
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
QUINTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO DE 2007: "HABITAT".
domingo, 14 de outubro de 2007
QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2007: "REORGANIZAR PARA REVOLUCIONAR".




Quanto mais se pretenda racionalizar o capitalismo atual, maiores serão os antagonismos que se criarão.
Há uma evidente razão neste raciocínio: a tendência de todo industrial é a de eliminar o trabalho humano.
Agora, a racionalização é aplicada para reduzir os preços de custos e aumentar ainda mais o lucro.
Os métodos, as tecnologias pelas quais se espera obter esse resultado, tiveram início com a organização científica do trabalho e a sua padronização (ou, a unificação dos produtos). Novas reformas foram então introduzidas.
A produção em série pressupõe o consumo igualmente em série. Assim, a "educação" dos consumidores é uma das condições do bom andamento desses novos métodos.
O CONSUMO INSTINTIVO deve ser repensado, a fim de que seja alterado para o CONSUMO RACIONAL.
A função da racionalização capitalista assim se determina: aperfeiçoar, padronizar e impor o produto como 'norma'. Simplificar a mão-de-obra manual para torná-la mais rentável. Imprimir ao trabalho o máximo de eficiência com um mínimo esforço. Coordenar as empresas com a finalidade de se evitar o gasto inútil de matérias-primas e energia, e diminuir o quanto possível os indesejáveis efeitos da concorrência.
Com isso, o capitalismo não pensa mais que reduzir o custo da produção, obtendo mais benefícios para os proprietários dos meios de produção, SEM SE IMPORTAR COM OS PREJUÍZOS CAUSADOS AOS TRABALHADORES.
De fato, o aumento da produtividade do trabalho, através do aperfeiçoamento técnico constitui a clássica forma do progresso da produção capitalista. E essa racionalização nas mãos do capitalismo acarreta, por efeito imediato, a redução radical na oferta de empregos pelo capital industrial, como se constata atualmente.
Por outro ângulo, a diminuição da soma total de salários da classe trabalhadora, por consequência dessa 'racionalização', explica a retração do mercado interior, e, apesar dos monopólios e cartéis, a luta agravada pelos mercados exteriores que levam, inevitavelmente, a novas guerras voltadas a novas divisões do mundo.
Por isto, ao humanizar e sistematizar a economia racionalizada, o verdadeiro revolucionário alcançará o fim das guerras, já que estas não são outra coisa senão o fruto podre das ambições desmedidas de uma imensa maioria de homens, num sistema minado por suas próprias contradições.
A reorganização econômica da sociedade, só ela, revolucionariamente, trará paz aos povos.
(Marcus Moreira Machado)
sábado, 13 de outubro de 2007
TERÇA-FEIRA, 16 DE OUTUBRO DE 2007: "ORGANIZAÇÃO, UMA FORÇA DE ATAQUE".


A colaboração de classes prepara o encadeamento definitivo do proletariado ao jugo capitalista e ao advento do fascismo.
O trabalhador deve repudiá-la com todas as suas forças, como nefasta a seus interesses imediatos -materiais e morais.
O proletariado não possui a escolha dos meios. Por isso, a sua conduta é ditada pelo capitalismo. A violência organizada e sistematizada obriga a resposta com violência igualmente organizada e sistematizada. À força deve-se opor a força.
O proletariado, em consequência, da mesma maneira que o capitalismo, também deve estabelecer seu sistema de defesa e de ataque; deve traçar o seu plano de destrutivo e construtivo; agrupar todos os elementos do problema que se propõe resolver e organizar suas forças, levando em conta, sempre, o objetivo a ser alcançado, e considerando as modificações frequentes nas quais o seu adversário planeja estrutura e ação.
A primeira tarefa do proletariado consiste em racionalizar a sua própria organização interior, e em escala internacional, se quiser com vitória contra o capitalismo.
É necessário que UNIFIQUE A SUA ORGANIZAÇÃO sobre o plano mundial, sem deixar de levar em conta as necessidades da cada dia.
O proletariado precisa nessa empreitada estabelecer um princípio geral de organização, para o presente e visando o futuro. E por esta razão, ele deve se opor a 'organizações' que já conhece, as do capitalismo, afastando-se da natureza das instituições que combate. Ou então a luta será inútil e a derrota, antecipadamente, a única certeza.
Na sua própria organização, a sua força de ataque!
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE OUTUBRO DE 2007: "EDUCAÇÃO GOVERNANTE".


Já no século XIII, surgiam os primeiros sinais de um ideal de governo que, lamentavelmente, ainda hoje busca efetiva realização.
Um ideal moderno, o de um governo, em nível mundial, pela educação. A educação governante, em que o homem em geral não seja nem servil nem oprimido, 'escravo' de um ditador ou de um Estado marcado pela demagocracia, Um governo com a parcela informada, inspirada e consultada pela comunidade.
Sobre a palavra 'educação', sobre o caráter educativo do governo é que se deve pôr insistência, tanto quanto sobre a idéia de que a informação deve preceder à consulta popular.
Será na realização prática da idéia de que a educação é uma função coletiva e pública, e não um negócio privado, que se encontrará a essencial distinção entre um Estado realmente moderno e qualquer outro que o tenha precedido.
O 'cidadão' atual, os homens começam afinal a compreendê-lo, deve ser primeiro informado (como base da 'formação') e depois, só depois, consultado.
Antes de poder votar, deverá ouvir o 'processo' e as 'provas'.
Antes de decidir, deverá 'saber'.
Não é abrindo seções eleitorais, mas sim fundando escolas e tornando a literatura e o saber universalmente acessíveis, que se o abre caminho a nos levar da submissão para o ESTADO VOLUNTÁRIO E COOPERATIVO, um ideal de fato contemporâneo.
Porque o voto em si mesmo é coisa sem valor. Há muito que os homens o tem, e de nada lhe vale.
Enquanto se mantém o homem afastado da educação, o direito ao voto é direito inútil ou, pior, arma perigosa.
A comunidade ideal que almejamos não pode ser mera comunidade de vontade, mas, sim, de 'saber' e de vontade para tomar o lugar da comunidade de fé e obediência.
A força apta a adaptar o espírito, tornando-o um "nômade de liberdade", dotado de auto-confiança compatível com a cooperação, a 'riqueza' e a segurança da civilização; essa força tem nome, se chama 'educação'. Apenas com ela teremos governo, o da educação governante!
(Marcus Moreira Machado)
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE OUTUBRO DE 2007: "COLETIVIZAÇÃO E SUPRESSÃO INDIVIDUAL";


Fato ainda recente, a coletividade tem manifestado evidente desejo de preservar para si as obras 'personalizantes' decorrentes do pretérito. Essa vontade, entretanto, estivera ainda voltada aos museus, a monumentos ou lugares. Data de pouco tempo a presença mais próxima do folclore na vida dos homens.
É de se questionar as razões da despreocupação com a conservação, o aperfeiçoamento de um forma de vida equilibrada, sem prévia destruição. Ou, o 'ocupar-se' das coisas 'vivas'!
Por exemplo, não afirmaríamos ser difícil, através das tecnologias atuais, uma transformação no campo, de maneira a eliminar o que nela há de mais estafante e coercitivo, sem destruir a vida nesse meio, sem a anulação do progresso no sentido efetivamente humano do vocábulo.
Provavelmente, não se atingiria o lucro econômico máximo, porém, restaria assegurada a benéfica influência do setor rural no conjunto de toda a população.
Existem atualmente, sabe-se, métodos de coletivização que, todavia, devem ser colocados em discussão, face as suas intrínsecas contradições.
Pois senão, vejamos.
Todo ser humano, sempre que lhe for possível, dedicará muito do seu tempo a atividades materiais (pessoais, individuais) ao custo de extrema fadiga. No entanto, não na mesma proporção ele se dedicará, com habitualidade, em favor de soluções coletivas regulares em que esteja incluído.
Verdade incontestável, somente por meio do prazer ou da obrigação, ou, em último caso, através do raciocínio, é que o homem dedicará o seu trabalho à solução coletiva. E, mesmo assim, quase sempre restrita e reticentemente.
Pois, derivam dessas limitações a diversidade de métodos de pagamento da remuneração pelo trabalho executado. Multiplicidade de métodos que são em verdade formas atenuadas de coerção.
Por mais paradoxal que possa aparentar, apesar de uma certa preferência de todos os homens pelos empreendimentos materiais individuais (numa tentativa instintiva de 'preservação da personalidade'), o conjunto da humanidade é tendente à realização de empreendimentos coletivos, progressivamente mais amplos e fortalecidos. Explica-se: prática dirigida ao objetivo do 'rendimento' global.
Nota-se com bastante clareza que, na maioria dos casos atuais,
a COLETIVIZAÇÃO DAS ATIVIDADES MATERIAIS ocorre sob forma de COLETIVIZAÇÃO,PARCIAL OU TOTAL DO INDIVÍDUO.
Nesses casos, também as coletividades são parciais, mesmo que buscando uma coletivização integral. E por causa dessa parcialidade, do indivíduo é retirada qualquer possibilidade de escapar dessa limitada coletivização.
Grave consequência advém dessa limitação, vez que A COLETIVIZAÇÃO DAS ATIVIDADES MATERIAIS, SUPRIMINDO O INDIVIDUAL, encerra ações absolutamente DESPERSONALIZANTES.
Ora, nã requer esforço algum reconhecer que a DESPERSONALIZAÇÃO, NA SUPRESSÃO DO INDIVÍDUO, é inteiramente nefasta à evolução da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL, somente logrando conquistar acréscimo do rendimento global das atividades, para o enriquecimento da coletividade e não o progresso do ser humano nela inserido.
(Marcus Moreira Machado)
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