Do Oiapoque ao Chuí,/
brasileiramente americano,/
derramam sangue os fortes daqui./
sob a mira do paisano,/
defrontam-se com o fardado/
os caboclos na canga do arado/
João da Silva é fulano/
-peão, bóia-fria, tecelão-/
que enfrenta os donos da nação./
Neste país continental,/
tomba ainda criança/
gente que deixa lembrança,/
de tanta morte "acidental"./
Se a história traz a verdade,/
é esperança a liberdade./
Se o povo sempre resiste/
é porque sabe quanto é triste/
calar o pranto no canto geral,/
sob as estrelas de um general.
(1975)
(Marcus Moreira Machado)
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