No meio da vida/ em meio à fuga, à margem/ espreitando, então, a própria morte/ sem ousar, todavia, a ela se entregar/ mas dela desejando o rumo ignorado/ ante a certeza do sofrimento antecedente/ eis que o infeliz de outro a tira/ Desafio de quem se sabe inferior/ porém, não pode suportar outra dimensão/ Alcançá-la, pois, somente por meio de/ através do outro, a quem ceifa a respiração/ de quem subtrai o 'anima'/ por quem ultrapassa a fronteira/ sem superar, no entanto, a angústia que espreita / permanecendo à deriva em sua própria vida, dividida/ -a dívida dos que carregam na inconsciência a demência/ adquirida no meio-tempo do descompasso entre a efetiva existência/ e, cego, a máxima valorização do super ego.(Marcus Moreira Machado)
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