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sábado, 20 de abril de 2013

SEXTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2013: "QUANDO OS MUDOS FALAM"



É inegável que o crescimento da economia (em qualquer país) pode dar origem à maior distribuição ou maior concentração da renda, segundo o padrão de acumulação existente. Contudo, identificando o padrão adotado na economia brasileira, imediatamente constatamos que as constantes alterações no câmbio, somadas às frequentes variações na taxa de juros sucessivas, só estimulam a concentração interna de capitais e propiciam a absorção das empresas nacionais pelas estrangeiras.

Desde a ficcionada nova classe média e as artificialmente criadas classes emergentes, "E" e "D", não temos, de fato, excedente de produção, temos sim é um absurdo crescente consumo interno, seguido da imediata inadimplência. Aquele almejado equilíbrio na balança comercial, ocasião em que promove-se a harmonia entre importação e exportação, é entre nós de todo desconhecido, porque aqui os tentáculos de um Estado assentado em espúrias coligações subtraem à nação o seu direito à sanidade.
Se a vida econômica e política é a matriz na qual cada parte está interligada às demais e todas se movimentam em conjunto; mas não temos quem efetivamente represente os interesses e reclamos do consumidor mais simples é porque na moderna comunidade industrial, a voz dos ricos, que inclui, notadamente, a voz das diretorias empresariais, sendo tão bem falante, via de regra é ouvida como representando a voz das massas.
É neste momento que os mudos falam.

(Caos Markus)













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