Pesquisa informa que enquanto os adolescentes argentinos pretendem mais justiça social, os jovens brasileiros buscam ser, apenas, felizes. É de se perguntar: a nossa juventude poderá ser feliz sem alcançar uma sociedade mais justa? Ou de qual adolescente brasileiro comenta a notícia? Daquele que já tem alguns motivos compreendidos como razão da felicidade, ou do outro - a grande maioria - esquecido no infortúnio, relegado à mais sódida miséria em todos os níveis e sob todos ao aspectos?
Esses ultimos provavelmente nem sequer foram pequisados, pois que de há muito não são mais jovens (se é que foram algum dia), assim como nem crianças foram quando tinham idade para ser, mas obrigados estiveram a conhecer de perto as agruras supostamente dos adultos exclusivas.
Um alerta se impõe aos "meninos" do Brasil, esperançosos com a possibilidade de (re)ascenção da classe média, diante de alvissareiras propostas de ordem política e econômica presentes no país: a felicidade não é um privilégio ou um presente; é, antes, uma conquista pelo trabalho, através do comprometimento com o bem-estar de toda a coletividade.
A vigilância, inegavelmente, é o instrumento hábil da soberania e da independência. Não por menos, sabem os argentinos a importância que tem a participação conjunta, quando se quer manter as vitórias obtidas pela perseverança nutrida nos embates sociais. Assim, será pela aquisição de uma nova ordem cultural, moldada no conhecimento das nossas mais particulares questões, que o adolescente brasileiro terá garantida a felicidade extensiva a todo povo nacional.(Marcus Moreira Machado)
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