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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

QUARTA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2014: "O PIOR"


Todos somos "fakes". 
Aqui, como internautas, ou no cotidiano, em inumeráveis inter-relacionamentos muito próximos da virtualidade, ou seja, desprovidos de real comprometimento. 
A dúvida está em saber se isso é pior pela Net ou no dia a dia de nossas vidas.
 
(Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2014: "O IDIOMA DA EDUCAÇÃO"


Em resposta às grandes carências nas quais a maioria das nações se debate, à procura da construção de sociedades mais justas e democráticas, em meio a enormes desequilíbrios provocados pela irracionalidade econômica mundial, estimular e promover o ensino é, sobremaneira, imprimir real sentido a transformações.
Em princípio, permanente e vigoroso, de fácil manutenção, o ensino não é um refém de tecnologias sofisticadas, pois o quadro, o caderno e o livro ainda são o melhor método. As escolas necessitam se adequar aos modos localmente mais popularizados de elaborar a instrução, adquirindo afirmações expressivas.
Por efeito, não é um lugar-comum asseverar que o ideal pode ser concretizado na realidade cotidiana. É dever humanitário melhorar a vida das populações, diminuindo, quanto mais possível, o desperdício e a ineficácia e, simultaneamente, aumentando exponencialmente o ensino.
Este, perdurando ao longo da vida, deve ir para muito além da ideologia; inserido, sim, na senda das utopias, na compreensão de que qualquer uma está pronta a ser construída, devendo a intenção servir a esse propósito.
Não existe um estudante a ignorar o mundo como uma aldeia global. Contudo, a centralidade do ensino é essencial, mesmo que se professe a interligação entre teoria e prática.
Inaugurando o futuro, as instituições escolares devem afastar-se o quanto mais de “projetos”,“palestras”, “maratonas”, e demais apetrechos levados pelo incompreensível idioma da “Educação” às salas de aula, afastando-as da função de prover o saber tangível, ao invés de propugnar pelo originária função do magistério: o estudo através da leitura, da memorização e da prática do raciocínio lógico e abstrato. 
Assim, simplesmente, sem pretender, submetendo-se ao modelo vigente, uma maior exigência social de administrar a atenção dos alunos.
 
(Caos Markus)

 
 

SEGUNDA-FEIRA, 1 DE SETEMBRO DE 2014: "A LEGITIMAÇÃO DA CIÊNCIA"


O método científico não há que ser considerado como algo pertinente, por exclusividade, ao interesse dos alunos pós-graduandos, mestrandos ou doutorandos; assim, como se a simples condição desses cursos se institucionalizarem para 'formar o cientista' tivesse o poder de extinguir as finalidades e metas da graduação. Consequência didático-pedagógica, propugnamos pela seriedade da inserção da metodologia científica desde o ainda denominado 'primeiro ciclo', adstrita ao objetivo de depurar o aparelho conceitual do graduando universitário, com início do processo de desenvolvimento da atitude de investigação, da análise crítica das comunicações científicas, do emprego do raciocínio dedutivo, indutivo e analógico.
Professamos, por efeito, o reconhecimento e valorização da importância do campo natural da 'lógica do pensamento', considerada aqui, em espécie, no parâmetro científico, enquanto 'disciplina' e 'atividade', simultaneamente.
Reforçada com as técnicas do estudo superior, esta modalidade curricular será então promissora, pressupondo a efetivação de resultados positivos, possuindo, inclusive, a capacidade de alcançar grande parte da "recuperação" das deficiências do nosso curso médio.
Já no ciclo profissional, a metodologia e técnica da pesquisa científica terá maior oportunidade na realização de seus específicos objetivos, ocupando-se, em determinado momento, com a iniciação do educando (identificado subjetivamente) na legitimação da ciência.
 
(Caos Markus)

DOMINGO, 31 DE AGOSTO DE 2014: "PRINCÍPIO DO RENDIMENTO"


O trabalho alienado, aquele que não traz satisfação nem alegria ou compensações, não é fonte de criação nem possibilidade de sublimação.Trabalho super-reprimido que não protela nem substitui o prazer.Trabalho que tão-somente mata. A super-repressão se define em “produzir para consumir e consumir para produzir; sentir-se culpado, humilhado, diminuído quando não se produz o quanto e o que a sociedade estipula ”. Essa mudança da satisfação imediata para a satisfação adiada implica num quadro de alterações na estrutura de uma sociedade civilizada. A restrição do prazer proporciona a canalização das energias reprimidas para a produtividade, tornando o trabalho como uma atividade penosa, alienante e necessária à sua sobrevivência. Isso significa suporte ao capitalismo. Diante da interpretação do princípio do rendimento, pode-se afirmar, tem início o processo de exclusão, porque aqueles que não conseguirem acompanhar o ritmo nas exigências do mercado serão excluídos, produzindo a pobreza e a miséria. Afinal, o controle do mercado acaba nas mãos de uma minoria, com os indivíduos alienados de sua própria existência. Assim, percebe-se, o trabalho não é algo que liberta, mas sim uma atividade que domina. E, escravos, já não se conhece onde há liberdade. 
 
(Caos Markus)
 
 

SÁBADO, 30 DE AGOSTO DE 2014: "QUANTO"


 
Sê vigilante, se errante, 
da vida a medida 
só se sabe ao certo 
o quanto da morte está perto.


(Caos Markus)

SEXTA-FEIRA, 29 DE AGOSTO DE 2014: "DESFECHAR"


Considerando que o coletivo de porco é 'vara'; e, mais, considerando que a alma quando cutucada vira uma onça; certamente há de tomar o remédio pelos seus efeitos colaterais, quem cutucar a alma com vara curta. Em casos assim, entendendo a demência como veemência da personalidade, é indispensável livrar-se dos paradigmas, das referências. E de chofre, escolhendo dos três porquinhos o Prático, convém ingerir, em baldes alopáticos, todos os desfechos. Porque 'desfechar' é tirar o fecho, abrir o que se pensara ser o fim. Enfim, se já somos alguns dos tão poucos, isso é bom começo para uma Fazenda Modelo, "chicando" com Buarque, ao invés de exclusiva Revolução dos Bichos, no Orwell do antes muito depois "1984".
Afinal, qual prognose, a da vida? Nem isso nem aquilo, ela nem sabe que vida é, além dessa porcaria  gostosa de sermos os porcos na vida dos homens.
 
(Caos Markus)

QUINTA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2014: "RITOS E MITOS"


Se 'metáforas' são também 'codificações', já as 'alegorias', eu creio, são pouco menos que 'adornos', mais realce no inexpressivo carente de evidência. A Igreja, desvincula-se até mesmo dos ritos e dos mitos (suas antigas metáforas), reduzida  à alegoria do'bem' (deus) contra o 'mal' (satanás). E assim adorna a psique coletiva, adulterando o sentido de 'alma' (como definida e conceituada no grego), para pretensamente "promovê-la" a 'espírito'.
Ave, Cesar!
Amém!

(Caos Markus)

QUARTA-FEIRA, 27 DE AGOSTO DE 2014: "A FELICIDADE DA ESPERANÇA"


Ascendência e descendência são apenas elos que por nós transcendem, sinalizando a permanência da vida a refletir em nossa comum humanidade.
Nesse processo, a felicidade da esperança somente haverá de ser encontrada na crença, se presentes os argumentos da convicção.

(Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014: "CÂNTICO"




O narcisismo está definitivamente acima do altruísmo. E, por isso, é a egolatria a determinante na vida das pessoas, muito embora confessá-la é tirar um certo brilho da pretendida 'genialidade', perseguida como o maior dos objetivos. 
Não por outra razão tanta gente quer libertar o mundo de uma tão vaga quanto questionável tirania; ser herói ainda vivo é ter o reconhecimento exterior, uma vez que o interior é por demais inaceitável, por tratar-se de um 'juiz' muito mais impiedoso - a própria (in)consciência.
Ocupar-se da liberdade alheia, buscando o que nem sempre esteja de fato faltando a outrem, tem sido uma inadmissível covardia do vampirismo político dos nossos tempos. 
Na falta da sua própria liberdade, o líder tem alardeado uma 'tirania' merecendo a próxima eliminação, mesmo sendo totalmente desconhecida ou pressentida pelas 'vítimas'. 
Trata ele de buscar na liderança a 'escravização' de que precisa para ofuscar a sua própria escravidão, presa de si mesmo. 
Afinal, muito do que se supõe 'ideologia' nada mais é do que a total ausência de idéias, a conferir aura de humanista àquele que não possui 'lastro próprio'. 
Entre nós parece não haver gente de carne e osso e sim homens que só acumulam virtudes.
O mundo está repleto de pessoas bem intencionadas. E o Brasil mais ainda.
É muita gente se achando no dever de nos salvar do perigo iminente que se avizinha e avança sobre nós de forma impiedosa.

Conclui-se, ou de fato ninguém tem os seus próprios problemas, com tanto tempo disponível para ser abnegado e pretender redimir a raça humana na face da terra, ou o mundo já está sensivelmente melhor, dada a enorme quantidade de messiânicos autorizados por si mesmos à mais completa identificação com a humanidade.
Então, entoemos o cântico dos cânticos a tais redentoristas: -Amém, também!

(Caos Markus)

SEGUNDA-FEIRA, 25 DE AGOSTO DE 2014: "PRÉDICA"


Se amar é verbo intransitivo (não precisa de complemento), o amor é substantivo intransigente. E essa sua intolerância, expira a sua correlata dicção. 
Sem o vínculo, amar só pode ser conjugado no infinitivo impessoal, com sentido genérico, indefinido, de forma invariável, embora não deixe de referir-se a pessoas do seu discurso. Prédica cujo propósito é pretexto, subterfúgio no argumento da ausência inerente à transição. 

(Caos Markus)

DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014: "PASSO"


A morte tem a vida para seu fausto banquete.
A vida nada fala por nós, nenhuma responsabilidade poderá ser a ela atribuída. 
O que fazemos na vida é caminhar. 
Se o passo for curto ou longo, tanto faz, o andar continua sendo o de cada um, porque a vida não caminha, é via, é curso, trilha sem sina nem destino. 
A sua liberdade nada impõe, nada depõe.

(Caos Markus)