Uma só é a realidade em tudo o que existe, não obstante o descomunal esforço do homem para diversificar classificações em nomenclaturas pretensamente identitárias. Nessa ilusão segue a vida o ser humano: discriminar, quantificar e qualificar. E assim agindo, ignora que todo o existente só pode ser experimentado. Na vã intenção de, através de 'definição', por meio de 'explicação', determinar alguma coisa, inobserva a supressão da 'vida' dessa mesma coisa, privando-a do dinamismo, fixando-a na imobilidade. Por isso, faz-se necessária a auto-vigilância, a fim de que todos duvidemos de nossos entendimentos, das certezas que se nos aparentam imutáveis. Porque toda explicação, qualquer conceituação, resultam em insana busca de respostas vertidas na ilusão, ficcionadas e transitórias, a gerarem inúteis e estéreis conflitos. Pois, procuramos frequentemente uma melhor imagem para nós mesmos, ou seja, uma outra ilusão.
Afinal, o esclarecimento efetivo não advém tão-somente do estudo ou de mudança de respostas. Aproximar-se da verdadeira substância, mesmo sem jamais alcançá-la em definitivo, é ver as coisas como elas simplesmente são: uma rosa é uma rosa, a paz é a paz, o amor é o amor...(Marcus Moreira Machado)
2 comentários:
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