Questionamento absolutamente inadiável, como romper o ciclo fatal de uma história que se 'naturalizou' e perdeu o seu papel humano ?
Nessa mesma história, reflexão determinante, de que forma alterar a sua 'natureza', artificializada, um espantoso espectro, irreconhecível e estranha ao humano ser que nela vive?
Vítima de um expatriamento transcendental, o homem contemporâneo vaga sem um suficiente princípio de razão a garantir-lhe pertencer a este mundo.
Se nas limitações de outrora (sob os dogmas cartesianos de cognição) o "conhecimento" fornecia estável referência ao hoje proclamado "sujeito da história", já agora, no entanto, duvida-se da própria identidade do "eu penso" , enquanto validação do 'existir'. Quem é, afinal, esse 'eu' que 'pensa' através de mim?
Tarefa impostergável, cabe-nos construir a propriedade da história, repensando a questão da atividade do 'sujeito', do indivíduo ao coletivo, jamais distanciada da ótica marxista no materialismo-histórico, repensando a garantia dos princípios lógicos da identidade, da não-contradição e de uma razão suficiente no tempo.
Não, não há plausibilidade em qualquer propalada 'rendenção'.
É imprescindível uma nova figura da razão, em consonância com o tempo presente, tendente a reconciliar seus aspectos de dominação e calculismo com sua passividade e receptividade.
Premente, hoje, a racionalidade habilitada à nossa inserção nas incertezas da história.
O rompimento da fatalidade na história exige inicial admissão: apresenta-se habitualmente fragmentada a própria história. E dela história não somos tão-somente os tais "sujeitos".
Transcendendo a noção de progresso apartado do conceito de evolução, deveremos, sim, acumular em único espaço as experiências de outros espaços e outros tempos.
(Caos Markus)
Nenhum comentário:
Postar um comentário