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domingo, 12 de maio de 2013

QUARTA-FEIRA, 15 DE MAIO DE 2013: "SIMBIOSE ANTROPOLÓGICA"



Já é chegada a hora de darmos nome ao boi, isto é, ao povo destas plagas. Porque se somos assim tão pacientes, de qual adjetivo nos servimos? O "paciente-resignado", o "paciente-sofredor", o "paciente-manso", o "paciente-doente", ou aquele outro tipo, "o que recebe a ação de um agente"? Ou seríamos todos eles simultaneamente? O quê é bem mais provável, dada a aparente complexidade a permitir até uma "especialização sociológica", os "brasilianists", estudiosos supostamente ilustres porque hipoteticamente examinam e entendem melhor do Brasil e dos brasileiros do que nós mesmos.

Essa nossa condição de colonos reflete-se, notadamente, nas fontes de inspiração aonde buscamos paradigmas à nossa evolução. Exemplos não faltam, como é o caso de legislações consideradas de "primeiro mundo" (hoje, decadente, já "1/4 de mundo") que procuramos imitar, sem, no entanto, a devida atenção para o contexto de "quarto mundo" (hoje, já "de 5ª categoria") em que vivemos e, portanto, a sua inadequação.
Não há terra à vista. Nem mesmo a mais insignificante bodelha a indicar prosperidade. Se algum contemporâneo escriba relata a fecundidade de uma nova Cabrália, o faz para exclamar: "aqui em se plantando... tudo se dá. Como que ainda dominado pela entidade maléfica de anhangá, a nação brasileira vive do prosaico, reciclando a sua história, à bordo de um aquidabã supostamente intrépido, todavia, reduzido à decadência e ao fracasso.
O Brasil dos viajantes quer ser mesmo deles. Este país insiste em subsidiar a antropologia com farto manancial iconográfico, justificando ser o berço (em espetacular processo de simbiose) desta "sui generis" espécie humana, parasitariamente vivendo sobre o topo de outras mais elevadas.

(Caos Markus)

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