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sexta-feira, 25 de julho de 2014

SEXTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2014: "COPIAR SEM PRODUZIR"


O modo de entender e agir nos possibilita não nos deixarmos abater pela adversidade e, até mesmo, utilizá-la para crescer. Uma das causas do fracasso do ensino é, tradicionalmente, a didática através da qual o professor apresenta o conteúdo partindo de definições, exemplos, demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação, pressupondo-se que o aluno aprende pela reprodução. Considerando-se uma reprodução correta, ela se traduz em evidência da aprendizagem. Essa prática mostra-se ineficaz, pois a reprodução correta poder ser apenas uma simples indicação de que o aluno foi adestrado a copiar, sem nada produzir. É necessário saber para ensinar. O professor deve se mostrar competente na sua área de atuação, demonstrando domínio na ciência a qual se propõe a lecionar, porque, inversamente, irá apenas "despejar" os conteúdos "decorados" sobre os educandos, sem lhes dar oportunidade de questionamentos e criticidade. Dentro das competências (científica, técnica, humana e política) desenvolvidas pelo professor, é essencial propiciar aos alunos condições ao desenvolvimento da capacidade de pensar crítica e logicamente, fornecendo-lhes meios à resolução dos problemas inerentes aos conteúdos trabalhados e interligados ao seu cotidiano, de modo a compreenderem o estudo adiante da mera memorização de conceitos e termos científicos transmitidos pelo professor ou encontrados em livros. É uma empreitada pela qual raciocínio e criatividade são recompensados.
É indispensável dar mais ênfase à aprendizagem, acima dos programas e provas, esta insidiosa prática comum na imensa maioria das escolas. Pois, no processo de ensino e aprendizagem, conceitos, ideias e métodos devem ser abordados mediante a exploração de problemas, desenvolvendo competências voltadas à sua interpretação e resolução. E esta resolução não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um processo operatório, mas uma orientação à aprendizagem, pois proporciona o contexto da assimilação de concepções, procedimentos e atitudes. Para ocorrerem essas transformações, tão necessárias, faz-se necessária a demonstração, pelo educador, do seu profissionalismo, da ética e, sobretudo, do seu compromisso com a ascensão dos alunos, conduzindo-os ao aprendizado.

(Caos Markus)
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QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014: "A HETERONOMIA NA AUTOSSUFICIÊNCIA"


Autonomia se adquire com o tempo e a maturidade, no entanto, é preciso a intermediação nesse processo. Formar aprendizes propagadores de opinião e, acima de tudo, autônomos, é tarefa complexa. Somente o educador tem a condição de ser esse mediador, pois a construção do conhecimento, da aprendizagem, só ocorre através de um sistema, isto é, num desenvolvimento gradativo, ou seja, em evolução. E neste panorama se insere a autonomia, sempre contendo dois aspectos: o moral e o intelectual.
A primeira resume-se na questão da moralidade no seu sentido literal, isto é, um conjunto de regras e princípios de decência que orientam a conduta dos indivíduos de um grupo social ou sociedade, com o tempo forjando-se uma moralidade, ou seja, a qualidade do que é moral. Conjunto de princípios ou regras morais. Portanto, no domínio moral, ‘autonomia’ significa ser governado por si mesmo, tomar decisões próprias e agir de acordo com a verdade. Já a questão da moral intelectual, também transita na sua definição literal, isto é, a inteligência. Pessoas interessadas em idéias e pensamentos se dedicam a atividades envolvendo estudo e raciocínio. No caso, o intelecto possui a capacidade de usar a mente para pensar. Assim, é correto afirmar: a autonomia moral desperta questionamentos sobre o certo e o errado; a autonomia intelectual suscita reflexões acerca do verdadeiro e do falso. Nestas dimensões, o educando, como sujeito principal, deve elaborar conscientemente a autonomia. E, ainda, possivelmente bloqueando a heteronomia no campo moral e intelectual, não seguindo a opinião de outra pessoa e sim a sua própria.  Exemplificando, a criança que desenvolve a autonomia intelectual, ao tentar explicar seu raciocínio a uma outra, se vê condicionada a  sair de si para se fazer entender. Tentando coordenar seu ponto de vista com o de outra pessoa, ela mesma entende seu próprio erro. Partindo dessas autonomias, a aprendizagem se concretiza.
Autonomia é o objetivo máximo da Educação. Porém, nos campos moral e intelectual, as escolas, de modo geral, hoje, padronizam a heteronomia das crianças, impedindo sua autossuficiência. Essas escolas, utilizando ‘compensações’ e ‘punições’, querem impor as regras e os padrões dos adultos. No entanto, o que de fato é útil no progresso da emancipação? A habilidade de ler, escrever, operar em aritmética, usar mapas e tabelas, situar acontecimentos na história, são algumas indicações do aprendizado escolar. Entretanto, quanto mais independente, maior será a possibilidade de a criança alcançar, per si, a segurança em suas decisões. Aparentemente, sob tais argumentos, emerge uma dúvida: quais os objetivos adequados na Educação? Tais metas têm sido tradicionalmente estabelecidas a partir dos valores subjetivos das pessoas. Há alguns anos, não poucos valorizavam a ‘capacidade de adaptação à vida’. Atualmente, está em voga a outra extremidade, a volta à escola tradicional. Enquanto alguns indivíduos insistem na curiosidade e criatividade como elementos estruturais de maior importância, acima do conhecimento de multiplicidade de fatos, já outros defendem o antagônico.
Como as hierarquias de valores são influenciadas pelos critérios sócio-políticos e, destacadamente, os econômicos, é diversificado o estabelecimento de uma só diretriz nas decisões do que ensinar e como ensinar.
A autonomia como foco da educação tem outro peso, porque parte de uma teoria científica do conhecimento. Considera-se bastante relevante a hipótese de  -pela coordenação da pluralidade de aspectos abordados-  ser conduzida a construção da autonomia.
Em qualquer circunstância, porém, educador, escola e sociedade não devem definir aleatoriamente o que ensinar e como ensinar, sob pena de optarem pela alienação, este poderoso instrumento de desagregação.

(Caos Markus)

QUARTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2014: "MONOPÓLIO NA MANIPULAÇÃO"


No Brasil, o futuro da educação depende muito de sua estrutura e também da universalização cultural dos professores, motivados por vários fatores durante sua vida profissional. História, saberes fundamentais e a relação de responsabilidade entre docente e professores são arcabouço para o futuro da educação.
O investimento no conhecimento e na prática do ensino é de responsabilidade não só do docente, mas também das universidades, cuja função principal é preparar métodos e meios de formar profissionais detentores de qualidades e saberes suficientes à prática do ensino. A educação tem sido estudada e aperfeiçoada buscando práticas e reflexões sobre o tema.
Nesta cadeia de aprendizado, a formação acadêmica é crucial na conquista de resultados, no futuro profissional de todo aluno.
Adquirir os pressupostos dessa formação, sua aplicação prática e as mudanças na história do ensino superior, instigarão esse corpo docente. Neste aspecto, se discute, com pluralidade quem interviria e quem seria o induzido. Fala-se de interdisciplinaridade, mas por toda a parte o princípio da disjunção continua a separar.
Aqui e ali, começa a se ver o quanto o divórcio entre a cultura humanista e a cultura científica é desastroso para ambas, mas os que se esforçam para estabelecer a ponte entre elas prosseguem marginalizados e ridicularizados.
São exigências inadiáveis a determinação da individualidade e o esforço pessoal, para quem de fato está imbuído de construir o futuro da educação.
O homem, durante a sua vida, se adapta e aperfeiçoa seus conhecimentos, em conformidade com diversidade de fatores. Com efeito, em sua formação profissional, a docência faz parte da formação do educador, razão a se questionar acerca de sua efetiva valorização. O preparo ao exercício de uma prática docente reflexiva tornou-se um tema recorrente nas duas últimas décadas, quando das discussões sobre formação de professores.
A aprendizagem precede o desenvolvimento. O ensinar e o aprender seriam dois processos indissociáveis, formando uma unidade delimitadora do campo de constituição do indivíduo na cultura, o que implica a participação direta do professor na constituição de processos psíquicos do aluno. O compromisso de um docente não se resume apenas em passar conhecimento ao educador. Ele, simultaneamente, o recebe, transmite e adquire.
O caráter 'funcional' do ensino leva a reduzir o professor a 'funcionário'. O caráter 'profissional' do ensino leva a reduzir o professor a 'especialista'.
O ensino deve voltar a ser, todavia, não apenas uma função, uma especialização, uma profissão, mas também uma tarefa de saúde pública, ou seja, uma incumbência, a de difundir e transferir.
Considerando as influências históricas do ensino superior, criado para um meio totalmente elitista, onde apenas os filhos aristocráticos a ele tinham acesso, a educação ainda sofre as conseqüências dessa fragmentação. Talvez pareça
longínquo pensar em educação do futuro, mas analisando a história, é perceptível, ela foi constituída sempre por tentativas.
Na Educação, devem ser identificadas as três espécies de erros, a fim de corrigi-los: o erro mental, onde a mente confunde fantasia e o imaginário com a realidade; o intelectual, que tem como verdade uma teoria ou um sistema já criado, ou ainda onde a própria memória também engana, através de uma falsa lembrança, substituindo a verdade; e os erros da razão, quais sejam, a escolha de duas características antagônicas, passíveis de equívocos.
Neste item, incluem-se também a doutrina, as teorias fechadas e invulneráveis a qualquer crítica, na falsa assertiva de suposta racionalização mental, confirmando-se apenas forte resistência a quebra do monopólio na manipulação do sistema educacional.

(Caos Markus)

domingo, 20 de julho de 2014

TERÇA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2014: "CONFIRMAÇÃO"



VIVER NO 'TEMPO AUSENTE' É ALGO APARENTEMENTE INUSITADO.

APENAS NESSA DIMENSÃO, PORÉM, É QUE A EXISTÊNCIA DO SER HUMANO RESTA ABSOLUTAMENTE CONFIRMADA.

(Caos Markus)