REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
SÁBADO, 27 DE ABRIL DE 2013: "A FELICIDADE DA SOBREVIVÊNCIA"
Entre nós brasileiros, se já não é momento para rostos sisudos, expressão natural de quem sempre apostou no fracasso e no pessimismo, também não é hora para festejos descabidos, como se esforça o Governo Federal, principalmente, para creditar a si mesmo os atributos que sabidamente não possui. Deve-se investir, sim, no estabelecimento de uma firme convicção em nosso potencial. Fortalecer as estruturas dessa proposição, no entanto, requer equilíbrio e moderação, algo a que não estamos habituados. Por isso, então, a exigência de cautela, a mesma que faz dos povos do mundo civilizado cidadãos compromissados com um futuro distante, mas com melhores perspectivas projetadas aos destinos de suas vindouras gerações, num presente minado pela crise financeira. Enquanto jovens de várias nações latino-americanas buscam justiça social, a juventude brasileira procura apenas a sedutora felicidade do prazer imediato. É de se perguntar: esta mesma juventude poderá ser feliz sem alcançar uma sociedade mais justa? E, o mais grave, exatamente quando a grande maioria é esquecida no infortúnio, relegada à sórdida miséria, em todos os níveis e sob todos ao aspectos?
Um aviso se impõe à "garotada" e aos marmanjos do Brasil, convictos da reascensão da classe média, diante de alvissareiras, porém, fraudulentas propostas de ordem política e econômica presentes no país: a felicidade não é um privilégio ou um presente. É, antes, uma conquista pelo trabalho, através do comprometimento com o bem-estar de toda a coletividade.
Será pela aquisição de uma nova ordem cultural, moldada no conhecimento das nossas mais particulares questões, que o adolescente brasileiro, em particular, terá garantida a felicidade real, extensiva à toda a nação.
A resistência a mudanças implica ou em manutenção de privilégios ou em passividade e conformismo. Nem uma e nem outra, a qualidade desejável será sempre a da transigência como pressuposto da transformação efetiva. Assim a felicidade deverá ser compreendida como objetivo a ser atingido muito mais pela qualificação, e não através do passivo usufruto das realizações alheias. Ou não tardará a chegar o dia em que um maior contingente de crianças e adolescentes terá exclusivo compromisso com outra felicidade, muito mais efêmera, entretanto, muito mais urgente: a da particular sobrevivência.
(Caos Markus)
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