(Marcus Moreira Machado)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 29 de maio de 2010
DOMINGO, 20 DE JUNHO DE 2010: "ARREMEDO"
Gostar ou não de "nossa" cidade: isso não é assim. Em São Paulo eu mesmo me identifico como legítimo Jeca (assim mesmo, com letra maiúscula), acrescentando (da música do Xangai): "Nóis é jeca mais nóis é jóia". Jamais me imaginara morando aqui . Daqui, muito eu aprecio: o anonimato. Explico: sou mais um e um a mais. Se no interior quase todos temos e somos, mutuamente, 'referência'; aqui, ao invés de 'referência', cada um é compelido a se aproximar o mais possível do seu próprio 'eixo'. E, sem dúvida, 'referências' (ou, então, 'referenciais') não sentam à mesma mesa com 'eixos'. Enfim, na metrópole (eu a chamo de o maior "Museu de Antropologia Itinerante do Mundo") o 'indivíduo' tem oportunidade (pela própria necessidade) de (re)conhecer-se, ou, de melhor avaliar sua real identidade. Interior? Qual deles? O das referências/referenciais? O dos meus conterrâneos, o dos amigos, o dos enlaces e desenlaces etc., etc.? E eu repudiaria o meu próprio berço!? Gosto, sim, do interior. Todavia, repudio os lugares sitiados por extensa rede de "mafiosos", que (o mais grave!) os descaracterizam, distanciando-os desse 'meu berço'. Você, interiorano, deve saber exatamente do que falo: desse arremedo de máfia, que nada tem de jeca. São Paulo, a capital, é melhor? Não. A diferença: aqui tudo é 'mais'. Mais calhordas, mais gente honrada, mais moradores de rua (em torno de 15.000 pessoas)... por aí afora e adentro. A "Cosa nostra" interiorana difere apenas na escala, com a falsa impressão de 'dignidade' preservada, maior 'referência' a exibir e refletir honradez cheirando a formol.
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