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terça-feira, 6 de março de 2012

QUINTA-FEIRA,12 DE ABRIL DE 2012: "CONTRAPOSIÇÕES"

Quanto mais se pretenda racionalizar o capitalismo atual, maiores serão os antagonismos que se criarão. Há uma evidente razão neste raciocínio: a intenção dos conglomerados empresariais é a de eliminar o trabalho humano. A racionalização, agora, é aplicada na redução dos preços de custos, visando ainda maior acréscimo ao lucro. Os métodos, as tecnologias utilizadas na obtenção desse resultado, tiveram início com a organização científica do trabalho e a sua padronização (ou, a unififormização dos produtos). Paulatinamente, novas reformas foram então introduzidas. Produzir em série pressupõe consumo igualmente seriado. Desnecessário outro motivo, o adestramento (pelo poder de sedução) dos consumidores é condição básica à boa operacionalização desses novos métodos. O consumo instintivo, pois, deve ser repensado, procurando em seu lugar o consumo racional. A função da racionalização capitalista assim se autodetermina: aperfeiçoar, padronizar e impor o produto como 'norma'. Simplificar a mão-de-obra manual tornando-a mais rentável. Imprimir ao trabalho o máximo de eficiência na contrapartida do mínimo esforço. Coordenar as empresas com a finalidade de se evitar o gasto inútil de matérias-primas e energia, diminuindo o quanto possível os indesejáveis efeitos da concorrência. O capitalismo não tem mais definido objetivo senão o da diminuição do custo da produção, em acréscimo de benefícios aos proprietários dos seus meios, nada se importando com os prejuízos imensos causados aos trabalhadores, àqueles que vendem a sua mão-de-obra.
De fato, o aumento da produtividade do trabalho, através do aperfeiçoamento técnico, constitui a clássica forma do progresso da produção capitalista. Essa racionalização acarreta, por efeito imediato, a subtração radical na oferta de empregos.
Por outro aspecto, a desvalorização da soma total de salários da classe trabalhadora explica a retração do mercado (não obstante o estimulado consumismo, e com ele a inadimplência), e, pelos monopólios e cartéis, a luta agravada nos mercados, desencadeando, inevitavelmente, sucessivas guerras, voltadas a novas divisões do mundo. Humanizar e sistematizar a economia racionalizada, eis a tarefa realmente revolucionária, rumo à pacificação da beligeância, já que as guerras são o fruto podre das ambições desmedidas de uma imensa maioria de homens, num sistema minado por suas própria contradição, trilhando contraposições. A reorganização econômica da sociedade, só ela, revolucionariamente, trará paz aos povos. (Caos Markus)

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