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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

QUINTA-FEIRA, 23 DE JANEIRO DE 2014: "MANDAMENTO E LIVRE CONSCIÊNCIA"


De Fichte a Hegel, os artífices dos grandes sistemas do idealismo alemão tomam sobre si a tarefa preliminar de superação do dualismo entre natureza e liberdade implicado nas premissas kantianas e que o próprio Kant tenta atenuar na Crítica do Juízo, mas sem pôr em questão seus fundamentos críticos. Ora, tal tarefa não pode ser cumprida sem a abolição da incognoscibilidade da coisa-em-si, ou seja, sem a posição de um Absoluto real como princípio unificador e fundante do sistema. Para Fichte e para Hegel o Absoluto deverá ser pensado segundo as formas de sua manifestação na história, ou seja, encontrando na razão especulativo-prática o lugar privilegiado dessa manifestação .
Todavia, julgamos que seria errôneo, considerando toda a exposição apresentada ao presente momento, afirmar que Hegel se opõe à moral enquanto uma ação racional. A crítica que Hegel faz à moral Kantiana reside no fato de que não é o pensamento racional que exclusivamente fundamenta a moral, mas uma racionalidade que não está restringida ao sujeito, ou seja, que também se manifesta nas instituições sociais. Para Hegel, o mandamento do dever implica necessariamente a consciência de si, e não apenas um comando autônomo que aponta exclusivamente para uma dimensão individualista que exclui a história da reflexão ética. 


(Caos Markus)

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