'Honestidade' só existe quando cobrada. E só a exige aquele que detem o poder. Então, o que é 'honestidade', senão a exigência imposta pelos mais fortes aos mais fracos?
Por processo de intimidação contínua, a 'selvageria' tornou-se sofisticada, interpretada em 'linguagem civilizatória'. Condicionados, nos adequamos às exigências do poder, auto-proclamado fiel tradutor dessa mesma 'honestidade'. Subjugados, aceitamos seus 'padrões', sempre unilaterais, ditados por alguém a formular as regras que deveremos seguir em nome dessa moral "decretada".
A coerção é, com efeito, o verdadeiro instrumento na criação deste falso valor, a 'honestidade', considerada enquanto reflexo do domínio.
Não é a 'ética' que pressupõe a 'honestidade', mas sim a 'concentração de poder' que a regula. Vale dizer, a hipocrisia ordena o comportamento dirigido a assegurar 'infalibilidade' de um 'sistema' baseado em governo exercido por minorias políticas e econômicas, muito embora desonestamente atribuído à representação da maioria.
Lamentavelmente, majoritários, os "honestos" obedientes endossam a fórmula, repassando-a como 'valor cultural' da história que se repete, sem fim.
(Caos Markus)
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