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segunda-feira, 3 de junho de 2013

QUINTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2013: "IGUALDADE DE GÊNERO, NÚMERO E GRAU"


Eis que a voz do Brasil emudece. Afinal, por que silenciara o brado? E o bardo... Por que não trovava as canções à formosura feminina das tropas entrincheiradas no golfo da baía da Guanabara? 
Estácio de Sá e São Sebastião bem serviram de exemplo aos incautos sobre o pouco ou nenhum valor das flechas de cupido. Somente um motim explicaria aquelas naus à deriva, sem socorro algum, perdidas no triângulo de vértice apontado para baía dos porcos latinos.
Desesperadamente, ao alerta estrondoso, acorreu a multidão para o abrigo anti-eleição, evitando ser torpedeada pelos napalms de gases paralisantes. 
Os sobreviventes lembrando Orwell, revolucionaram em perfeita coalizão com um admirável mundo novo, todo cheio de expectativas, promissor e cumpridor dos básicos direitos dos sem bolsa família. 

Ao longe alguém -não se sabe quem- cantarolava despreocupadamente uma nova cantiga de ninar, inspirada, talvez, nos cânticos gregorianos, dos mais modernos papas da mídia eletrônica. 
Anunciava-se a vinda celestial das ondas sonoras captadas nas antenas de retransmissão dos mais íntimos impulsos passionais; avizinhava-se a salvação pelo sagrado direito de que todo homem livre deve permanecer calado para não aborrecer o seu próximo. Direito à defesa, até prova em contrário, seria norma constitucional sempre sujeita à revisão dos salários parlamentares. Ao som de um bolero vienense , valsavam todos um maxixe na corte do rei na barriga. No frenesi, ninguém suspeitava, a seca já não era mais nordestina, castigando agora toda a democracia racial inclusiva e cotista irmanada no projeto de redenção  do ser desumanizado em meio à segmentação de orientações sexuais de gênero, número e grau. 
Chovia tanto lá fora, mas chovia tanto, a ponto de ninguém perceber os novos tempos: não mais os bons tempos da felicidade geral da nação, E se dançavam conforme a música, bailavam sem melodia, porque a orquestra cochilava, exausta e repetir economicamente as mesma seleções.

(Caos Markus)
 


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