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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

QUINTA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2010: "NAU"

Em 1500, a 'calmaria' foi subterfúgio utilizado como estratégia, no argumento do 'acaso', para justificar a "descoberta" do que já se sabia muito antes (a Bula Inter Coetera e o Tratado de Tordesilhas desmentem a ficcionada ignorância), e, mais tarde, denominado 'Brasil'. Desnecessário recorrer à Interpretação dos Sonhos, de Freud. A Antropologia, mais que a Psicanálise, talvez, possa explicar porque os loucos restam confinados nos sonhos turbulentos dos normais, daqueles que, vivendo em 'terra firme', só ousam afastar-se do seu 'porto seguro' se tripulantes dessa nau sem rumo, porém, com retorno garantido: a barca do 'acaso', a simular descobertas, quando recusar os próprios sentimentos somente é possível através da dissimulação. Somos brasileiros, não por acaso. É outra a minha recusa: a loucura que me "fragiliza" não há de "fortalecer" o anonimato da alheia quimera. À deriva, a distância decreta único o gesto.
(Marcus Moreira Machado)

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