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sábado, 9 de novembro de 2013

TERÇA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2013: "DUAS EXISTÊNCIAS"




 
É bastante razoável supor a autoconsciência como um produto do desenvolvimento sócio-histórico, quando a reflexão da realidade externa natural e social surge primeiro. E assim, que apenas mais tarde, através de sua influência mediadora, a auto avaliação é encontrada em suas formas mais complexas. Dessa forma,  a autoconsciência deve ser abordada como um produto da crítica do mundo externo e de outras pessoas, procurando suas raízes sociais e suas características nos estágios onde ela é moldada na sociedade.Comprova-se, generalizadamente, somos resultado de uma história de envolvimento social. Tal fator é bem evidente quando, a fim de melhor explicar situações do cotidiano, prevalece esse convívio como colaborador de toda formação de signos, ideias, ideais, conceitos.
Afinal, duas possibilidades: ou "penso, logo, existo" ou 'pensam por mim o quanto eu existo".
 
(Caos Markus)
 

SEGUNDA-FEIRA, 11 DE NOVEMBRO DE 2013: "A PERMANÊNCIA DA VERDADE"


Por auto avaliação entende-se  a capacidade interna do indivíduo de realizar uma crítica de si mesmo. Ela implica na análise de seus atos, da sua maneira de agir, dos erros cometidos e das possibilidades de realizar uma autocorreção. Desta forma, o sujeito se aprimora. Esse mecanismo é inerente ao processo de autoconhecimento: o ser humano conhece as peculiaridades do seu caráter, identifica seus pontos fortes e fracos, suas potencialidades, e a partir daí corrige os rumos de sua jornada existencial. Isto também se aplica, na íntegra, a grupos sociais e às instituições.
Esta sucessão de movimentos psíquicos, componentes do encontro da pessoa com a sua personalidade, passando necessariamente pela auto avaliação, é complexa, muito além de qualquer breve e descuidado olhar. Via de regra, as pessoas estão mergulhadas na rotina, ocupando-se em atribuir a outrém "defeitos" projetados a partir de seus próprios inconfessáveis atos. Mecanismo de defesa estruturado no inconsciente, facilmente julgam seus semelhantes, pois são incapazes de examinar tudo o que se lhe é intrínseco, não se dispondo a realizar um exame minucioso de suas particulares condutas. Excepcionalmente, quem se aventura nessa caminhada interior expõe-se a melindres e suscetibilidades, bloqueios e outras tantas dificuldades. Há, por outro lado, pessoas extremamente perfeccionistas, comportando-se com extremo exagero na sua auto-avaliação, mergulhando em autocrítica sem perceber a auto censura do seu procedi mento, e só enxergando defeitos e sombras em seu íntimo. Enquanto aquelas erram pela falta desta qualidade, estss pecam pelo seu excesso. É necessário encontrar sempre o equilíbrio nesses processos psicológicos. Em doutrinas político-filosóficas, como no marxismo-leninismo, a autocrítica é vista como um método científico e ainda enquanto exercício político constante. Através deste sistema, apregoa-se a transformação da sociedade, a consolidar-se no pretendido resultado do 'desenvolvimento dialético': o confronto entre tese e antítese, de onde aflora a síntese que, tornando-se tese, dará sequência a esse processo infinito. Esta forma de abordar e aperfeiçoar a realidade engloba tanto a permanente busca da verdade, sujeita a um exame contínuo do real (a crítica), quanto a procura de uma perfeição também interior, por intermédio da auto avaliação.

(Caos Markus)

DOMINGO, 10 DE NOVEMBRO DE 2013: "VOZES DOS BLACK BLOCKS"


Adeptos da tática black bloc, eles surgem vestidos de preto e com máscaras cobrindo os rostos. Chegam em grupos, cantando e gritando palavras de ordem e, algumas vezes, com armas rudimentares nas mãos e nas mochilas. São os jovens que vêm se destacando nas manifestações que agitam o país desde junho por usarem como canal de expressão aquilo que chamam de violência simbólica. Antes que se possa classificá-los como vândalos e arruaceiros, talvez seja importante ouvir o que têm a dizer.
Quem são esses rapazes e moças? O que reivindicam? Como se relacionam com o Estado, como esperam que a sociedade encare os atos de destruição do patrimônio?
O grupo dos chamados blackblocs é bastante articulado, sabe o que quer, se expressa muito bem.
Duas facetas que talvez até agora não tenham aparecido na imprensa, na cobertura midiática dos atos. A primeira é que os jovens desse grupo têm de 17 a 25 anos em sua maioria e quase todos estudam em universidades particulares. São universitários, portanto. São cidadãos que moram não nas periferias e cidades-dormitório. Moram dentro dos limites da cidade, utilizam a estrutura urbana, os serviços públicos, circulam por São Paulo. Somando essas duas características, fica mais fácil explicar o discurso articulado, coerente e crítico. Eles conhecem de perto os serviços que a cidade oferece e estudam criticamente a situação do país. A outra faceta é que, por trás das máscaras negras, os rapazes nem de longe combinam com o estereótipo de pessoas violentas. Não lembram os hooligans, por exemplo. São serenos, respeitosos, abertos a discussões.
Isso posto, importa explicar suas reivindicações. A queixa primeira e unânime é por atenção. Sentem-se excluídos, maltratados pelo Estado. Afirmam e fazem uso de argumentos sólidos para isso, dizem que o Estado está de costas para os problemas mais elementares da população. E é por isso que usam a violência simbólica como forma de expressão. Eles se vêem como sujeitos políticos da mudança e acreditam que os atos de violência  -contra coisas, nunca contra pessoas- são também uma maneira de chamar a sociedade para essa discussão. Talvez nem os jovens mascarados saibam quais medidas devam ser tomadas pelos governos. Porque são jovens, porque o movimento é recente. Embora os blackblocs sejam herança, ainda que indireta, dos grupos que militam contra a globalização desde a década de 1990, esta atual geração  começou agora, em junho, na Copa das Manifestações. Eles foram se encontrando nas ruas e no Facebook, principalmente, e foram decidindo onde iriam atuar. Calcula-se que nas manifestações menores apareçam cerca de trinta mascarados, mas nas maiores contam-se até 150 integrantes. Agora, não é porque se vestem igual e frequentam as mesmas manifestações que este grupo é homogêneo. Alguns são defensores de uma violência maior (quebrariam mais equipamentos, lojas etc). Outros defendem bater em policiais. E há até os mais sossegados, não favoráveis à violência. Vestem-se igual, mas não obrigatoriamente pensam igual.

(copydesk, Caos Markus)

 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

SEXTA-FEIRA, 8 DE NOVEMBRO DE 2013: "VALORES INTERATIVOS"




O mundo do trabalho vem passando por profundas transformações.Temáticas como a globalização, flexibilização, competitividade, novas formas de organização do trabalho, têm lugar garantido nas análises daqueles que atuam ou estudam as organizações.
Na fase denominada terceira Revolução Industrial, as pessoas que atuam nas organizações passam a ser fonte de maior interesse, pois, são os colaboradores que possibilitam a vantagem competitiva nas organizações.

Essas transformações geram um ambiente complexo, marcado pelos avanços tecnológicos e científicos, mudanças de conceito, de valores e quebra de paradigmas que norteiam todos os segmentos da sociedade.

Tal complexidade pode ser demonstrada pelos seguintes fatos: o aumento do volume de dados e informações, cada vez mais acessíveis, face às novas tecnologias de informação e de comunicação, e o fator tempo, que se torna cada vez mais essencial e decisivo, exigindo a rápida tomada de decisões; a globalização dos mercados: a troca não apenas de produtos, mas de tecnologia, conhecimento e informação entre os países. Nas organizações, essa troca representa ao mesmo tempo uma grande oportunidade e um grande desafio, elevando os níveis de competitividade e exigindo vigília constante do ambiente.

No ambiente globalizado, turbulento, onde as interações sociais ocorrem entre pessoas de diferentes regiões e países, a palavra cultura surge quase automaticamente, em qualquer interação estão os valores, hábitos, crenças, ideologias, atitudes.
Junto a tudo isso está a maneira própria de agir, de optar, em resumo, de decidir.
Para a psicologia social, o mundo do trabalho proporciona um amplo espectro no desenvolvimento de inúmeros estudos, pois permite a análise das relações entre os indivíduos e seu trabalho, e de questões como cultura organizacional, valores individuais, valores organizacionais e qualidade de vida no trabalho. 

(Caos Markus) 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

QUINTA-FEIRA, 7 DE NOVEMBRO DE 2013: "CONSTRUÇÃO CULTURAL E CIVILIZAÇÃO"


Cada indivíduo é detentor de um conjunto de valores pessoais variáveis em termos de importância relativa. Essencialmente, os valores podem ser definidos como objetivos desejáveis, alterando a sua importância enquanto princípios orientadores da vida, formando um sistema de prioridades axiológicas do indivíduo.
Estes valores são a razão de ser dos nossos comportamentos, das nossas atitudes, e fundamento da nossa existência.
Pela sua subjetividade, é possível, assim, considerar que um valor em particular pode ser fundamental à existência de uma pessoa enquanto tal, e ser dispensável para outra.
Não é, porém, desprovida de fundamento empírico a afirmação da viabilidade de se obter um conjunto de valores pessoais comum a todos os indivíduos. E como tal, organizar-se um leque estável de valores considerados universais e inerentes aos membros da ampla comunidade, em qualquer sociedade, independentemente da sua cultura. 

Os valores são princípios norteadores das aspirações, ações e avaliações, instituindo normas, sejam individualmente ou socialmente, para obtenção do que se necessita ou se deseja.
As organizações também possuem seus valores, direcionando ações para a realização de metas. Eles constituem o núcleo da cultura organizacional, definindo o
equilíbrio das instituições sociais.
Somente a 'construção cultural' de um povo determinará, portanto, o seu grau de civilização. 

Essa 'arquitetura' não se faz senão no decorrer de muitas décadas, depurando-se princípios individualizados, até o estabelecimento de um senso comum, eixo de convergência dos valores pessoais, contextualizados, então, na conduta da prática comunitária.


(Caos Markus)



domingo, 3 de novembro de 2013

QUARTA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2013: "USURPAÇÃO"


O PODER  -NO BRASIL E MUNDO AFORA-  NÃO ESTÁ NAS MÃOS DAS 'OLIGARQUIAS', PELO PREDOMÍNIO DE GRUPOS NA DIREÇÃO PRIVADA DOS NEGÓCIOS PÚBLICOS.
ESTE PODER ESTÁ COM AS 'CORRIOLAS', PELA ARRUAÇA DE BANDOS  PÚBLICOS-PRIVADOS NA USURPAÇÃO DO ESTADO.

(Caos Markus)