Eis os limites à que nos reduziram: externamente, a pressão do neocolonialismo; aqui dentro a evidência do coronelismo por mandato, confundindo lei com ordem-de-serviço.
A aritmética de um e de outro é ficção, é surreal, é ilusionista , Steven Spielberg, Salvador Dali, David Coperfield. Valor nominal e valor real são tratados como uma coisa só, o mesmo número; comemora-se a queda vertiginosa da inflação para percentuais mínimos enquanto a miséria grassa em geométrica. Os indicadores econômicos orientam contribuintes na desorientada bússola da reivindicação social; e o movimento sindical senta no rabo porque não aprendeu a fazer outras contas senão as do patrão .
O país tropical, que tanto se orgulha de não ter terremoto nem morro de ventos uivantes , faz vista grossa ao “abalo sísmico” com “C” de cebola, provoca fendas e grotas na sua sociedade “extratificada” com “X” de “maucon-néx” róliudiano. O que fisiologicamente obriga a nação a ser ‘rép’; falando e escrevendo sem vírgulas , ansiosa por chegar lá , aonde a classe operária vai ao paraíso . Temos visconte - biscoito e chocolate; temos felino - gato siamês, xifópago, sete vidas e um destino; de cinema não temos o novo , ainda que por aqui Deus e o diabo esteja na terra do sol; do italiano temos uma certa inclinação mafiosa para desejar ter nascido na Calábria e comer o espaguete alheio; do francês nem Godard, apenas a vaga lembrança de um 14 bis sobrevoando Paris pelas mãos de um refinado Dumont.
Você já foi à Bahia ? Então não vá .Barra por barra, farol por farol , Rio de Janeiro continua lindo ( Alô, alô, aquele abraço ! Alô, alô, eu me desfaço ! ), tem Teresa da praia que não pode ser minha nem sua também. ( E a garota de Ipanema, mora hoje em Vigário Geral, Lava roupa todo dia, que agonia ? ) .
São Paulo, meu irmão de fé, meu amigo, meu camarada lenitivo ( nada , mas nada mesmo a ver com Lenin), não é mais da garoa, é submersa nas torrentes das paixões políticas que vão para o esgoto entupido da plebe rude. Não fume quando vier para cá. Nem pise na grama do Pacaembu, nem se esqueça, jamais, de fazer aquilo a que já está habituado desde o primeiro plano sazonal da temporada de caça aos famintos: aperte os cintos e sinta “uma-lufada’ de ar oxigenando os seus pulmões ecológicos como a rosa de Nagasáki, sempre que descer na liberdade. Liberdaade, liberdaade... abre as asas sobre nós...nas chuvas, nas tempestades, nas inundações...!!
ACM não é nome de empresa, é de empresário-senador da república dos guaianases, aimorés, txucarramães (?), do serviço de proteção à Funai. Não confunda sigla com frase, essa última há uma no seu pavilhão auri-verde tetra, seleção canarinho apreendido na alfândega por excesso de alpiste importado-contrabandeado do Tio Sam .
Eis os limites da fronteira da Ilha fantástica de Vera Cruz , que também se notabilizou filmando chanchadas, em co-parceria com Atlântida. Eis os confins do bye, bye, Brasil , onde eu mato a minha sede. Eis que de repente, não mais que de repente, em Teotônio Vilela os técnicos-nutricionistas do poder (eu tenho à força !!)público descobriram uma fórmula de salvar criancinhas esfomeadas: alimentando-as. Eis que é chegada a hora de bradar “Viva Zapata” aos astecas mais próximos dos maias. Que bonita camisa, Fernandinho ! É nova do século passado ?
Não só a pimenta do vatapá é indigesta. O dendê para quem não está acostumado, é tão indigesto quanto esse virado-à-paulista, mineiro, piauiense, capixaba, potiguar , gaúcho ... pois que Babel fica estrategicamente no Planalto Central, bem ali atrás do morro, onde eu corro num segundo começo a pensar. Por isso, não deveria faltar, jamais, nunca mesmo nem no varejo nem no atacado, sal de fruta. E, com tanta acerola, pitanga e tamarindo , esse imenso parque hortifrutigranjeiro da Fazenda Modelo não deveria deixar de privatizar as estatais de sal de fruta tropicais, evitando a indisposição reinante de quatro em quatro anos .
Você decide: ou se desliga de uma vez por todas -plim, plim - ou muda de canal. O que não dá mais pra segurar é essa asia , esse mal-estar, esse estômago nas costas de quem tem costas larga. A reforma tem que ser de base: ou você se cuida, relaxa e goza com a cara-de-pau que são aqueles outros, ou você muda de time. Se bem que não haverá diferença, você será sempre um gozador. Não é, baby ?
Afinal, há quem goste, e não são poucos, desse cardápio inspirado nos mais renomados gourmets, de Felipe Gonzales a Ernesto Zedillo, dessa mesa farta da pajelança nacional. Ou o sertanejo não é antes de tudo um forte, um bravo ?
Afinal, eis o final, the end, the happy end do american way of life da Doutrina Monroe, de Jefferson e da América para os americanos. Atrás do trio-elétrico só não vai quem já morreu. Na ressaca a gente toma sal de fruta .
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