Falsa doutrinação, não existe possibilidade de desenvolvimento capitalista com distribuição de renda (uma utopia reacionária do reformismo) por um simples motivo: desde que a burguesia é burguesia, ela só faz buscar defender e aumentar seus lucros. E para cumprir essa meta, a forma mais rápida é a manutenção da sua política, sem abrir mão de seus privilégios.
Ora, a compreensão do desenvolvimento desigual e combinado da relação entre as classes no Brasil aponta única perspectiva revolucionária, a que leve em consideração a sua própria permanência. Pois, o proletariado de um país atrasado tem diante de si as tarefas da revolução democrático-burguesa, que a própria burguesia não pode cumprir; e, concomitantemente, a necessidade de avançar para a revolução socialista.
Tanto a reforma agrária como a real independência nacional -a ruptura com o imperialismo- só serão de fato realizadas contra esse imperialismo , contra a burguesia nacional e o latifúndio capitalista, sob a condução do proletariado. Tal significa ver a revolução socialista em seus estágios.
Para tanto, o proletariado terá de levar em conta a necessidade de ser o dirigente do conjunto das massas exploradas, desde os setores populares das grandes cidades; da juventude e, em particular, do movimento estudantil; e de seus irmãos proletários do campo.
O caráter permanente da revolução se manifesta sob outro aspecto. É possível que o proletariado de um país atrasado tome o poder antes mesmo que isso ocorra nos países imperialistas mais avançados. Mas a revolução não pode avançar depois da tomada do poder, na consumação de uma ordem socialista, caso os operários dos centros mais industrializados, dos paíse imperialistas, não tomem igualmente o poder.
Por esta razão, a revolução permanente e internacional é o maior e o mais difícil dos objetivos, mas que, ausente, jamais alcançará a transformação das estruturas sociais.(Marcus Moreira Machado)
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