'Trajetória' é o caminho descrito por algo que se move. Numa 'trajetória' define-se um marco zero para, a partir dele, medir comprimentos, os indicadores da posição do móvel.
Habitualmente, atribuímos o mesmo significado às palavras 'direção' e 'sentido'. Na Física, estes dois vocábulos expressam significados diferentes.
Por exemplo, a 'direção' do movimento de um automóvel é horizontal, e o 'sentido' será para a 'esquerda' ou para a 'direita', dependendo de para qual lado da 'trajetória' o carro esteja se movendo.
Em História aprende-se que Girondins, Jacobins e Cordeliers, representando, juntos, o Terceiro Estado (durante a Revolução Francesa), ocupavam o 'lado esquerdo' da Assembléia Nacional. O 'lado direito' era reservado ao Clero (Primeiro Estado) e à Aristocracia (Segundo Estado). Com efeito, a atual conotação política dos termos 'Esquerda' e 'Direita' provém desta 'divisão' inicial.
No Brasil, caminhando na direção da verticalidade política, parece não haver senão um só sentido na trajetória da Esquerda e da Direita, a se moverem, juntas, para o mesmo lado, o do Poder que buscam ocupar.
Aqui, a 'divisão' é outra. 'Protagonistas' e 'coadjuvantes' têm assento garantido (através do sufrágio) por terceiro 'termo': uma 'platéia' que se acredita representada nas "assembléias" dos poderes constituídos. Formatada, com formato, conformada.
(Caos Markus)
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