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sábado, 9 de novembro de 2013

SEGUNDA-FEIRA, 11 DE NOVEMBRO DE 2013: "A PERMANÊNCIA DA VERDADE"


Por auto avaliação entende-se  a capacidade interna do indivíduo de realizar uma crítica de si mesmo. Ela implica na análise de seus atos, da sua maneira de agir, dos erros cometidos e das possibilidades de realizar uma autocorreção. Desta forma, o sujeito se aprimora. Esse mecanismo é inerente ao processo de autoconhecimento: o ser humano conhece as peculiaridades do seu caráter, identifica seus pontos fortes e fracos, suas potencialidades, e a partir daí corrige os rumos de sua jornada existencial. Isto também se aplica, na íntegra, a grupos sociais e às instituições.
Esta sucessão de movimentos psíquicos, componentes do encontro da pessoa com a sua personalidade, passando necessariamente pela auto avaliação, é complexa, muito além de qualquer breve e descuidado olhar. Via de regra, as pessoas estão mergulhadas na rotina, ocupando-se em atribuir a outrém "defeitos" projetados a partir de seus próprios inconfessáveis atos. Mecanismo de defesa estruturado no inconsciente, facilmente julgam seus semelhantes, pois são incapazes de examinar tudo o que se lhe é intrínseco, não se dispondo a realizar um exame minucioso de suas particulares condutas. Excepcionalmente, quem se aventura nessa caminhada interior expõe-se a melindres e suscetibilidades, bloqueios e outras tantas dificuldades. Há, por outro lado, pessoas extremamente perfeccionistas, comportando-se com extremo exagero na sua auto-avaliação, mergulhando em autocrítica sem perceber a auto censura do seu procedi mento, e só enxergando defeitos e sombras em seu íntimo. Enquanto aquelas erram pela falta desta qualidade, estss pecam pelo seu excesso. É necessário encontrar sempre o equilíbrio nesses processos psicológicos. Em doutrinas político-filosóficas, como no marxismo-leninismo, a autocrítica é vista como um método científico e ainda enquanto exercício político constante. Através deste sistema, apregoa-se a transformação da sociedade, a consolidar-se no pretendido resultado do 'desenvolvimento dialético': o confronto entre tese e antítese, de onde aflora a síntese que, tornando-se tese, dará sequência a esse processo infinito. Esta forma de abordar e aperfeiçoar a realidade engloba tanto a permanente busca da verdade, sujeita a um exame contínuo do real (a crítica), quanto a procura de uma perfeição também interior, por intermédio da auto avaliação.

(Caos Markus)

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