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quarta-feira, 7 de maio de 2014

SEGUNDA-FEIRA, 12 DE MAIO DE 2014: "PLAUSÍVEL"



O 'coletivo' é possível, eu creio, quando não o traduzirmos por 'unanimidade'. 
De maneira análoga, 'utopia' é algo virtual, cuja possibilidade, saindo da latência, alcançará a concretude plausível, caminho à realidade.

(Caos Markus)
 

DOMINGO, 11 DE MAIO DE 2014: "REVELIA"



Considerado o cérebro enquanto o principal órgão do sistema nervoso, cuja função mais importante é servir como estrutura física subjacente da mente; compreendida a somatização na raíz do termo, qual seja, "a fala dos órgãos"; e, finalmente, traduzida esta acepção na exigência explícita de uma origem psicossocial; não será prematuro afirmar que muitas 'sensações', quando somatizadas, se expressam falsamente como 'sentimentos'. Já nessa dimensão, o comportamento humano, à revelia de operações cerebrais organizadas, gera o desconforto da dor sem sofrimento ou do êxtase sem amor.  

(Caos Markus)

SÁBADO, 10 DE MAIO DE 2014: " VÍNCULOS"


Somos sempre emissários e emergentes da sociedade que nos viu nascer.
Todo esquema referencial é, ao mesmo tempo, produção social e produção individual. 
Constrói-se através dos vínculos humanos e consegue, por sua vez, a nossa própria constituição como subjetividades, por nós sempre reproduzidas, utilizando-as para, circunstancialmente, transformar ou manter os modelos nos quais vivemos.

(Caos Markus)

SEXTA-FEIRA, 9 DE MAIO DE 2014: "A MATRIZ DO CIDADÃO APRENDIZ"



Ao considerar a aprendizagem como um processo articulado com o momento do aprendiz, a sua história e as suas possibilidades sob o aspecto cognitivo, afetivo e social, a Psicopedagogia rompe a ligação ensino-aprendizagem, porque, tanto o ‘aprender como processo’ quanto o ‘processo de construção do conhecimento’ não têm relação necessária com o ‘ensinar’ e, finalmente, em razão de ambos antecederem e ultrapassarem o ‘ensinar’.
Sob este ponto de vista, passa a existir a necessidade de o psicopedagogo investigar com profundidade os contextos desse aprendiz, procurando reuni-los em uma síntese, a retratar a sua situação, enquanto viabiliza a aprendizagem.
Para aprender, o aluno precisa estar apto a fazer um investimento pessoal no sentido de renovar-se com o conhecimento. Implica um agir  a envolver tanto a utilização dos recursos cognitivos mesclados com os processos internos, quanto com suas possibilidades sócio-afetivas. Vale dizer, a aprendizagem tem seu curso correlacionado à construção, pelo educando, de uma série de significados, resultados das suas interações (as já feitas e as em execução) em seu contexto social.
Popularizou-se a visão de que não basta e nem é garantia de sucesso escolar um ambiente doméstico favorável materialmente aos estudos, somado a um docente interessado e competente, voltados, ambos, para o bom desempenho da aprendizagem. Desta forma, trabalha-se com a possibilidade do modelo de aprendizagem não se caracterizar como algo de cunho somente individual, mas também como um padrão desenvolvido em uma rede de vínculos estabelecidos em família.
À família caberá dar noções de poder, autoridade e hierarquia, funções com diferentes níveis de poder e onde são aprendidas habilidades diversas: adaptação a diferentes circunstâncias, flexibilizar, negociar. Enfim, estimulará o pertencimento da criança ao seu núcleo familiar. Com a criança vivendo em família e se submetendo aos seus rituais, enquanto processo dirigido ao seu desenvolvimento, ela vai se individualizando, diferenciando-se em seu próprio núcleo familiar. Quanto mais as fronteiras entre os membros da família estiverem nítidas, mais possibilidade de individualizar-se a criança terá. Se tiver irmãos, será a oportunidade de experimentar relações com iguais.
Neste cenário, a criança constrói a sua referência de aprendiz e a forma como ela se relaciona com o conhecimento. Para a família do aluno, a escola tem uma simbologia e um significado presentes na forma de ‘ser aluno’ em sua maneira de participação nas atividades institucionais da educação. O modo pela qual a criança ‘se integra’ e ‘se entrega’ ao seu sistema de aprendizado está diretamente relacionado à capacidade desenvolvida em família de viver o coletivo compactuado.
Para a escola do aprendiz, a família é a matriz indispensável ao trabalho de planejamento desse novo cidadão. Toda a riqueza da sua evolução nela se inicia, fortalecendo durante o estabelecimento da sua rede relacional que, na sequência, acontece na escola e se expande para além dela. É em relação com seus pares e em um contexto democrático que a criança consolida o seu papel social no contexto da cidadania. Porém, de uma forma geral, a escola não vê com bons olhos interferências pedagógicas suscitadas pela entidade familiar, enquanto esta, por sua vez, nem sempre aceita orientações psicopedagógicas de caráter formativo da escola.
Nesse insensato jogo de forças quem perde são os alunos e, obviamente, todos os envolvidos. O sucesso está na unidade e na coerência de atitudes. Eis um desafio constante, sem dúvida a ser perseguido por sua razoabilidade, cujos princípios estão voltados à intervenção pedagógica comum às duas instituições educativas do menor aprendiz.

(Caos Markus)

segunda-feira, 5 de maio de 2014

QUINTA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2014: "INDÍCIOS"




Eu não sou o amo de palavras cativas. E não sou escravo das palavras imperativas.
Eu não as escolho, elas não me procuram. Não há conluio entre nós.
Apego-me a pegadas de pensamento já ausente, seguindo a sua trilha marcada com vocábulos.
A cada termo recolhido, um fragmento reconhecido.
Diferente de aprisionar-me, palavras são cifras cunhando signos de códigos remanescentes. Não as notas de inédita composição, mas sim notações de recomposição.
Definitivamente, não há 'delírio' em tudo o que não se vê. Muitas são as vezes que não se vê porque , 'consumado' o 'vínculo', 'agrega-se' à 'instituição' 'padronizada'. Então, nem de fato se antevê.
'Constituídos' por 'acréscimo'no 'fomento' à 'união', a 'lucidez' é tentada ao 'delírio' da "proximidade" que "autentica" relações.
Contudo, se o "objeto" de ambos (delírio e lucidez) pode ser o mesmo, outros são os "objetivos": o 'delírio' não sabe que é presa da sua própria aceitação; a 'lucidez' só quer da razão alcançar os indícios, reencontrando ritos de passagem.

(Caos Markus)

QUARTA-FEIRA, 7 DE MAIO DE 2014: "PLAUSÍVEL"



O 'coletivo' é possível, eu creio, quando não o traduzirmos por 'unanimidade'. De maneira análoga, 'utopia' é algo virtual, cuja possibilidade, saindo da latência, alcançará a concretude plausível, caminho à realidade.

(Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 6 DE MAIO DE 2014: "CARENTE"



Não diga jamais uma palavra de amor, pois alto é o risco de o próprio amor entender que alguém o chamou. Então, carente, ele dirá em alto e bom som: "-Estou aqui!".

(Caos Markus)