Em 1500, a 'calmaria' foi subterfúgio utilizado como estratégia, no argumento do 'acaso', para justificar a "descoberta" do que já se sabia muito antes (a Bula Inter Coetera e o Tratado de Tordesilhas desmentem a ficcionada ignorância), e, mais tarde, denominado
'Brasil'.
Desnecessário recorrer à Interpretação dos Sonhos, de Freud. A Antropologia, mais que a Psicanálise, talvez, possa explicar porque os loucos restam confinados nos sonhos turbulentos dos normais, daqueles que, vivendo em 'terra firme', só ousam afastar-se do seu 'porto seguro' se tripulantes dessa nau sem rumo, porém, com retorno garantido: a barca do 'acaso', a simular descobertas, quando recusar os próprios sentimentos somente é possível através da dissimulação.
Somos brasileiros, não por acaso.
É outra a minha recusa: a loucura que me "fragiliza" não há de "fortalecer" o anonimato da alheia quimera.
À deriva, a distância decreta único o gesto.
(Marcus Moreira Machado)
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