Páginas

domingo, 14 de outubro de 2007

QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2007: "REORGANIZAR PARA REVOLUCIONAR".

Quanto mais se pretenda racionalizar o capitalismo atual, maiores serão os antagonismos que se criarão. Há uma evidente razão neste raciocínio: a tendência de todo industrial é a de eliminar o trabalho humano. Agora, a racionalização é aplicada para reduzir os preços de custos e aumentar ainda mais o lucro. Os métodos, as tecnologias pelas quais se espera obter esse resultado, tiveram início com a organização científica do trabalho e a sua padronização (ou, a unificação dos produtos). Novas reformas foram então introduzidas. A produção em série pressupõe o consumo igualmente em série. Assim, a "educação" dos consumidores é uma das condições do bom andamento desses novos métodos. O CONSUMO INSTINTIVO deve ser repensado, a fim de que seja alterado para o CONSUMO RACIONAL. A função da racionalização capitalista assim se determina: aperfeiçoar, padronizar e impor o produto como 'norma'. Simplificar a mão-de-obra manual para torná-la mais rentável. Imprimir ao trabalho o máximo de eficiência com um mínimo esforço. Coordenar as empresas com a finalidade de se evitar o gasto inútil de matérias-primas e energia, e diminuir o quanto possível os indesejáveis efeitos da concorrência. Com isso, o capitalismo não pensa mais que reduzir o custo da produção, obtendo mais benefícios para os proprietários dos meios de produção, SEM SE IMPORTAR COM OS PREJUÍZOS CAUSADOS AOS TRABALHADORES. De fato, o aumento da produtividade do trabalho, através do aperfeiçoamento técnico constitui a clássica forma do progresso da produção capitalista. E essa racionalização nas mãos do capitalismo acarreta, por efeito imediato, a redução radical na oferta de empregos pelo capital industrial, como se constata atualmente. Por outro ângulo, a diminuição da soma total de salários da classe trabalhadora, por consequência dessa 'racionalização', explica a retração do mercado interior, e, apesar dos monopólios e cartéis, a luta agravada pelos mercados exteriores que levam, inevitavelmente, a novas guerras voltadas a novas divisões do mundo. Por isto, ao humanizar e sistematizar a economia racionalizada, o verdadeiro revolucionário alcançará o fim das guerras, já que estas não são outra coisa senão o fruto podre das ambições desmedidas de uma imensa maioria de homens, num sistema minado por suas próprias contradições. A reorganização econômica da sociedade, só ela, revolucionariamente, trará paz aos povos. (Marcus Moreira Machado)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SER OU NÃO SER, EIS A SUGESTÃO!