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sexta-feira, 27 de abril de 2012

SEXTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2012: "A PRODUÇÃO DA PSIQUE"

Na psicologia, a interferência ideológica é bastante clara, sobretudo quando ela se relaciona com as estruturas sociais, desempenhando função cultural de destaque. Trata-se da prática portadora de natureza explicativa. A cada dia mais, os psicólogos têm sido chamados a responder sucessão de demandas extrínsecas aos objetivos científicos da sua finalidade original. Agora, cumprem essa função cultural em meio à sociedade, apresentando uma compreensão nova do homem e do conhecimento; desenvolvida, sim, através de pesquisas reais. Contudo, também e principalmente, como efeito da vulgarização dessas pesquisas. Afinal, homem contemporâneo tem uma imagem de si próprio à qual a psicologia não é estranha. Essa imagem (a forjada para o homem atual) responde à necessidade de adaptação do comportamento dos indivíduos aos objetivos de um sistema econômico, social, político e cultural. Quer na prática psicológica aplicada ao segmento industrial ou escolar, individualizadamente; quer no contexto estabelecido mais amplamente em toda a sociedade; as funções de adaptação, de seleção, de promoção, e daí por diante, respondem, todas elas, a exigências que mesmo essa experiência rotineira não pode controlar ou criticar. Há casos em que a limitação advém das imposições de ordem econômica; outros, de imperativos culturais. Em todos, contudo, essa prática é reduzida ao plano de um 'meio' dirigido a um 'fim' preciso, independente da própria psicologia. Equivale a dizer que se trata do uso da psicologia como um forte aliado no processo de condicionamento do ser humano. Enfim, a psicologia que "produz" um homem.
(Caos Markus)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

QUINTA-FEIRA, 24 DE MAIO DE 2012: "POPULAÇÃO NA LOGOMARCA"

Não há mais que se falar em uma 'tipologia' do brasileiro. Aqui,"O Espírito das Leis" é espectro; refoge à base moral apregoada por Montesquieu. No Brasil, ante dúvida entre Rousseau e Hobbes, há muito foi anexado adendo ao "Contrato Social". E por efeito, se o homem (o brasileiro, no caso) ainda não é de todo "o lobo do homem", muitos são os 'tolos em pele de cordeiro'. Ora, de tanto importar 'tipos' (extraídos de contextos que não guardam correspondência alguma com a nossa realidade, nem sequer a 'imaginária'), temos arraigado na índole nacional um impreciso "logus". É a 'marca' do país, a nos proporcionar visões do Paraíso, distantes que estamos da compreensão de Sérgio Buarque de Hollanda. Imagens, contudo, atribuídas a um vago Eldorado, de vasta estratificação social, onde o segmento cuja renda familiar é R$ 3.500,00 já é classificado 'classe média'. Eis, afinal, o 'conceito' (termo na maneira utilizada em propaganda e marketing) da "Logologia" brasileira. Ao invés de um povo identificado por sua estirpe, tão-somente a população reconhecida numa logomarca. (Caos Markus)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

QUARTA-FEIRA, 23 DE MAIO DE 2012: "PRESIDENTE DO STF: O POETA DA REENCARNAÇÃO"

BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES JULGADOS DOS NOBRES TOGADOS !
Palavras do presidente do Supremo Tribunal Federal: "Juiz deve ser humilde".
OBS: MAS ISSO NÃO SE VERÁ NEM MESMO SE O QUESITO 'HUMILDADE' CONSTAR DOS CONCURSOS À MAGISTRATURA.
A SOBERBA ESTÁ NA ESTIRPE DESSA CONFRARIA, NO D.N.A. DOS CONFRADES.
Carlos Ayres Britto, agora presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou que os magistrados brasileiros não podem ser prepotentes e que o Judiciário "tem que se impor o respeito". Esqueceu, todavia, que não há lei para isso. E, se houvesse, eles jamais a cumpririam. "O Poder (referência ao Judiciário) que evita o desgoverno, o desmando e o descontrole eventual dos outros dois não pode, ele mesmo, se desgovernar, se descontrolar", completou Ayres Britto. O novo presidente também fez referência a recentes críticas, feitas até pelo seu antecessor, Cezar Peluso, sobre a tendência da Corte de julgar de acordo com a opinião pública. Apenas não ousou explicar que a tal de "opinião pública" é, na verdade, tão-somente o interesse do plantonista no Executivo Federal. POESIA E REENCARNAÇÃO
Seu discurso foi repleto de citações poéticas e místicas. Ao lembrar-se dos pais, o ministro afirmou que eles são seus "ícones desta minha vida terrena e de outras que ainda terei (...)". Também afirmou que a consciência (segundo ele, fruto do "casamento entre o pensamento e o sentimento) corresponde àquele ponto de equilíbrio que a literatura mística chama de 'terceiro olho'." Não quis dizer, porém, onde fica o terceiro olho do povo brasileiro. Aproveitando a presença de Dilma Rousseff, e de congressistas, Ayres Britto propôs um pacto entre os três Poderes para que todos respeitem a Constituição. A cerimônia, que reuniu mais de duas mil pessoas, segundo assessoria de imprensa do tribunal, começou com o Hino Nacional interpretado pela cantora Daniela Mercury. Durante a execução, ela requisitou aos presentes que cantassem junto com ela. Antes de iniciar sua apresentação, ela recitou uma curta poesia de Ayres Britto. "Não sou como camaleão que busca lençóis em plena luz do dia. Sou como pirilampo que, na mais densa noite, se anuncia." ÊTA, MINISTRO PORRETA! UMA VAGA LUZ, MAS ATÉ PISCA-PISCA TEM ESSE PRESIDENTE VAGALUME! (copydesk, Caos Markus)

domingo, 22 de abril de 2012

TERÇA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2012: "ESMO"

Eu sinto um misto de compaixão e repulsa aos que inquirem, questionam, indagam, a esmo; e a isso chamam 'reflexão'. Inflexão, eis como articulam: no desvio das incertezas, inclinados à determinação de amplitude do ínfimo, desbravando fronteiras sempre ausentes no reduzido espectro da razão. Deplorados, de fato, ante os seus próprios 'reflexos': versam, mas não vertem. (Caos Markus)