O mundo sensível é apenas uma sombra do mundo das idéias. Porque tão-somente à sua sombra suportamos viver. São as idéias, contudo, que constituem o verdadeiro real, fornecendo-nos normas a orientarem nossa conduta.
Não devemos acreditar, porém, que nesse mundo exista um tipo único de homem, a ser copiado por quem possua a natureza humana. De igual maneira, não podemos seguir idéias tão determinadas a ponto de esvaziarem qualquer iniciativa pessoal. Com efeito, as idéias encerram toda a possibilidade de escolha, ainda que esta jamais possa ser absolutamente impessoal. E é através das contínuas escolhas que delineamos um caráter diferente de qualquer outro.
Afinal, reiteradamente, estamos diante de um ideal humano, impregnado de suas particulares essências e de seus típicos valores. Desse ideal cabe a cada um de nós reinventá-lo ou redescobrí-lo, todos os dias. Pois, cada uma das nossas opções nos abre a novas perspectivas, salvaguardada por princípio, sim, a concepção segundo a qual todo homem é aquilo que ele a si próprio faz.
(Caos Markus)
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