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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

QUARTA-FEIRA, 1 DE FEVEREIRO DE 2012: "(A) GNOSE"

Desde a roda e a escrita, passando pela penicilina,
a lâmpada elétrica, a robótica;
inegável, o ser humano é inventor nato.
Suas criações estão em constante aperfeiçoamento.
Eu creio em todas: no código morse, no telex, na
estenografia, no e-mail e nas
pesquisas dos geneticistas para o uso das células-
tronco.
De igual maneira, eu creio na evolução da filosofia:
Immanuel Kant, Leibniz, Nietzsche, Thomas Kuhn,
Albert Camus, Michel Foucault ...
Não posso crer, todavia, nessa invenção humana
jamais sujeita atransformação,
isenta de qualquer desenvolvimento: deus. (Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2012: "COMBATE À CORRUPÇÃO É MOEDA PODRE"

CONTAGIADO, O COMBATE À CORRUPÇÃO É MOEDA PODRE,
UM INVESTIMENTO A FUNDO PERDIDO COM PRAZO A PERDER DE VISTA Burocracia consome 70% da verba de combate à corrupção Num ano em que seis ministros deixaram seus cargos por suspeitas de irregularidades em suas pastas e outros 564 servidores federais foram afastados do serviço público acusados de práticas ilícitas, O TOTAL INVESTIDO PELO GOVERNO NO COMBATE À CORRUPÇÃO NÃO FEZ NEM SOMBRA AO PREJUÍZO CALCULADO PELA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO (AGU) DE R$ 2,14 BILHÕES AOS COFRES PÚBLICOS. De acordo com dados publicados no Portal da Transparência do governo federal foram gastos pouco mais de R$ 50 milhões com o Programa de Controle Interno, Prevenção e Combate à Corrupção em 2011, sendo que deste total, R$ 35,8 milhões, ou cerca de 70%, foram usados apenas na gestão e na administração do programa executado pela Corregedoria-Geral da União (CGU). SÓ COM PASSAGENS, DIÁRIAS, TREINAMENTOS, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS PROMOVIDOS PELO PROGRAMA, AS DESPESAS FORAM DE R$ 19,6 MILHÕES. NÃO ESTÃO COMPUTADAS AS REFORMAS E OS INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA FÍSICA E TECNOLÓGICA. PARA 2012, O ORÇAMENTO DO PROGRAMA É ESTIMADO EM R$ 66 MILHÕES.As Unidades Regionais da CGU nos 26 estados da federação e mais a sede, em Brasília, tiveram como média mensal de despesas um total R$ 910 mil. Foram gastos ainda R$ 522 mil mensais com o Serviço Federal de Processamentos de Dados (Serpro), que recebe pela parceria no desenvolvimento do sistema de informática da CGU. Cabe lembrar que a área de competência legal da CGU abrange apenas o Poder Executivo Federal e que os demais poderes da República, - Legislativo e Judiciário - têm suas próprias instâncias de controle. Não é de competência da Corregedoria desenvolver ações de fiscalização e de controle em administrações estaduais ou municipais, que são entes federativos autônomos, segundo a Constituição Brasileira. A fiscalização em estados e municípios se dá apenas quanto à aplicação de recursos transferidos pela União, ou seja: recursos federais. Estados e municípios têm suas próprias políticas e instrumentos de controle de gastos, prevenção e combate à corrupção, muito embora alguns até tenham firmado termos de cooperação técnica com a Corregedoria nessa área, mas, de acordo com informações da assessoria de imprensa da CGU, esses termos de cooperação não implicam em dispêndio de recursos. No quesito transferência de recursos, o programa fechou apenas um acordo de cooperação técnica e dois termos de parceria, o que contemplou somente dois estados, Rio de Janeiro (R$ 100 mil) e São Paulo (R$ 732 mil), além do Distrito Federal (R$ 205 mil). Segundo a CGU, há oito anos o Brasil recuperava apenas 1% da verba desviada com corrupção. Hoje a média está em 15%. A meta é chegar a 25% do dinheiro público desviado em até quatro anos. Os maiores devedores cobrados pela AGU são empresários, com a suspeita de terem desviado R$ 468 milhões. Em seguida, vêm os servidores e ex-servidores públicos, com R$ 300,8 milhões. Os prefeitos e vice-prefeitos respondem a ações pedindo o ressarcimento de R$ 249,4 milhões. (copydesk, Caos Markus)

SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2012: "OAB E OS TRENS"

BAHIA MOSTRA SEUS "TRENS"
(30,64%, 5.053 inscritos presentes, para 1.548 aprovados),
ENQUANTO SÃO PAULO REVELA QUE NÃO É
(FAZ TEMPO!)
A LOCOMOTIVA QUE MOVE OS VAGÕES DO TREM
"BRASIL" Ranking das faculdades que mais aprovaram no Brasil 16/01/2012 - A BAHIA FOI O ESTADO QUE, PROPORCIONALMENTE, APRESENTOU O MELHOR DESEMPENHO NO V EXAME DE ORDEM UNIFICADO ENTRE AS 27 SECCIONAIS, cujos resultados estatísticos estão sendo divulgados nesta segunda-feira (16). Com um índice de aprovação de 30,64% (5.053 inscritos presentes, para 1.548 aprovados), o Estado superou com folga a média nacional de 24,5% dos aprovados. Em todo o País, o Exame contou com um total de 106.086 candidatos presentes, dos quais 26.010 passaram e vão receber a carteira profissional da OAB. Em segundo lugar ficou o Estado de Santa Catarina, que obteve um índice de 29,09 de aprovação dos seus 3.696 inscritos presentes. O Rio Grande do Sul, com 28,78% de aprovados, pontuou em terceiro lugar no ranking dos Estados que mais aprovaram. Rio de Janeiro (28,27% de aprovados, para 9.606 candidatos) e Minas Gerais (27,63% de aprovados, para 11.312 candidatos), Estados que têm grande número de bacharéis e faculdades, ocuparam respectivamente o quarto e quinto lugares nos índices de aprovação. "Maior" Estado do País e campeão no número de candidatos inscritos que realizaram o exame (23.081), SÃO PAULO OCUPOU O DÉCIMO NONO LUGAR EM APROVAÇÃO DENTRE AS 27 UNIDADES DA FEDERAÇÃO, COM 20,74% DOS CANDIDATOS APROVADOS. Capital da República, o Distrito Federal também teve desempenho abaixo da média nacional, com aprovação de 22,80% dos seus 4.416 inscritos presentes. Ainda de acordo com os dados do desempenho do V Exame Unificado da OAB, as faculdades públicas se destacaram entre as 20 melhores instituições de ensino do Direito no País. Foram avaliadas todas as faculdades (públicas e privadas) que tiveram inscritos, cada uma, pelo menos 20 candidatos ao teste. As 20 melhores tiveram índice de aprovação superior a 65,16% e, destas, 98% compuseram o último Selo de qualidade do programa OAB Recomenda. Pela ordem, as que mais se destacaram, em termos porcentuais de aprovados: Universidade Federal do Espírito Santo (80,60); Universidade Federal de Pernambuco (78,57), Universidade Federal de Minas Gerais (77,89), Universidade Federal do Ceará (77,05); Universidade Federal de Juiz de Fora (76,12); Universidade Federal de Pelotas (74,67); Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (73,81); Universidade de São Paulo (72,05), Universidade Federal do Paraná (71,64); Universidade de Federal de Santa Catarina (70,51); Universidade Federal de Viçosa (69,57), Fundação Universidade Federal do Rio Grande (69,44), Universidade Federal do Estado da Bahia (69,23), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (68,75), Universidade Federal da Bahia (68,14), Universidade Federal da Paraíba (66,67), Universidade Estadual de Montes Claros (66,67), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (66,18), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (66,13), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (65,16). De acordo com o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, apesar de o índice de aprovação estar ainda longe do ideal, houve um significativo avanço em relação ao desempenho dos Exames de Ordem Unificados de anos anteriores. Isto se deve, conforme observou, não apenas a uma acentuada melhora na formulação, organização e aplicação das provas em todo o País, como também ao crescente interesse dos próprios estudantes, que vêm superando as dificuldades resultantes da baixa qualidade que ainda é observada na maioria dos cursos. E afirmou o seu representante: "O exame de Ordem é termômetro para aferir a qualidade do ensino jurídico brasileiro, e como tal serve de referência para a comunidade acadêmica, não apenas a jurídica, no sentido de oferecer subsídios para melhor qualificar os futuros profissionais de Direito". (copydesk, Caos Markus)

DOMINGO, 29 DE JANEIRO DE 2012: "A PRÁXIS QUE SE PROFESSA"

Ser "mestre" é muito mais do que ser um profissional da prática. As inovações introduzem-se no campo educacional. O professor não deve ser, portanto, apenas um técnico que desenvolve ou implementa reformas prescritivas. A identificação social do ensino e dos educadores é inseparável dessas atribuições, e qualquer atualização que não as incorpore fracassará. Professor é quem busca mudanças, procura o novo de forma crítica e construtiva, dele apropriando-se, para contextualizá-lo, convertendo-o em conhecimento experimentado por meio da prática, ou seja, através do seu trabalho, o ensino. Tudo para, em seguida, pela reflexão, transformá-lo em práxis. 'Professar' é, pois, condição indispensável a todos quantos pretendam ser reconhecidos como 'professor'. (Caos Markus)

SÁBADO, 28 DE JANEIRO DE 2012: "O PRATO TÍPICO DO JUDICIÁRIO"

À LA CARTE, O PRATO TÍPICO DO JUDICIÁRIO: TRANSAÇÕES ANORMAIS Operações financeiras suspeitas de juízes e servidores do Judiciário chegam a R$ 856 milhões nos últimos dez anos Uma análise sobre as movimentações financeiras de juízes e servidores do Judiciário mostrou que há R$ 855,7 milhões em operações suspeitas entre 2000 e 2010, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O órgão fez uma varredura nos dados financeiros de um universo de mais de 216 mil pessoas ligadas ao Judiciário, sendo que 3.426 pessoas tiveram movimentação considerada fora da rotina, as chamadas operações atípicas. O relatório foi solicitado pela Corregedoria Nacional de Justiça, em julho de 2010, e, a partir de hoje (12), passou a integrar o processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) para sustar as investigações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre os ganhos de magistrados e servidores. Movimentações atípicas não são transações irregulares e, sim, operações financeiras que fogem dos padrões da norma bancária e do sistema nacional de prevenção de lavagem de dinheiro. De acordo com o Coaf, o maior número de operações atípicas no Judiciário foi registrado em 2002, quando apenas uma pessoa do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1), do Rio de Janeiro, movimentou R$ 282,9 milhões, ou 94,3% das movimentações fora do normal registradas no ano (R$ 300,2 milhões).Em 2008, houve um novo pico de transações anormais: R$ 159,6 milhões. Segundo o Coaf, apenas três pessoas – duas ligadas ao Tribunal de Justiça Militar de São Paulo e uma ligada ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) – movimentaram R$ 116,5 milhões, ou 73% do apurado no ano. O estado que registrou o maior montante de operações atípicas na década passada foi São Paulo (R$ 169,7 milhões), seguido pelo Rio de Janeiro (R$ 149,3 milhões) e a Bahia (R$ 145,4 milhões). O Rio Grande do Sul foi o único estado onde não se registrou nenhuma movimentação atípica entre 2000 e 2010. Conforme adiantou a corregedora Eliana Calmon à Agência Brasil, o relatório do Coaf que chegou à corregedoria não apontava nomes e números de Cadastro de Pessoa Física (CPF). Para integrar o processo, a corregedoria precisou pedir que o Coaf retirasse o caráter confidencial do documento, o que ocorreu ontem. (copydesk, Caos Markus)

SEXTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2012: "OLIGARCAS DE TORDESILHAS"

Nem o aparato da mídia nem a "Torre de Babel" instalados entre nós brasileiros, por ocasião de campanhas eleitorais, poderão fazer mais que disfarçar o novo figurino de uma antiga, mas sempre em voga, prática. Um olhar mais atento à performance de candidatos proclamadores de governos onde o representado supostamente será co-partícipe das decisões da cúpula dirigente, é hoje mais ainda necessário que outrora; obrigação a quem, por ingenuidade, ainda possa acreditar no fim do"coronelismo". Vestidos com roupas do brechó da história, contemporaneamente, não faltam candidatos, desfilando no samba enredo do 'novo', mal escondendo a fantasia da indumentária utilizada no discurso da sonhada 'hora dos excluídos no poder'. Portadores dos sistemas hipoteticamente revolucionários de governar, se por um lado insinuam desafiar o Imperialismo (até sob a promessa de rompimento da 'democracia representativa', substituindo-a então pela obscura 'social-democracia-participativa'); por outro lado, esses intrépidos homens, próceres das coligações de forças de 'esquerda-centro-centrípeta-centrífuga' , nem fazem e nem desocupam a moita. Sem o destemor indispensável aos descrentes em qualquer forma de governo, e por isso desprovidos da convicção dos anarquistas (firmada no reconhecimento da única possibilidade de efetiva transformação social, sob o lema "Coordenação e Trabalho"); contudo (ainda bradando, como se anarquistas fossem), agem estes atuais oligarcas (tanto os 'burgueses' já detentores do "capital-erário" acumulado, quanto os neófitos da 'plebe rude') pela "práxis-prática" da sua sofismável contradição. Ou seja, permutam votos do incauto eleitorado com quinquilharias do 'quarto de despejo do poder', algo aqui habitual, desde Cabral na Ilha de Vera Cruz. Santa Cruz! Que terra esta, tão Tordesilhas...! (Caos Markus)

QUINTA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2012: "CAMPEÃO NO VALE-TUDO"

BRASIL, INTERNACIONALMENTE CAMPEONÍSSIMO EM VIOLAÇÕES A DIREITOS SOCIAIS E ECOLÓGICOS. A VALE ESTÁ RESPONDENDO A 111 PROCESSOS JUDICIAIS E A 151 ADMINISTRATIVOS 111 . É UMA DAS EMPRESAS CAMPEÃS DE MULTA PELO IBAMA. NÃO SE CONTENTA, PORÉM, EM OCUPAR O PÓDIUM APENAS NESTA MODALIDADE: TAMBÉM É CAMPEONÍSSIMA EM NÃO PAGAR ESSA MULTAS. Uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale, pode ser considerada nos próximos dias como a pior empresa do mundo na realização de sua atividade de mineração. Entre a Serra de Carajás, no sul paraense, ao porto de Itaqui, em São Luís (MA), A EMPRESA FOI DENUNCIADA POR PROVOCAR DEVASTAÇÃO AMBIENTAL, TRABALHO ESCRAVO NA CADEIA DE PRODUÇÃO DO AÇO, EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL, quebrar várias empresas, além da invasão de terras indígenas, quilombolas e camponesas. A Rede Justiça nos Trilhos, International Rivers e Amazon Watch são as responsáveis pela indicação da empresa ao prêmio Public Eye Award (Olho do Público) organizado pelas ONGs Declaração de Berna e Greenpeace. CONHECIDO COMO O “OSCAR DA VERGONHA", O PRÊMIO SELECIONA ANUALMENTE EMPRESAS COM O PIOR COMPORTAMENTO SOCIAL E ECOLÓGICO. Esse ano a Vale concorre com a Sansung, Barclays, Freeport, Syngenta e Tepco. Independente do resultado, a empresa estará entre as cinco mais nefastas do mundo. DENÚNCIAS Dados das três organizações que indicam a mineradora ao prêmio, revelam que em 2009 foram 114 milhões de metros cúbicos de efluentes industriais e oleosos despejados nos rios e mares pela empresa. A mineradora utiliza para seus negócios, 1,2 bilhões de metros cubos de água por ano, correspondendo ao consumo médio de água de 18 milhões de pessoas. A VALE ESTÁ RESPONDENDO A 111 PROCESSOS JUDICIAIS E A 151 ADMINISTRATIVOS 111 . É UMA DAS EMPRESAS CAMPEÃS DE MULTA PELO IBAMA. Mas não se contenta em ocupar o pódium apenas nessa modalidade : TAMBÉM É CAMPEONÍSSIMA EM NÃO PAGAR ESSA MULTAS. P.S.: 'Vale-Tudo' é uma modalidade de combate onde os lutadores utilizam apenas os seus corpos para ferir e, por isso, possui poucas regras, com um sistema muito próprio de preparação e desenvolvimento bastante complexo.

(copydesk, Caos Markus)

QUARTA-FEIRA, 25 DE JANEIRO DE 2012: "PODER ECONÔMICO, MOEDA DE TROCA NO STJ"

Suspensas execuções de multas arbitradas por Juizado Especial A "LEI" DO PODER ECONÔMICO DOS BANQUEIROS, MOEDA DE TROCA EM INSTÂNCIA SUPERIOR, DESBANCA A JUSTIÇA, SOTERRANDO O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, AFRONTANDO A LÓGICA E CONSPURCANDO TODO O DIREITO PÁTRIO. O PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), MINISTRO ARI PARGENDLER, SUSPENDEU DUAS EXECUÇÕES CONTRA O BANCO SANTANDER, que superam R$ 9,6 milhões. AS COBRANÇAS SÃO RELATIVAS A MULTAS POR DESCUMPRIMENTO DE ORDENS JUDICIAIS (astreintes) NO CURSO DE AÇÕES DE CONSUMIDORES CONTRA A INSTITUIÇÃO BANCÁRIA, que tramitam no juizado especial do Maranhão. O banco ajuizou reclamações para questionar o limite da competência dos juizados especiais para executarem seus próprios julgados em quantia superior ao valor da alçada que lhe compete. A Lei 9.099/95, que disciplina os juizados especiais, prevê a competência apenas para processar causas cujo valor não exceda 40 vezes o salário mínimo. A VERDADE NOS CASOS CONCRETOS Uma das ações teve início no 4º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo da Comarca de São Luís (MA). A consumidora teve seu nome incluído em cadastro de proteção ao crédito por suposto inadimplemento em financiamento de veículo. Em 2008, o juizado especial condenou o banco ao pagamento de indenização por danos morais de R$ 4.150; DETERMINOU A RETIRADA DO NOME DA CONSUMIDORA DO CADASTRO DE INADIMPLENTES e obrigou o banco ao recebimento de parcela do financiamento do veículo, SOB PENA DE MULTA DIÁRIA DE R$ 10 MIL. NA FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, O JUIZ CONSTATOU QUE O TERCEIRO PONTO NÃO HAVIA SIDO CUMPRIDO PELO BANCO E APLICOU A MULTA. O VALOR DE R$ 9 MILHÕES É RESULTADO DO TEMPO DECORRIDO SEM O DEVIDO PAGAMENTO DA MULTA PELO SANTANDER. O outro caso tramita no 13º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo de São Luis. No curso de uma ação movida em 2009 contra o Santander, o consumidor obteve sentença para que fosse determinada a exclusão do seu nome de qualquer cadastro de proteção ao crédito, sob pena de multa de R$ 1 mil diários. Com o descumprimento da decisão, o JUIZADO ESPECIAL EXECUTOU O SEU JULGADO, em novembro de 2011, no valor aproximado de R$ 677 mil. O juízo determinou a constrição do valor e o depósito em juízo. O banco entrou com embargos à execução, em que apresentou seguro garantia para substituir a penhora. NO MESMO DIA, O 13º JUIZADO ESPECIAL – onde tramitavam os embargos à execução – julgou improcedente a contestação e EXPEDIU ALVARÁ PARA QUE O CONSUMIDOR LEVANTASSE O VALOR DEPOSITADO EM JUÍZO. FOI ENTÃO QUE SE SEGUIU A RECLAMAÇÃO AO STJ. O relator do caso é o ministro Luis Felipe Salomão.

(copydesk, Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 24 DE JANEIRO DE 2012: "CONFINAMENTO"

No mundo midiático, a 'verdade' possui essência continuamente comprometida. Porque, sempre 'reinventada', sua 'revelação' é confinada nas limitações próprias à exclusividade de sujeitos e objetivos. (Caos Markus)

SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JANEIRO DE 2012: "ARTE, O CÓDIGO DA FALA OCULTA"

Portadora da insuperável condição de fazer existir o que nós ainda mal vislumbrávamos, a 'palavra' adquire status de 'realidade', dotada de característica peculiar. Trata-se de fenômeno a evocar algo 'por vir', atraindo-o à existência, da forma como esta é mais vulgarmente identificada. Constata-se, há uma relação entre 'existência' e 'obra de arte', quando se parte da 'concretude' assim considerada. E por uma inicial aproximação, parece simples dizer que a obra de arte é sempre uma 'coisa'. Todavia, o que é chamado 'obra de arte' contém a característica de vincular-se vigorosamente à 'palavra'. Possivelmente, o mais essencial na obra de arte é o fato de ela ser uma 'coisa que fala'. Ela apresenta um 'falar' diferenciado. Ora, de modo geral, se diz que o artista 'cria'. Contudo, não bastará que ele pegue o seu material e 'produza' algo. Porque, se o artista pretende 'criar' uma obra de arte, o 'produto' final tem que 'falar'. Afinal, ele deseja dizer alguma coisa através de sua composição. A 'fala' da sua obra é a própria voz do autor. Há ainda outra maneira de se "traduzir" a palavra 'criar', mais ligada à forma de entender a 'existência'. Assim, quando o artista se coloca diante do seu material, não está simplesmente frente a objetos que ele vai 'utilizar' a fim de codificar uma mensagem. Mais que isso, o artista se coloca ante um 'mistério'. Mistério justaposto à acepção do termo 'criar'. O 'material' já guarda, em seu cerne, a 'produção' ainda não realizada. O que nele já está 'fala' alguma coisa que seria importante deixar mais explícita. Aguarda, apenas, na condição de 'não-existência', o chegar a existir de fato. Materialidade que virá pelas mãos do 'criador'. Eis da arte o segredo a ser decifrado: o artista é, por assim dizer, usado pelo seu material. Ele mesmo nada diz, porém, coloca-se a serviço dessa 'fala', tornando-a mais patente. Quem 'ouve', possui percepção dessa substância oculta, é o artista, cunhando-lhe um código de acesso a outras pessoas, no sentido de explicar a 'fala oculta' da coisa. (Caos Markus)

DOMINGO, 22 DE JANEIRO DE 2012: "UNIVERSOS E ANTAGONISMOS"

Nietzsche opõe dois universos "espirituais", a fim de analisar o valor de nossa moral, em antagonismo que designa, a um só tempo, contraste entre ideais e entre modos de existência : o universo dos senhores e o dos escravos. A nossa moral é de escravos, e seus valores vão se construindo ao redor de um determinado ideal de convivência. Nosso imaginário social projeta como padrão de excelência uma convivência sem conflitos, na qual se imagina possível viver então a felicidade. No século XIX, viu-se a intensa procura desse estado idílico no qual os conflitos desapareceriam, superadas as 'contradições', tornando possível ao "rebanho humano" viver em paz. Tal ideal de convivência supõe, tacitamente, uma certa antropologia. Se os indivíduos não entram em conflito é porque nada mais pretendem da vida; suas vontades estão inertes. Por isso, somente, vivem a felicidade do repouso, como definida por Espinosa. Assim, nossa moral pregará - no "tu deves"- as qualidade que tornam a vida absolutamente
plácida, a exemplo do altruísmo, a piedade, o desinteresse. Ideário expressando apenas uma vontade anêmica, situada na origem do nosso desejo de crenças e convicções; a nossa constante necessidade de respaldo em uma 'verdade', uma 'religião', uma 'consciência fundada num partido'. Esta, com efeito, a razão pela qual nossa civilização enaltece a obediência e fixa o comando ao lado da má consciência, promovendo como figura do ser humano um indivíduo preparado exclusivamente para a subserviência - um escravo, um homem domado, o "animal do rebanho". Paralelamente à noss moral e ao nosso ideal de convivência (que se acreditam únicos) , houve, como assevera Nietzsche, uma outra moral e um outro modo de encarar a existência. É o universo dos senhores que o filósofo crê redescobrir ao analisar a vida grega anteriormente à "decadência platônica". Nietzsche distinguira, ali, um ideal de convivência oposto ao nosso - uma vida construída a partir do elogio do conflito, e não de sua supressão. É o que se infere daquilo que seria o "verdadeiro significado" do ostracismo como ímpar instituição na antiguidade grega. Se os gregos expulsavam da cidade alguém que se sobrepunha aos demais, essa conduta não era entendida como um freio, mas um estímulo. O grande era expulso para que os mecanismos de luta fossem restabelecidos, voltando a disputa como o cotidiano dos demais. Esse grego não conhecia felicidade sem luta, ou vitória sem embate. Sua vida era expressão da 'vontade de potência', em consonância com o 'vir-a-ser' de Heráclito, condição de permanência das tensões e dos conflitos. O mundo do escravo, agora, será aquele onde o indivíduo sofre com o mundo, dele tem ressentimentos que o levam a querer a vingança contra o senhor, negando o seu mundo. O escravo já não quer abolir a dor, porém, encontrar um sentido para o sofrimento. Afinal, não foi a dor que atormentou os fracos e sim a falta de sentido para essa dor. Sentido que ensejou a criação dos seus ideais, tudo num contexto onde se destaca a civilização cristã como 'anestésico ideológico' de uma existência sofredora. (Caos Markus)

SÁBADO, 21 DE JANEIRO DE 2012: "OVERDOSES PALACIANAS"

Em todos esses desatinos escalonados, onde o que mais se vê é a deformação em lugar da informação; confirma-se uma outra cracolândia, de usuários requintados em retóricas palacianas. São os viciados dos vários escalões governamentais, sobrevivendo às custas de overdoses da mais poderosa droga já conhecida no mundo: o Poder.
(Caos Markus) .......................................................................................................................................................................

Alckmin, Kassab e comando da PM não sabiam de início de ação na cracolândia A Operação Cracolândia foi precipitada por uma decisão do segundo escalão da Polícia Militar (PM) e do governo do Estado. Há dois meses, a ação era planejada na cúpula. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e as cúpulas da Segurança Pública, Assistência Social e Saúde das duas esferas de governo estavam acertando tudo para que o trabalho começasse em fevereiro, depois da abertura de um centro de atendimento com capacidade para 1,2 mil usuários de drogas na Rua Prates, no Bom Retiro. Eles queriam evitar, por exemplo, que os dependentes se espalhassem pela cidade depois do cerco à cracolândia. Outro objetivo era evitar que a operação focasse apenas políticas de segurança pública, ampliando-a para as pastas sociais. Até que na segunda-feira houve uma reunião de segundo escalão, na qual Luís Alberto Chaves de Oliveira, o Laco, coordenador de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado da Justiça, disse ao coronel Pedro Borges, comandante da região central de São Paulo, que o governador queria a operação. O coronel disse que poderia fazê-la de imediato, pois tinha acabado de receber 60 homens da escola de soldados. Assim, na manhã de terça-feira, ele pôs o time em campo sem nem sequer avisar o Comando-Geral da PM, o governador e a Prefeitura. E acabou criando um mal-estar entre os dois governos. (....)

SEXTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2012: "CAMPANHA"

LANÇAMENTO OFICIAL DA CAMPANHA :

'Não deixe a lanterna de Diógenes se apagar'

(Caos Markus)

QUINTA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2012:"PADRÃO CONCEITUAL"

Muito na vida é o pouco que fazemos por nós mesmos, sempre muito ocupados em negá-la, sem sequer dar conta dessa auto-traição. E se a percepção de conduta assim tão destrutiva é, via de regra, ausente em cada um, a soma no alheamento tem por resultado frágil simulação de sensações.Todavia, como tudo corre em exclusiva direção, do 'sensacional' ao 'emocional' mal se vê o 'ilusionismo' marcado de 'sentimento'. É este, então, o lugar da morada 'nômade' da malograda humanidade 'sedentária'. Amor, ódio, rancores, paixão... Criações apenas de primitivos seres, na longínqua jornada do decurso de tempo, mais e mais veloz, superando a fantasia de se ir além. 'Transforma-se' e não 'transmuta-se'. Em constante formação, imagina-se 'transcendência'. Entretanto, nada 'ascende'; tão-somente confirma-se, na descendência, o decadente, a multiplicar singularidades, determinando-se padrão. Daí, toda a pré-concepção; por isso, o incerto na via do conceito, elaborando catarse póstuma a imensuráveis grandezas, carentes do valor exaltado enquanto norma individual, rumando, sim, ao plural absolutamente ignorado. (Caos Markus)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

QUARTA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2012:"INEFICÁCIA INTELECTUAL"

Os intelectuais, em sua grande maioria, fazem o jogo do sistema, mantendo um elitismo presunçoso de produção reflexiva, absolutamente restritiva, ineficaz, e distanciada, pois, da dinâmica objetiva da libertação.
(Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2012: "CONSIDERAÇÃO"

O que Karl Marx não considerou (formidável lacuna em seu materialismo histórico), foi o ensinamento de Darwin e a lição de Lavoisier: 'Na seleção das espécies, nada se cria, nada se perde, pois além da mais-valia tudo se transforma. (Caos Markus)

SEGUNDA-FEIRA, 16 DE JANEIRO DE 2012: "OS PECADOS DOS DEUSES"

ASSOMBRO: INVSTIGAÇÕES DE JUÍZES PELO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA AUMENTAM DE 693 PARA 1.170 EM APENAS 1 MÊS ! O número de juízes investigados pelos tribunais do país aumentou em mais de 1 mil em pouco mais de um mês. Eram 693 investigações, em 14 de novembro de 2011, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passou a fazer um levantamento de todos os processos disciplinares e sindicâncias contra magistrados. Hoje, há 1.710 juízes sob suspeita, segundo informações que são transmitidas pelos próprios tribunais ao CNJ. Apesar do crescimento nas investigações, elas podem não sair do papel, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida que o CNJ não pode avocar para análise própria os processos que estão em ritmo lento de apuração em vários tribunais do país. Se essa decisão se confirmar, os tribunais vão poder gastar o tempo que quiserem na apuração e o CNJ não terá como fazer nada a respeito, a não ser esperar que um dia os casos sejam enviados para que o conselho tome providências. O número de investigações é passado pelos próprios tribunais dos Estados, seguindo uma estratégia definida pelo presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso. Após reunião com representantes dos tribunais de justiça, em outubro, Peluso decidiu que as corregedorias passariam a enviar dados mensais sobre as investigações ao CNJ. Com isso, foi criado o Sistema de Acompanhamento de Processos Disciplinares contra Magistrados. O objetivo, segundo o presidente do CNJ e do STF, foi o de dar "mais transparência aos processos disciplinares contra juízes e desembargadores em todos os tribunais". Mas, a maior parte das informações é sigilosa. Há apenas duas ou três linhas sobre cada processo, como "desaparecimento de três processos da vara", "supostas irregularidades (do juiz) no processo" ou "desbloqueio (irregular) de valores". Nem as iniciais dos juízes sob investigação aparecem. Já o nome de quem fez a denúncia contra os juízes aparece por inteiro em vários Estados, como em Pernambuco, no Ceará e no Distrito Federal. Na Bahia, há até o nome de bancos que denunciaram juízes. Em São Paulo, os 191 processos contra juízes são resumidos em dois tipos de investigações: "apuração preliminar da conduta do magistrado" e "prática, em tese, de infração administrativa". Ao prestar esse tipo de informações ao CNJ, o TJ paulista evita descrever, em detalhes, o que está sendo apurado contra os seus magistrados. No Ceará, há casos de atropelamento cometidos por juízes e denúncias de baixa produtividade. No DF e no Piauí, há processos contra juízes em que nem o que motivou a investigação é divulgado. No lugar onde o motivo deveria aparecer, há um espaço em branco. Mas, o nome do denunciante aparece por extenso. Há desde empresas e pessoas físicas até bancos e associações. Quando o Sistema de Acompanhamento de Processos Disciplinares contra Magistrados foi criado, em novembro, o TJ do Piauí aparecia com o maior número de investigações contra juízes: 211 processos. Em seguida, vinha São Paulo, com 134, e o Amazonas, com 59 processos. Agora, o campeão de processos contra juízes é o TJ de Pernambuco, com 395 processos. Há desde acusações graves, como o sumiço de processos criminais, até casos menores, como denúncias de maus tratos por um magistrado. O TJ de São Paulo, que foi pivô da atual crise sobre o poder do CNJ - deflagrada após a abertura de investigações pelo conselho sobre os ganhos dos desembargadores paulistas -, manteve a segunda posição, mas registrou um número maior de investigações contra os seus juízes: 191 processos. O Piauí caiu para a terceira posição, com 163 investigações, e o Maranhão é o quarto da lista, com 129. O TJ do Rio de Janeiro - um dos maiores do país - informou ao CNJ que abriu processos contra apenas cinco juízes e todos foram arquivados. Além de contar com informações sigilosas e inacessíveis ao cidadão comum, o sistema ainda padece da ausência completa de dados sobre investigações contra magistrados em quatro dos cinco Tribunais Regionais Federais (TRFs) do país. Apenas o TRF da 2ª Região, com sede no Rio de Janeiro, prestou informações ao CNJ. Isso significa que, no plano dos juízes federais, o CNJ só recebeu dados sobre magistrados que atuam no Rio e no Espírito Santo - Estado que também pertence à 2ª Região. Nos demais 24 Estados e no DF, não há notícias sobre processos contra juízes federais. No caso dos juízes trabalhistas, a situação também é de ausência quase completa de informações. Dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), 11 encaminharam dados a respeito de investigações contra seus magistrados ao CNJ. Desses, São Paulo registrou 30 processos contra juízes trabalhistas, Amazonas informou ter 15 processos e seis Estados disseram que não têm nenhuma apuração em curso. (copydesk, Caos Markus)