Etnia é o termo corretamente aplicado ao se referir às diferenças entre um povo e outro: são as distinções comportamentais, culturais e organizacionais que categorizam os membros de uma etnia. As características físicas são um dos fatores mais utilizados para diferenciar as pessoas: olhos puxados são típicos de orientais, peles negras são os referenciais dos africanos, enquanto as relações com a natureza são fortes marcas dos índios. Estas marcas, quando não compreendidas ou não aceitas, levam a um pré-julgamento da sociedade. E quando surgem dois termos polêmicos, temas constantes de muitas palestras: preconceito e discriminação.
Preconceito são as crenças forjadas sobre determinados grupos através de suas marcas consideradas inadequadas, indesejáveis. Os apelidos pejorativos aplicados a estas etnias são provas concretas da rejeição a estes registros de identificação. Após, do preconceito nasce a discriminação.
Assim, discriminação é o tratamento dispensado a determinados grupos em função do preconceito criado com base nas marcas de identificação. Geralmente, ocorre de forma díspar, pela negação (desenvolvida por um grupo preconceituoso) das características de outro; principalmente pelos recursos dos quais uma etnia é dotada, como dinheiro, poder etc. O preconceito é responsável pelo aumento da discriminação, e a discriminação tem como justificativa o preconceito. O preconceito é uma crença visivelmente componente da cultura de parte da sociedade.
Considerando as pechas atribuídas a grupos étnicos, estudiosos analisaram e identificaram quatro tipos de pessoas preconceituosas e suas relações com a discriminação.
O ‘sempre liberal’: é aquela pessoa não dotada de preconceito contra nenhum tipo de diferença, seja ela de caráter cultural, organizacional ou seu poder econômico. Em função disso, não comete atos discriminatórios, mesmo sob pressão social.
O ‘liberal relutante’: não é preconceituoso por natureza, mas preocupado com sua posição social e a possíveis questionamentos sobre o seu comportamento, age de forma preconceituosa com determinados grupos, em conformidade com a classe na qual vive.
O ‘tímido intolerante’: é o preconceituoso nato, porém receoso de expor seu conceito e seu comportamento discriminatório por medo de repreensão da sociedade na qual está inserido, ainda que a sua classe seja adepta do comportamento discriminador.
O ‘sempre intolerante’: é preconceituoso e discriminador; independentemente da relação com sua classe e a postura desta em relação aos traços de outra etnia, expõe seu preconceito de forma clara e explícita, não se importando se por consequência os seus atos lhe trarão questionamentos e censuras da sociedade na qual vive.
Estas definições de preconceituosos e discriminadores podem acarretar dúvidas quanto às pessoas atingidas de alguma forma. Em se tratando de discriminação, é mais apropriado estudar não os atos isolados, referentes a indivíduos e à sociedade em geral, mas sim a discriminação institucionalizada. A discriminação institucionalizada está relacionada diretamente com as estruturas e formação da sociedade, sendo consistentes e padronizadas por crenças culturais e preconceitos. É o caso, por exemplo, dos escravos libertos após a abolição: há dificuldade de acesso à cidadania, educação e direitos sociais assegurados, por lei, a todos os indivíduos. Esta restrição se origina da negação gerada pelos preconceitos. Como efeito do pós-liberto (sem dinheiro e sem moradia), muitos negros se fixaram em favelas e guetos, onde redutos de drogas e crimes comandam a vida social desses moradores. Em função disto, para incluir esses negros na sociedade, retirando-os de situações precárias, políticas públicas deveriam ser implantadas, permitindo a integração desta classe discriminada. Em contrapartida, para a sociedade, esses projetos não serão eficazes se os próprios segregados não se interessarem em deslocar-se de uma para outra condição social, o que requer autoconsciência étnica inserta na conscientização sócio-política geral.
Preconceito são as crenças forjadas sobre determinados grupos através de suas marcas consideradas inadequadas, indesejáveis. Os apelidos pejorativos aplicados a estas etnias são provas concretas da rejeição a estes registros de identificação. Após, do preconceito nasce a discriminação.
Assim, discriminação é o tratamento dispensado a determinados grupos em função do preconceito criado com base nas marcas de identificação. Geralmente, ocorre de forma díspar, pela negação (desenvolvida por um grupo preconceituoso) das características de outro; principalmente pelos recursos dos quais uma etnia é dotada, como dinheiro, poder etc. O preconceito é responsável pelo aumento da discriminação, e a discriminação tem como justificativa o preconceito. O preconceito é uma crença visivelmente componente da cultura de parte da sociedade.
Considerando as pechas atribuídas a grupos étnicos, estudiosos analisaram e identificaram quatro tipos de pessoas preconceituosas e suas relações com a discriminação.
O ‘sempre liberal’: é aquela pessoa não dotada de preconceito contra nenhum tipo de diferença, seja ela de caráter cultural, organizacional ou seu poder econômico. Em função disso, não comete atos discriminatórios, mesmo sob pressão social.
O ‘liberal relutante’: não é preconceituoso por natureza, mas preocupado com sua posição social e a possíveis questionamentos sobre o seu comportamento, age de forma preconceituosa com determinados grupos, em conformidade com a classe na qual vive.
O ‘tímido intolerante’: é o preconceituoso nato, porém receoso de expor seu conceito e seu comportamento discriminatório por medo de repreensão da sociedade na qual está inserido, ainda que a sua classe seja adepta do comportamento discriminador.
O ‘sempre intolerante’: é preconceituoso e discriminador; independentemente da relação com sua classe e a postura desta em relação aos traços de outra etnia, expõe seu preconceito de forma clara e explícita, não se importando se por consequência os seus atos lhe trarão questionamentos e censuras da sociedade na qual vive.
Estas definições de preconceituosos e discriminadores podem acarretar dúvidas quanto às pessoas atingidas de alguma forma. Em se tratando de discriminação, é mais apropriado estudar não os atos isolados, referentes a indivíduos e à sociedade em geral, mas sim a discriminação institucionalizada. A discriminação institucionalizada está relacionada diretamente com as estruturas e formação da sociedade, sendo consistentes e padronizadas por crenças culturais e preconceitos. É o caso, por exemplo, dos escravos libertos após a abolição: há dificuldade de acesso à cidadania, educação e direitos sociais assegurados, por lei, a todos os indivíduos. Esta restrição se origina da negação gerada pelos preconceitos. Como efeito do pós-liberto (sem dinheiro e sem moradia), muitos negros se fixaram em favelas e guetos, onde redutos de drogas e crimes comandam a vida social desses moradores. Em função disto, para incluir esses negros na sociedade, retirando-os de situações precárias, políticas públicas deveriam ser implantadas, permitindo a integração desta classe discriminada. Em contrapartida, para a sociedade, esses projetos não serão eficazes se os próprios segregados não se interessarem em deslocar-se de uma para outra condição social, o que requer autoconsciência étnica inserta na conscientização sócio-política geral.
(Caos Markus)
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