Pablo Emmanuel:
Quando eu penso que vou ter que acordar cedo amanhã para encarar salas de aula desordeiras com simulacros de estudantes, apenas fantasmas com os quais o Estado tem alto gasto inútil, tenho mais é vontade de morrer, no mais lúcido desejo de morte, pois, num ambiente de caos e conflito sucessivos, eu me transformo em alguém que eu não sou, nunca fui, nem quero ser. Job burnout. Chega, tô queimadaço, já era.
Luiz Claudio Souza:
Simulacros de Estados, simulacros de professores e simulacros de escolas, crianças são as verdadeiras vítimas deste descalabro que é a nossa sociedade consumista e ignorante.
Marcus Moreira Machado:
Amigo Pablo, não são poucos os que a nós, professores, querem atribuir toda a responsabilidade por essa deplorável efígie, a caricata imitação de uma sociedade, cuja solidez institucional não existe, cedendo lugar ao consumo enquanto 'ideol...ogia', ou, ao consumismo ideológico. Neste sentido, o Estado é a mais alta instância do mesmo simulacro. Cumpre-nos registrar, todavia, que crianças e jovens não são seres incompletos, à mercê de suplementação (a médio ou longo prazo) de 'cabeças,troncos e membros', pendentes de desenvolvimento em seus corpos. Tratados, então, como seres humanos que são desde o nascimento, muito antes alcançariam maturidade não encontrada também nas gerações precedentes, estas dos 'adultos' de hoje, a reproduzirem igual arremedo anteriormente lhes incutido pela ideologia do poder. Os protagonistas dessa Babilônia, das Sodomas e Gomorras contemporâneas, são os mesmíssimos indolentes de todo o sempre, cuja burla menor é o vício maior da adoção de técnicas sociais de condicionamento, pelo alheamento alucinante e inábil a enxergar o real das vicissitudes características da vida. Ser troglodita numa tribo da pré-história era algo condizente com a época, considerada a evolução do homem. Ser "pré-histórico" hoje, é não ser nem proto-histórico nem homo- sapiens: é ser, cada um, o seu próprio 8º passageiro, o Alien da autofagia, sequer perceptível em distâncias tão curtas, diante de incontroláveis frenesis.
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