Sistemas sociais, instituições e grupos, generalizadamente, são (paralelamente à especificidade dos seus objetivos) instrumentos de busca e manutenção do 'poder'. Este desejo de 'poder' sempre está vinculado à originária condição humana. E, por isso, adquire qualidade de substrato dinâmico às adversidades de cada um de nós na relação com a vida.
Seres humanos são, contudo, capazes de inibir seu próprio desenvolvimento psíquico (comprometendo gravemente a realização de projetos que justificariam a sua existência), a partir de mecanismos autodestrutivos, desde as mais comuns somatizações até a extremada e singular conduta do suicídio.
De maneira análoga, também os sistemas sociais aniquilam-se, ou "suicidam-se".
Foi assim com a desintegração do Leste Europeu. Hoje, à semelhança desse passado ainda próximo, é igualmente o que se verifica entre os países árabes, sem discussão, aqui, das múltiplas causas externas e dos escusos interesses presentes nessa cisão.
Tão-somente em menor proporção, também os grupos se autoflagelam. E o fazem tanto por meio das fragmentações institucionais quanto através das dissidências.
O poder que mata é, pois, o mesmo que se mata.
(Caos Markus)
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