O trabalho alienado, aquele que não traz satisfação nem alegria ou compensações, não é fonte de criação nem possibilidade de sublimação.Trabalho super-reprimido que não protela nem substitui o prazer.Trabalho que tão-somente mata. A super-repressão se define em “produzir para consumir e consumir para produzir; sentir-se culpado, humilhado, diminuído quando não se produz o quanto e o que a sociedade estipula ”. Essa mudança da satisfação imediata para a satisfação adiada implica num quadro de alterações na estrutura de uma sociedade civilizada. A restrição do prazer proporciona a canalização das energias reprimidas para a produtividade, tornando o trabalho como uma atividade penosa, alienante e necessária à sua sobrevivência. Isso significa suporte ao capitalismo. Diante da interpretação do princípio do rendimento, pode-se afirmar, tem início o processo de exclusão, porque aqueles que não conseguirem acompanhar o ritmo nas exigências do mercado serão excluídos, produzindo a pobreza e a miséria. Afinal, o controle do mercado acaba nas mãos de uma minoria, com os indivíduos alienados de sua própria existência. Assim, percebe-se, o trabalho não é algo que liberta, mas sim uma atividade que domina. E, escravos, já não se conhece onde há liberdade.
(Caos Markus)
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