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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

SÁBADO, 31 DE DEZEMBRO DE 2011: "INSTRUMENTOS DA CRÍTICA"

Consequências do peso da muito mal compreendida 'opinião pública', as distorções no 'pensar' não somente poderão como devem ser corrigidas pela Crítica. Tendo por exclusiva missão esclarecer e alterar o quê equivocado se mostra, a Crítica recai sempre sobre os costumes. De modo indireto, nas doutrinas sociais, científicas, religiosas que venham exercer influência na sociedade em quem vivemos . De forma direta, sobre os próprios costumes de uma nação. A tarefa da Crítica, por efeito, é difícil e de altíssima importância, porque o seu destacado objetivo assim o exige. Sob a consideração de que os costumes de uma nação, de uma família, ou de um indivíduo apenas, são a real alavanca da sua prosperidade ou da sua decadência, pois, as leis positivas (as normas escritas) poderão corrigir em parte os abusos, desde que criteriosas. A ação dessas regras, deixará, contudo, muito a desejar se, frouxa, não puder atingir muitos dos transgressores; ou ao contrário, se arbitrariamente empregada. Deve-se notar, assim, que enquanto a doutrina educa e instrui, a Crítica corrige e esclarece. E como tal, se faz imprescindível, porque, se é certo que ninguém pode ter a justa medida da sua capacidade moral, também é intuitivo que o homem civilizado procura constantemente atingir o mais alto grau de perfeição. Ele -nesse contexto- sente o reflexo "dessa flama sagrada que só ao rei da criação foi concedida: a Inteligência". Antes, porém, de exercer o seu mister, a Crítica necessita empunhar um delicado estilete, para que a "autópsia", quer seja no corpo social, quer no indivíduo, possa ser correta e justa. Essa intervenção ocorrerá através da elevação do nível intelectivo e moral, pela reforma dos costumes, por meio da Crítica publicista em co-autoria com as doutrinas. Nesse estágio, confirmando-se a inteligência como seu elemento estrutural, o processo da Crítica desempenhará o papel de fiel da balança da consciência. Já então será o ponto de equilíbrio nesta equação suprema entre o objetivo(o objeto) e o subjetivo(o sujeito), na qual se trava a luta desmedida do dever e da vontade, da justiça e da paixão. (Caos Markus)

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