAÇÃO ( sedex com 'AR', "acusa recebimento") à empresa. Nessa correspondência, reportei-me aos pedidos feitos, declinando o nome da atendente e o número do potocolo, além de reiterar o novo endereço, ao qual deveria a Notificada, isto é, a Telefonica, remeter, então, a conta remanescente. A empresa, recebida a minha notificação (data de 23/03/2006, como constante na devolução do cartão AR), em resposta (constando como "Processo de Atendimento", com numeração, inclusive), informou que me daria ciência da "decisão adotada após análise da solicitação, em um prazo de 10 dias". Todavia, jamais, este usuário recebeu qualquer outra correspondência da empresa, sem solução de continuidade, pois.É de se ressaltar: pela minha precaução, gastei com sedex AR, não medindo esforços a fim de tornar formais e expressas as solicitações formuladas originariamente à atendente. Com efeito, eu não gastaria mais um tostão com a relapsa Telefonica. Mais tarde (bem mais tarde!), em junho de 2008, fazendo compra em estabelecimento comercial, fui informado que o meu nome estava com restrições no SPC. Mediante 'consulta', a informação: acusando débito desde 12 de abril de 2006, a Tefonica fez incluir, em DEZENOVE DE MAIO DE 2008, o meu nome no cadastro de devedores, SPC.Após, fixando residência e domicílio na capital paulista, solicitei à mesma, mesmíssima empresa, a Telefonica, uma linha,e, ainda, speedy e serviço de secretária eletrônica. Num passe de mágica, eu obtive tudo o que pedi, sem quaisquer restrições. (Conferi, o meu nome ainda lá, no cadastro de devedores!!!).Demandando contra a empresa, através do Juizado Especial, foi determinado -em 8/7/09- o prazo de até 15 dias para que a Telefonica providenciasse a exclusão do meu nome no SPC. Esgotado esse prazo.... Nada!!! Eu protocolizei, em data de 28 de julho/2009, petição pela EXECUÇÃO da sentença judicial, o que é feito nos próprios autos da ação originária. Aguardo a tramitação.Curiosamente, quando dessa protocolização, um funcionário do Judiciário, disse-me: "As agências reguladoras, inclusive a Anatel, não respeitam nem ordem judicial. Aqui, quando temos pedidos contra prestadoras de serviço de telefonia ou de energia elétrica, somos orientados a telefonar à respectiva agência reguladora, antes da propositura da ação. Sempre que fazemos isso, a resposta é 'não é com a gente, nós não temos nada a ver com isso'."A Históra Sem Fim (ou o fim da História) vai além.Recentemente, com a precariedade no funcionamento do Speedy, solicitei suporte técnico ao provedor (Terra). A conta, com vencimento em data de 12/08/09, veio acrescida de R$ 14,90. Na discriminação do EXTRATO, o provedor TERRA indica: "Suporte - Avulso".Resumo da ópera (com direito a truão na Corte): confirmei o que denuncio faz tempo -as Agências Reguladoras tão-somente "regulam", ou melhor dizendo, tutelam, os interesses do capital internacional investido no Brasil. Na Doutrina Monroe, "A América para os americanos" (os do Norte, obviamente). No rebotalho do neoliberalismo, 'os brasileiros para a antropofagia do capital estrangeiro'. (Marcus Moreira Machado)
sábado, 1 de agosto de 2009
SEGUNDA-FEIRA, 17 DE AGOSTO DE 2009:"MATURA A IDADE"

DOMINGO,16 DE AGOSTO DE 2009:"A POBREZA EXPANDIDA"

No Brasil, compreendida a "crise" como provisória circunstância, ela é, de fato, o reflexo imediato da "má administração do desenvolvimento e da mudança".
O país, agora um simples espectador da sofisticada tecnologia estrangeira, ainda não alcançou a fundamental "liderança técnica" que, a despeito da superação da "crise", possa garantir-lhe a "competência " como defesa às imprevisões futuras. Nesse aspecto, o Japão soube "copiar" a tecnologia norte-americana, adquirindo-a, sistematicamente, através de sucessivos "contratos de licenciamento", privilegiando-os sobre os investimentos estrangeiros.
É de compreender-se que a formação de estoques de capitais é uma "decisão humana" específica, comportando a aquisição do conhecimento como base do processo. Porém, sem o aprimoramento das "estruturas internas políticas e econômicas", não há que se falar em conversão dos recursos em melhor economia e mais organizada sociedade, pois que a criação da riqueza provém de anterior difusão do conhecimento, a partir do restabelecimento das instituições criadoras dessa mesma riqueza.
Modernamente, contrariando o período inicial da exportação do capital, em que o financiamento se operava pelos recursos exportados do país investidor, a mobilização desses recursos é feita no próprio mercado do investimento, diminuindo substancialmente as transferências de capital do país originariamente investidor. Obviamente, a "complementação" se faz pela participação financeira governamental e dos bancos de investimentos.
Colaborando, também, com a escassez dos estoques de capitais, os subsídios aos bens importados, indiretamente, através da isenção de impostos, repercutem na economia nacional, depauperando-a ainda mais, posto que, aumentando a competividade do produto estrangeiro, leva o país à ociosidade e ao desemprego, em verdadeira discriminação contra a indústria nacional. E, mesmo que o mecanismo adotado seja a redução das alíquotas de importação, diminuída a produtividade interna, subtrai-se a capacidade das reservas cambiais.
Ora, se existir de fato a pretensão de erradicar-se a inflação, sem o receio de conseqüente recessão, há que se promover, seja qual for o governo, reformas estruturais capazes de intervir definitivamente para a aquisição de "Know-how", impedindo-se o monopólio da pesquisa que determina a “transferência" de tecnologia apenas pelo pagamento de "royalties".
A má administração do desenvolvimento e da mudança, mais uma vez é a responsável pelo longo período de transmissão denominado "crise", considerando-se aqui não a impossibilidade e sim a falta de decisão humana ou, mais apropriadamente, a ausência de vontade política.
Coniventes ou não, os governos de países subdesenvolvidos têm permitido que esses se tornem "plataformas de exportação", expressão utilizada por Celso Furtado para explicar a estratégia dos países desenvolvidos que, procurando se instalar em áreas onde os salários são baixíssimos, empreendem a reconquista do mercado interno a partir do corte do custos de produção. Proclamar severo combate aos oligopólios sem observar a natureza da concorrência oligopolista, será sempre discurso sem conteúdo, desatento ao modo como as grandes empresas, através dos "holdings", procuram expandir-se pelas nações pobres. Diversamente, o incentivo fiscal e tributário às pequenas empresas é forjar a imprescindível "identidade econômica" de que precisa não apenas o Brasil, mas todos os países hoje dependentes das nações economicamente desenvolvidas.
A contradição que se verifica nas nações do mundo subdesenvolvido, coexistindo, lado a lado, abundância de matérias-primas, poderosa força de trabalho, e a extrema pobreza traduzida pala mendicância e prostituição, é, deveras surpreendente. Mas, identificados os males, cabe reconhecer as suas causas; não há cabimento, no caso, para o fatalismo que apregoa total carência de infra-estruturas que permitam o desenvolvimento gerador de riquezas, pois essa condição de prosperidade não nasce por si só, antes depende das decisões governamentais específicas, no sentido de preparar um futuro.
Mais outra vez cumpre notar que o elemento fundamental desse processo de emancipação é o "conhecimento", não o transferido, mas sim o adquirido.
O futuro, dessa maneira interpretado, não será obra do acaso, porém o desdobramento planejado passado que o previu. (Marcus Moreira Machado)
SÁBADO, 15 DE AGOSTO DE 2009:"DELÍRIO"

(Marcus Moreira Machado)
SEXTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2009:"LIAME"

QUINTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2009:"NOME AO BOI"

De várias maneiras, andam descobrindo o Brasil. Há sinais de proximidade de terras, como há escrivães de plantão, sempre prontos à narrativa de tão auspicioso descobrimento. A cultura nacional, também, a cada dia é redescoberta, como segmento de raízes mais nobres. E, ainda que matemos, roubemos, julguemos e condenemos, somos fidalgos.
Em "Calabar, O elogio da traição", Ruy Guerra e Chico Buarque lembram, na voz emocionada do personagem Mathias: "Sabe, no fundo eu sou sentimental. Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo. Além da sífilis, é claro. Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar, meu coração fecha os olhos e, sinceramente, chora".
Mathias de Albuquerque, "governador e comandante supremo de Pernambuco, Itamaracá, Paraíba e Rio Grande" só faz lembrar uma certa hereditariedade, mesclada entre o atroz e o passionário, presente no caráter nacional. Pois, acrescenta a cantiga: "Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal, /Ainda vai tornar-se um imenso Portugal. /Ainda vai tornar-se um Império Colonial".
Por isso esse Brasil, esse país colonial, descoberto aos poucos, essa "erva marinha", esse "rabo-de-asno" indicando a promissão que nunca chega. Coincidência ou não, Pascoal recebeu esse nome em virtude de ser o tal monte o primeiro ponto avistado pela maruja de Cabral, no dia de uma das oitavas da Páscoa; e hoje todos esperamos, ainda, que venha a ser uma Canaã, como de Deus fosse realmente brasileiro e nós os únicos de Abraão.
Porém, já é chegada a hora de darmos nome ao boi, isto é, ao povo destas plagas. Porque se somos assim tão pacientes, de qual adjetivo nos servimos? O "paciente-resignado", o "paciente-sofredor", o "paciente-manso", o "paciente-doente", ou aquele outro tipo, "o que recebe a ação de um agente"? Ou seríamos todos eles simultaneamente? O quê é bem mais provável, dada a aparente complexidade a permitir até uma "especialização sociológica" - os "brasilianists", estudiosos supostamente ilustres porque hipoteticamente examinam e entendem melhor do Brasil e dos brasileiros do que nós mesmos.
Essa nossa condição de colonos reflete-se, notadamente, nas fontes de inspiração aonde buscamos paradigmas à nossa evolução. Exemplos não faltam. como é o caso de legislações consideradas de primeiro mundo, o mesmo que procuramos imitar, sem, no entanto, a devida atenção para o contexto de quarto mundo em que vivemos e, portanto, a sua inadequadação.(Marcus Moreira Machado)
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