Não há razão -uma sequer- para se atribuir à vida qualquer mínimo conluio com desmotivações que dela não são arma voltada contra um de nós. Existe nela, sim, a disposição da sua intrínseca natureza, a fim de admitir-nos enquanto seus co-partícipes.
Então, esta a causa mais precisa para legitimarmos toda consequência na mútua e desejada convivência?! Não. Nenhuma outra seria prescindível. A sugestionada incapacidade de aceitá-la é apenas o infundado temor de gozarmos da autonomia nela recorrente. Receios valorizados em maior dimensão (superlativa); e sincera demonstração do tamanho irreal de todas as nossas precárias considerações acerca do 'situar-se' em percurso ausente de itinerários concordantes aos desejos que, por isso mesmo, deixam de se aproximar da realização (a qual hesitamos ou, mais ainda, evitamos o encontro).(Marcus Moreira Machado)
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