Páginas

domingo, 8 de junho de 2014

QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014: "A GRAMÁTICA DA MORTE"


Como qualquer outra  -com começo, meio e fim-, a morte também é uma história. Ainda que tudo possa consumar-se num átimo, se abruptamente ceifada a vida, mesmo assim, haverá um início, o intermédio e o desfecho.
O diferencial na narrativa da morte é a sua realidade. Desprovida de argumentos, ela, por concordância verbal, é auto-conjugada no infinitivo. Um termo vocativo não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. Por seu caráter, se relaciona a segunda pessoa, interpelando-a para um hipotético discurso. Prédica verbal intransitiva, trazendo consigo a ideia completa da ação, tecnicamente a morte é apenas um breve conteúdo gramatical.

(Caos Markus)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SER OU NÃO SER, EIS A SUGESTÃO!