Várias são as divagações acerca da 'loucura'.
Nessa pluralidade, pode-se refletir sobre a loucura como 'confusão', 'agressividade' ou demasiada 'frustração'. Ou também como desenvolvimento 'defeituoso', como 'espera insuportável' e como 'falta de esperança'.
Noutro diapasão, pode-se pensar a 'sanidade' como violação de tabus, como 'consciência tolerável de nossos limites', como 'vitalidade preservada', como 'fé' e até como 'sorte' por se ter nascido com quantidades certas de emoções para não odiar nem o desejo nem o nosso corpo.
Afinal, é sanidade a capacidade de suportar as tensões das experiências, nas diferentes escolhas que fazemos? Há sanidade no reconhecimento das implicações éticas dos atos e na consideração dos efeitos devastadores da humilhação? É sanidade a importância que se dá à esperança?
Todavia, o 'dinheiro' passeia pelos estragos produzidos pela cultura ao estabelecer como amá-lo e como este amor nos leva para longe dos valores que prezamos. Então, uma outra pergunta: o acúmulo de capital é loucura, é extravagância ou é usurpação?
Ou, quem sabe (quem sabe?), tudo não passa de perguntas 'loucas' para respostas desejadamente 'normais'?
(Marcus Moreira Machado)
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