Com a lei não há diálogo. Com ela, aos governados é reservada tão-somente uma relação unilateral. Na totalidade das estruturas institucionais, constata-se apenas um dircurso com a lei, qual seja, aquele firmado em nome do Estado. Pois, com o Estado não existe a menor possibilidade de se ouvir outra palavra que não a dele próprio, pouco importando tratar-se de vazia ou plena, porque validade alguma possui a palavra alheia. A comunicação é feita, via de regra, através da ritualização legalista, mantida submissa a sociedade pelos "autores" do Poder, os juristas. Subserviência que se dá no universo do silêncio, no universo da norma que tudo sabe, tudo diz; a norma que, a um só tempo, pergunta e responde.
(Caos Markus)
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