'Genocídio' (um neologismo), segundo os dicionaristas, é a recusa do direito de existência a grupos humanos inteiros, pela exterminação dos seus indivíduos, através da desintegração de suas instituições (políticas, sociais, culturais, linguísticas) e de seus valores identitários. O vocábulo certamente advém de 'geno', a exprimir tanto a idea de 'sexo' quanto a de 'geração'.
Outros variados léxicos apontam, como sinônimo do substantivo 'chacina', o figurativo 'matança', observando-se então o ato de 'chacinar' na sua anterior compreensão, qual seja, a de 'dispor carne de porco em postas', uma vez que 'chacim' é remota designação desse suíno.
Cientes da origem do mundo e do homem sobre a terra, e convictos de que o ser humano não principiou a sua existência na rude e primária forma de um porco; questionamos as múltiplas formas de extermínio ora praticadas pelo Brasil afora, não podendo nos furtar de também indicá-las como autênticas 'chacinas'. Pois, o que se nos parece é a manutenção da mais completa ruína constatada neste país, mergulhado na desintegração de suas instituições, quer as políticas, quer as sociais e culturais (com ênfase, no caso, ao aviltamento da Educação, em todos os níveis e graus).
Contextualizar a crise da economia internacional como causa ou reflexo na motivação dessas outras violências institucionalizadas é faltar com a mais elementar verdade. O estado de indigência do Brasil é consequência de histórica desonra. Aqui, uma sociedade abjetada pelo poder promíscuo, onde a aversão aos cidadãos e à convivência social é regra consolidada num estado de exceções reiterado por regimes corrompidos no nascedouro, posto que implementados visando, só e tão-somente só, este único e mesmo objetivo: devorar!
(Caos Markus)
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