NOITE OMINOSA (nefasta): a denominação foi dada pelo historiador Rocha Pombo para a noite de 21 para 22de setembro de 1710, quando o Rio de Janeiro abandonado pelas autoridades que deveriam defendê-lo, ficou exposto à sanha destruidora do invasor francês Duguay-Trouin. A noitada sinistra foi marcada pelo fogo da artilharia corsária, que despejava ferro, chumbo, chamas e morte, no bombardeio mais pavoroso e covarde que até então a cidade jamais sofrera. NOITE DA COVARDIA: assim chamada aquela em que embarcou, fugindo para o Brasil, a família real de Bragança, sob chuva torrencial na entristecida Lisboa, a 2 de novembro de 1807. Entre outros acontecimentos desagradáveis, ressaltou-se o escândalo provocado pela rainha louca, Dona Maria I, acometida de aguda crise de desespero. E acompanhando os brados da soberana, o povo vaiava estrepitosamente os fujões, quer dizer, a nata da aristocracia lusitana,que, chefiada pelo Príncipe Regente, esvaziara os cofres públicos, abandonando a pátria aviltada, empobrecida e desguarnecida. Hoje, sabemos, pois, que o Banco do Brasil, criação de Dom João VI, teve seu lastro inicial com o dinheiro usurpado do erário português.(Marcus Moreira Machado)
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