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terça-feira, 9 de outubro de 2007

QUARTA-FEIRA, 10 DE OUTUBRO DE 2007: "REVOLTA, UMA PRÁTICA FILOSÓFICA".

Tanto a negação quanto a afirmação absolutas nos conduziram a um só universo de reações concêntricas. Conduziram, contudo, porque A REVOLTA FOI PERDIDA. Não há porque negar a condição que oprime, se não for para afirmar o direito do oprimido. Não haverá qualquer sentido em afirmar o direito do oprimido, se não for negado o que oprime. Ambos, o 'sim' e o 'não', reciprocamente, exigem um do outro; e juntos, não matam. A REVOLTA COMO PENSAMENTO deseja o 'relativo'. Porque só nele poderemos construir uma regra moral; construí-la para o homem. Em todos os seus efeito, a 'revolta' colocou o 'relativo' como espera do homem. É a norma que dirige a ação revoltada. Restrita ao relativo, eis garantida a sua humanidade, a desejá-la magnífica e trágica. Tragédia e magnitude presentes no destino humano. Essa filosofia revoltada é complementada pela 'ação'. Sensibilidade e pensamento se lançam à concretização da revolta através de 'atos', a um só tempo as determinantes e as opções, sem o quê nenhum valor teria a filosofia. A especulação pode, então, se mostrar como verdade -a efetivação de suas conclusões favoráveis ao ser humano. Não apenas o que se pode realizar no concreto da existência, porém, o que se realiza de fato: eis um pensamento humanista. A revolta é humanizada por meio da ação que ela mesma proporciona. Se a sua resolução não estivesse nesse agir, condenada restaria a revolta. E de resto, condenada a própria filosofia. Porque a verdade é demonstrada por sua capacidade de realização. Uma das dimensões da filosofia é, via de consequência, a 'ação'. Falsa a filosofia, onde a prática for exluída. Revoltar-se pelo homem é valor supremo. A revolta é, por isso, ação de amor para o presente. E A RESPOSTA DA FILOSOFIA É A PRÁTICA, um ato de amor. (Marcus Moreira Machado)

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