Franca e livre, eis, da essência, as primordiais características da liberdade.
A liberdade que o revoltado defende, todavia, não é abstrata e absoluta.
Ele sabe que entre o fraco e o forte, a liberdade oprime.
A liberdade revoltada pressupõe limites, a fim de preservar o valor humano.
A revolta, assim, contesta o poder que permite a um suposto 'superior' violar o limite do proibido. Admitir a "liberdade" sem restrições é aceitar a morte.
E o revoltado protesta, em oposição permanente, a essa morte.
Pois, não sendo nestes termos, 'liberdade' é injustiça.
Por essa razão, a revolta impõe-se contra a injustiça.
O revoltado empreende esforços dirigidos a uma ação digna do homem.
Ele sabe, para ser fiel ao ser humano tem de ser obstinado, no propósito de poder afirmar a justiça, admitindo e propugnando restrições como absolutamente indispensáveis à preservação da liberdade desprovidada de exclusividades.
(Caos Markus)
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