Se entedemos o perigo eminente na passividade da juventude contemporânea, a destruir estruturas sociais sem apresentar qualquer outro modelo supostamente mais adequado à realidade atual, devemos então empreender esforços para que as 'ciências humanas' libertem-se dos grilhões do subjetivismo cartesiano, distanciando-se do espírito possessivo da tecnocracia moderna proveniente desse arremedo de filosofia.
Apenas a partir daí, pelo desenvolvimento dessas ciências, num relacionamento com o mundo então absolutamente humanizado, estarão aptas a colaborar na superação desse 'vaivém no nada de ninguém', dessa'alienação-em-si-mesmo', presentes no caráter dos homens da mal propalada 'sociedade do progresso', no mundo da economia culturalmente globalizada através do incerto neoliberalismo.
Enquanto não lograrmos conquistar um relacionamento fundamentalmente isento frente ao espírito tecnocrata (despótico em sua natureza), os seres humanos, em sua imensa maioria, prosseguirão sua caminhada em círculos.
A ideia de que entre os indivíduos há somente uma possibilidade de relacionamento, qual seja, 'a dos vitoriosos em êxtase do poder destrutivo e a dos vencidos em desamparo', é concepção fundada nos conceitos de 'potência' e 'impotência', baseada na hipótese de transposições de poder, ou, quando muito, em diminuição de poder.
Insistir na exclusividade dessa via é condenar a si e a todos ao percurso interminável, sem sentido nem direção de uma circunferência absurdamente linear.
(Caos Markus)
Nenhum comentário:
Postar um comentário