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sábado, 14 de setembro de 2013

SÁBADO, 21 DE SETEMBRO DE 2013: "OBJETO E SUJEITO DA CONSCIÊNCIA NAS PERSPECTIVAS DO PLANEJAMENTO"


Atualmente, no campo dos estudos sobre planejamento, são identificadas três tendências: o gerenciamento da qualidade total; o planejamento estratégico e o planejamento participativo. No Brasil, com referência ao aspecto histórico, têm merecido redobrada atenção os modernos enfoques de planejamento, denominados ‘planejamento normativo’ e ‘planejamento participativo’. Diversas são as questões suscitadas sobre as teorias e práticas do planejamento educacional. Assim, muito se pesquisa a respeito da relevância de um conceito ‘racional e técnico de planejamento’, adaptado das teorias de administração de empresas, indagando-se: como ajustar ideais e ideias educativas a dogmas de eficiência e eficácia, mais condizentes com a construção de pontes ou a empresas fabricantes de eletrodomésticos, por exemplo, orientadas por outras finalidades?
Na trajetória histórica do planejamento, sobressaem duas abordagens: o ‘planejamento normativo ou racional’ e o ‘planejamento situacional, interativo, participativo’. Grosso modo, o ‘planejamento normativo’ é caracterizado pelo fator determinístico, sendo assim intitulado porque está situado na ótica da prescrição de formas de ação dentro de uma programação mais fechada e pré-ativa. O ‘planejamento participativo’ recebe diversas nomenclaturas, sendo uma delas o ‘planejamento interativo ou situacional’, compreendido desta forma em razão de as organizações serem manejadas por pessoas, cuja percepção do que é possível e desejável depende da situação na qual são colocadas. O planejamento é ‘interativo’ pelo sentido aplicado à organização (e as pessoas nela atuantes), onde ela é o sujeito do plano e, na busca de seus objetivos, também ela própria se modifica e encoraja transformações, inclusive dos indivíduos.
O ‘planejamento participativo’, é concebido enquanto um processo político, um contínuo propósito coletivo, de reflexão e amplo debate a fim de deliberar sobre a construção do futuro da comunidade, contando com a participação do maior número possível de membros das categorias de sua formação.
O ‘planejamento participativo’ no ‘âmbito da escola’ implica reavivar continuamente o processo de reflexão e ação da coletividade (da comunidade escolar). Significa, ainda, a busca da identidade institucional, ou seja, da identidade construída e reconstruída pela coletividade. Por isso, o ‘planejamento participativo’ passa a ter, então, um conjunto de instrumentos técnicos a serviço de uma causa política. Seu escopo é obter a participação co-responsável e consciente a favor de mudanças estruturais. A co-responsabilidade atinge também o processo decisório. A serviço dessas decisões, e buscando atingir seus objetivos de maneira mais rápida, racional e eficaz,  são colocadas as técnicas de planejamento. É de se notar, tal modalidade de planejamento demanda maturidade de conscientização. Esta, aliás, apenas ‘objeto’ de conquista quando há efetiva pré-disposição do ‘sujeito’ da consciência.

(Caos Markus)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SEXTA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2013: "TRÁFICO DE DROGAS É CAFÉ PEQUENO"



TRÁFICO DE DROGAS É CAFÉ PEQUENO: 'PODER' É O CRIME QUE MAIS ENTORPECE

Corrupção é crime que mais ocupa PF

Chega a R$ 1 bilhão o volume de recursos que a Polícia Federal suspeita ter sido desviado do Tesouro por meio de fraudes, corrupção, licitações dirigidas, convênios fictícios e compras superfaturadas de administrações municipais, autarquias e repartições estaduais em todo o País. Pela primeira vez na história, segundo o comando da corporação, as investigações de crimes do colarinho branco suplantaram as ações contra o tráfico de drogas e o contrabando.
Entre janeiro e agosto deste ano, a caça aos malfeitos com verbas públicas foi responsável por 20,7% do total de missões desencadeadas pela PF nos Estados e em Brasília - os dados não abrangem falcatruas na Previdência. Ações contra o narcotráfico somam 16,9% dos casos.
Hoje, há R$ 1 bilhão sob investigação: 28 operações especiais de combate a desvios de recursos do Tesouro apenas este ano. Pode-se afirmar que, em 2013, inúmeras organizações criminosas foram desarticuladas pela PF.
O avanço dessas ações policiais consta do histórico do departamento: em 2011, elas representavam 15,3% do total dos casos. Um ano depois, chegaram a 16,1%. O combate ao tráfico de drogas, que vinha sempre no topo das ações da PF - 24,9% das missões em 2011 e 27% em 2012 - caiu em 2013 para aquém dos 20%.
Além de ultrapassar os casos de tráfico, a corrupção deixou para trás também outra tradicional área de atuação dos federais, os crimes fazendários. Em 2012, eles responderam por 21% das operações no País (62 casos). Até agosto deste ano, somavam 13,8% das ações e haviam provocado a prisão de servidores


SÃO PAULO CONCENTROU O MAIOR NÚMERO DE OPERAÇÕES NOS 8 PRIMEIROS MESES DE 2013. 

O Rio Grande do Sul, com 10 casos, ficou em segundo. Minas (8 operações) está em terceiro lugar.
Recentemente, um juiz recusou pedido de prisão de uma prefeita, mas impôs a ela medida cautelar: proibiu-a de entrar na prefeitura. A queda do número de prisões tem como contrapartida o aumento do número de conduções coercitivas e outras medidas substitutivas das prisões já no contexto da recente alteração da legislação processual penal.
Ao todo, 8484 inquéritos estão em andamento na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, que aloja o Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos. Os inquéritos sobre peculato são 2.034, inserção de dados falsos em sistema de informação público (112), concussão (143), corrupção passiva (522), tráfico de influência (48), corrupção ativa (94) e fraudes em licitações (2.060).
OS CRIMES DE RESPONSABILIDADE PRATICADOS POR PREFEITO MOTIVARAM   3.471 INQUÉRITOS.

(copydesk, Caos Markus)           

QUINTA-FEIRA, 19 DE SETEMBRO DE 2013: "O PROFISSIONAL DO CONHECIMENTO NA ORGANIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA"


Conceitua-se o profissional do conhecimento como alguém que analisa, cria valor e comunica a informação para melhorar a decisão, ou seja, um facilitador de ações que permitam o compartilhamento do saber, onde se incluem funções de administração e noções de tecnologia da informação. Genericamente, gestores do conhecimento são definidos como profissionais de planejamento, além de toda a equipe de suporte administrativo. Traçando o perfil desse administrador dos saberes, são assinaladas suas habilidades técnicas e intuitivas, e adequação aos novos modelos de coordenação, onde a inovação e capacitação contínua deverão ser parte integrante do trabalho como uma atividade permanente. Neste sentido, tal caráter se enquadra no auto-controle da sua produtividade, buscando alinhamento de metas individuais vinculadas às metas organizacionais da Educação institucionalizada. Ênfase há de ser dada à experiência pessoal com os principais processos e metodologias absorvidos pela Didática, partindo da multidisciplinaridade, e percorrendo estágios até o alcance da transdisciplinaridade. O profissional da Educação é o mobilizador da inteligência; seu desempenho é voltado para o desenvolvimento de objetivos, por meio da sensibilização, motivação, formação e combinação de equipes; determinação e articulação escolar; direções e programações do projeto; identificação e resolução de problemas; defesa e promoção da aprendizagem nas estratégias de aproximação do maior número possível de segmentos profissionais, implantando sua estrutura orientada a projetos, implementando e supervisionando a infra-estrutura da escola, incluindo suas bibliotecas, equipamentos, as r edes humanas reais e virtuais. Cabe ainda ao profissional do conhecimento relacionar-se com parceiros acadêmicos; fornecer material crítico para fomentar o processo de criação e o uso de técnicas, de maneira a facilitar esforços de melhoria desses procedimentos, focando, se necessário, a implementação de critérios de especificação das categorias principais da informação ou do conhecimento que a escola pretende abordar, implicando o mapeamento do atual ‘capital intelectual’ e prognóstico de futuros modelos de aprendizagem, mensurando a sua valoração. Pois, se a organização escolar não tiver uma ideia clara desse valor e de seu co-respectivo monitoramento, a sua função será inócua, posto que as efetivas garantias de êxito residem na transmissão de um senso de compartilhamento de informação, estabelecendo padrões a serem adotados, sob a liderança do progresso estratégico do saber, concentrando recursos da Educação na modalidade de ensino que ela mais necessita.

(Caos Markus)

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

QUARTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2013: "PROXIMIDADE PLANEJADA NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA"


PROXIMIDADE PLANEJADA NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
 
Cogitando as dificuldades encontradas no sentido de promover um ensino cuja  exigência imposta ao aluno são a autonomia e a autodisciplina, os profissionais envolvidos na Educação à Distância devem ter amplo conhecimento das ferramentas disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, garantindo assim a seriedade e a credibilidade das instituições e dos cursos oferecidos. A qualidade dos recursos tecnológicos, no que tange à facilidade de sua utilização, o conteúdo didático e acessibilidade, são pontos especialmente consideráveis, requerendo redobrada atenção, por configurarem-se esses métodos exatamente nos artifícios que permitirão ao aluno visualizar, participar, interagir, cooperar e, finalmente, construir a o Educação pretendida. Aprende-se melhor quando se vivencia, experimenta, sente, relaciona-se, estabelecendo laços entre o que estava disperso, dando-lhe significado, e encontrando um novo sentido.
Nos ambientes virtuais de aprendizagem tem-se à disposição algumas ferramentas aptas a promover a construção do conhecimento. Este instrumental viabiliza o contato diário entre professores, alunos e tutores, assegurando então a aprendizagem significativa. Quanto à interação aluno-aluno e aluno-professor, há uma série de mecanismos eficientes na comunicação nesses ambientes, proporcionando o ensino-aprendizagem de conteúdo expressivo e reconhecida qualidade. Um dos componentes desta ampla equipe, o tutor, no passado, alguns programas de Educação à Distância apresentavam-no como aquele que dirigia, orientava a aprendizagem dos alunos. Essa função estava de acordo com o significado habitualmente atribuído à palavra tutor. Oriunda do latim, ela remete para a idéia de proteção. Na atual realidade educacional, a palavra tutor tem seu significado substituído por facilitador na orientação da aprendizagem.
Não importam as formas ou o recinto onde ocorre a aprendizagem no Ensino à Distância, se a comunicação estabelecida for baseada no respeito e na reciprocidade entre os participantes. A partir do discernimento contextualizado dos alunos, o professor poderá orientar suas ações de maneira a instigar o compartilhamento e a interação do grupo, assimilando os diferentes perfis de expressão do pensamento, colaborando na construção de uma rede humana de aprendizagem, resultante de Planejamento da produção e organização de um material didático que dê suporte teórico-metodológico ao curso, Trata-se de didática subordinada a diversidade de adequações, originadas e evidenciadas durante a progressão do curso ministrado. Estas adequações buscam aperfeiçoar o referencial teórico, bem como aprimorar as atividades práticas desenvolvidas no ambiente virtual de aprendizagem, que, incluindo material de apoio à formação de professores/tutores, apresenta linguagem dialógica, possuindo característica didática priorizando a integração entre o aluno, o ambiente virtual e o conteúdo, no objetivo de se alcançar a proximidade planejada na Educação à Distância.
Quanto à escolha dessa modalidade de ensino, pelo aluno, deve-se salientar, é decisão, na maioria das vezes, de pessoas sem disponibilidade para dedicação aos estudos em tempo integral, por trabalharem, deparando-se, por isso, com profundas restrições no seu deslocamento a uma universidade. Assim, a Educação à Distância evolui no suprimento dessa demanda, principalmente, não excluindo diversos outros motivos justificadores da opção por essa modalidade. Neste contexto, a Educação à Distância deve ser planejada observando-se os parâmetros das carências desse público.
Dessa maneira abordada a temática, o aluno é privilegiado em sua relação com a tecnologia. Ele aprende rapidamente a navegar, empenhando-se e prestigiando a participação em grupo, a caminho da superação da passividade habitual do mero executor de tarefas ou, quando muito, desenvolvedor de informações.
De ambos, educadores e educandos, observados como figuras centrais no processo de ensino e aprendizagem virtual, se requer a compreensão de que tais ferramentas só têm as potencialidades interativas desse sistema quando condicionadas à predisposição ao desempenho conjunto das atividades, destacada a permuta constante. O êxito do processo de ensino-aprendizagem compete exclusivamente aos protagonistas -professor e alunos-, ocupados em construir um convívio, consolidando a confiança enquanto premissa dessa relação, a fim de suplantarem dificuldades, assumindo a posição de intérpretes principais numa conjuntura de comunhão de princípios e recíproca assistência. Com incessantes mudanças na Educação, dos professores espera-se a frequente e continuada formação, com o objetivo de, em parceria com os alunos, dialogar nos campos virtuais de aprendizagem e, através das tecnologias da informação e comunicação, promover a instrução, estimular o exercício e a experiência, abordados com o tirocínio da prática. Sob este enfoque, as atribuições alteram-se radicalmente. De um lado, o aprendiz se distancia, sim, da figura de mero receptor de informações ou de conteúdos destinados à sua reprodução. De outro, o educador atua como um mediador comprometido com a aprendizagem do educando. Aluno e professor assumem parceria em uma comunidade virtual de estudo e pesquisa. 

(Caos Markus)

terça-feira, 10 de setembro de 2013

TERÇA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2013: "PROTAGONIZANDO A EDUCAÇÃO"


O Planejamento é a principal ferramenta de trabalho do professor. É o fio condutor da ação educativa. As concepções do planejamento são funcionalistas e dialéticas. A concepção funcionalista é a tradicional no ensino, sendo um instrumento de poder. A concepção dialética tem no planejamento a práxis que surge da realidade. Nele são congregados aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos. Ao mesmo tempo consolida tarefas e saberes críticos, criativos, reflexivos, transformadores, de modo a conceituar o planejamento inovador:Planejar é dar tempo para pensar a prática, antes de realizá-la, esquematizando os elementos mais importantes numa sequência de atividades. 
A Lei de Diretrizes Básicas do Ensino prevê dimensões de planos para a área educacional, divididos, conforme sua abrangência, em: Plano Político Pedagógico, Plano de Ensino, Plano de aula.
O Plano Político pedagógico diz respeito aos pressupostos filosóficos, sociológicos e políticos que norteiam a instituição. Deve ser construído coletivamente, envolvendo todos do universo educativo: diretores, especialistas, professores, alunos e pais. Deve, portanto, estimular o processo de autoconhecimento da realidade escolar, possibilitando o envolvimento de toda a comunidade na definição do Projeto Político Pedagógico e no Plano de Desenvolvimento da Escola. O Plano Político pedagógico se caracteriza como trabalho coletivo, isto é, desenvolvido 'com' e não 'para' os envolvidos no processo educativo. O enfrentamento de saberes e práticas de todos os componentes do grupo dará margem à instauração de um sistema de permutas, resultando na essência desse projeto e no seu caráter crítico-pedagógico.
No Planejamento de Ensino há elementos essenciais: conhecimento da realidade; dados de identificação; ementa; finalidade; conteúdos (o quê?), factuais, conceituais, procedimentais e de atitudes; metodologia (como?); atividades discentes; cronograma; recursos (quais?); avaliação (para verificar se os objetivos estão sendo alcançados); bibliografia.
Quanto ao planejamento de uma disciplina, ele tem de ser elaborado antes do início do ano letivo, organizando as ações. E esse plano deve ser flexível, permitindo adaptações ao longo do processo, possibilitando a co-participação dos alunos, permitindo organização sequencial de decisões. O planejamento de uma disciplina busca eficiência, e por isso precisa ser claro e realizável;  é elemento de comunicação entre professor e coordenador, assim como entre professores e alunos; evita duplicação de programas e possibilita integração das disciplinas.
Na construção de um plano de aula é de vital importância indicar o que fazer no dia-a-dia da sala de aula, propondo o bom emprego do plano de ensino. Os elementos de um plano de aula são: tema/assunto; público-alvo; objetivo(s), cronograma; conteúdos; atividades/estratégias; recursos; avaliação; registro das atividades.
Na avaliação, considera-se o processo. Por isso, ela a será contínua, participativa, diagnóstica, investigativa, utilizada tanto em retomada da prática pedagógica, reorientando-a se necessário, quanto em proposições de novas ações para o planejamento. A avaliação nada mais é senão uma reflexão, cujo objetivo é refazer a trajetória educativa , caso seja indispensável.
Quanto ao registro, ao final de cada unidade de trabalho, anotam-se as ocorrências, episódios e situações, consequentes de observação coletiva com os alunos, no intento de aperfeiçoar e aprimorar aspectos que tenham facilitado ou dificultado a desempenho do plano e o alcance dos objetivos.
Um profissional da educação não deve apenas ter conhecimentos sobre o seu trabalho. É fundamental saber mobilizar esses conhecimentos, transformando-os em ação, pois toda sistematização teórica deverá ser articulada com 'o fazer' e todo fazer deve ser 'articulado com a reflexão'.
Para ser protagonista da ação de educar é qualidade 'sine qua non" que os professores saibam como são produzidos os conhecimentos ensinados; tenham instrução básica dos contextos e dos processos de investigação usados pelas diferentes ciências, a fim de não se tornarem apenas multiplicadores de informações. É preciso ser eclético sobre a dimensão cultural, social, política e econômica da Educação. É crucial, finalmente, o educador identificar o educando não na condição de coadjuvante nesse mesmo processo, mas sim reconhecer: em Educação, há co-autoria, porque trata-se de um sistema, uma metodologia, onde 'atores' (professor e aluno) contracenam nos mesmos 'espaços'.

(Caos Markus)

QUARTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2013: "EXORTAÇÃO"




Considerada a endorfina (cuja denominação se origina das palavras 'endo = interno' e 'morfina = analgésico') como o neuro-hormônio produzido pelo próprio organismo, portador de uma potente ação analgésica e que ao ser liberado estimula a sensação de bem-estar, conforto, melhor estado de humor e alegria; considerada, mais, a serotonina em uma das suas 7 funções, qual seja, a responsável pelo estado de vigília de nosso cérebro, nos deixando em alerta; e, finalmente, considerada adrenalina em sua função de capacitar-nos (numa situação de perigo) a fugir ou a lutar de uma forma jamais possível se os nossos vasos sanguíneos dela não estiverem inundados; assim,tudo considerado, em somatória, haveremos de admitir sua oração ("Em nome do Ego, do Super Ego e de Id, o santo, Além!!!") enquanto divina inspiração na trindade hormonal. E, de fato, já afastada a hipótese de heteronímia, antes de cerrar os olhos, pediremos, introspectivamente: "- A benção, Freud; a benção, Jung; a benção, Darwin... Abençoem o narcisismo do meu ser, não o deixando cair no lago das profecias apocalípticas ('revelação': "apo" = 'tirado de', e "kalumna" = ' véu'). Em nome do aquém, "amém" ('assim seja' = "adesão matizada de desejo").

Obs: não nos esqueçamos de colocar os nossos nomes escritos em um pedaço de papel, ao lado de um copo com água benta, rogando proteção e, por fim, sub-rogando ('substituindo') a exortação.

(Caos Markus)



QUINTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2013: "EXECUTANDO A INTEGRAÇÃO"


No planejamento escolar, por mais bem fundamentado que seja, o Educador precisa ter consciência de que alguns imprevistos podem surgir ao longo do ano letivo (e esses sinais não devem ser ignorados). É importante que haja uma avaliação constante do processo Planejamento de um Sistema Educacional, com a Direção escolar e o Corpo Docente, integrados, sempre alertas no diagnóstico de obstáculos encontrados, aferindo o ritmo de avanço ou estabilização das atividades sobre os temas programados, de maneira a envidar esforços na execução de mudanças auto-dirigidas. Os assuntos trazidos no dia-a-dia pelos alunos, como notícias da televisão ou dilemas pessoais e familiares, também precisam ter um tempo reservado a debates, relacionando-os aos conteúdos curriculares, mas evitando-se conexões distantes. O cuidado de monitorar as aulas e o comportamento dos estudantes periodicamente é determinante para perceber a necessidade de ajustes, pausas, acelerações, mudanças de rota ou mesmo a retomada de algumas informações ainda não apreendidas com consistência. Trata-se de raciocínio bastante simples: o planejamento inicial, via de regra, é feito quando ainda desconhecida clientela (alunos). Assim, a interação é máxima referência quanto à periodicidade de manutenção e/ou mudança no sistema. As avaliações são a principal ferramenta para saber quando improvisar. Depois de cada aula, o professor deve se habituar a fazer anotações sobre o andamento das rotinas, comparando o inicialmente previsto e o que realmente aconteceu. Aqui, podem entrar observações a respeito de grupos mais avançados e até sobre conteúdos anteriormente compreendidos como totalmente dominados. A escrita leva a pensar. É inclusive um momento em que fica claro ao docente se suas explicações surtiram efeito ou não ajudaram no entendimento dos conceitos trabalhados. Nos registros, são ainda incluídos os instrumentos utilizados para contornar eventuais surpresas durante as aulas. Ao escrever, é criada uma distância do já executado, proporcionando refletir sobre os procedimentos utilizados. Essa prática oportuniza ao profissional ter noção dos limites da flexibilidade do planejamento em execução. Ele deve se perguntar se sua explicação surtiu efeito e se os objetivos foram alcançados, a fim de cogitar ou não alguma alteração de diretriz.Um conteúdo de saber antes definido como ‘saber a ensinar’ sofre, a partir de então, um conjunto de transformações de adaptação (transposição didática), tornando-o apto a ocupar um lugar entre os objetos de ensino. Conhecer a realidade dos educandos é fator primordial nessa transformação do saber. O conhecimento científico, por exemplo, não deve ser repetido em classe exatamente do jeito como está nos livros. As informações precisam ser trabalhadas e preparadas, e mesmo assim tão-somente para, ao serem repassadas aos estudantes, readquirirem inéditos conteúdos, pelo acréscimo da co-participação, isto é, a inserção do aluno no planejamento em execução perene.


(Caos Markus)

SEGUNDA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2013: "CONSTRUIR A PARTICIPAÇÃO"






CONSTRUIR A PARTICIPAÇÃO
 
A preocupação com a melhoria da qualidade da Educação suscitou a necessidade de descentralização e democratização da gestão escolar e, consequentemente, 'participação' tornou-se um conceito nuclear. O entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em si, a ideia de participação, isto é, do trabalho associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto. De acordo com a etimologia da palavra, participação origina-se do latim "participatio" (pars + in + actio), significando  'ter parte na ação'. Para se 'ter parte na ação' é necessária a garantia de acesso ao agir e às decisões orientadas à atuação. Executar uma ação não significa ser parcela isolada do contexto integral, ou seja, ao contrário, pressupõe responsabilidade sobre a ação. E só será sujeito da ação quem puder decidir sobre ela. A participação tem como característica fundamental a força de atuação consciente, pela qual os membros de uma unidade social (de um grupo, de uma equipe) reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na determinação da dinâmica, da cultura dessa unidade social, a partir da competência e vontade de compreender, decidir e agir em conjunto. Trabalhar em conjunto, no sentido de formação de equipe, requer compreensão dos processos grupais com o objetivo de estabelecer competências que permitam realmente aprender com o outro, viabilizando construir de forma participativa. Uma equipe é um conjunto restrito de pessoas ligadas entre si por constantes de espaço e tempo, articuladas por sua mútua representação interna, em co-autoria através de complexos mecanismos para assumir e atribuir papéis, propostos de forma explícita ou implícita, cuja meta é uma tarefa a justificar a constituição da sua finalidade. O que se diz explícito é justamente o observável, o concreto, mas abaixo dele está o que é implícito. Este é constituído de medos básicos (diante de mudanças, ora alternativas transformadoras ora resistência à mudança). A resistência à mudança é consequência dos receios básicos: o temor à perda das estruturas existentes e o medo da ofensiva frente às novas situações, nas quais a pessoa se sente insegura por falta de instrumentação. Pode-se compreender a importância do momento de sensibilização no estabelecimento de planos, programas e projetos. Sensibilidade é qualidade de ser sensível, faculdade de sentir, propriedade do organismo vivo de perceber as modificações do meio externo e interno e de reagir a elas de maneira adequada. Sensibilizar, portanto, é provocar e tornar a pessoa sensível; fazer com que ela participe de alguma coisa de forma inteira. Um grupo obtém uma adaptação ativa à realidade quando adquire intuição (o conhecimento claro, direto, imediato da verdade), quando se torna consciente de certos aspectos de sua estrutura dinâmica. Em um conjunto operativo, cada sujeito conhece e desempenha seu papel específico, de acordo com as normas da complementaridade. A participação é fundamental por garantir a gestão democrática da escola, pois é assim todos os envolvidos no processo educacional da instituição estarão presentes, tanto nas decisões e construções de propostas (planos, programas, projetos, ações, eventos) como no processo de instituição, acompanhamento e avaliação. Cabe, finalmente, a reflexão: trabalhar construindo a participação, no sentido do desenvolver grupos operativos, onde cada indivíduo, com sua subjetividade, possa contribuir na reconstrução de uma escola. 
  
(Caos Markus)



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DOMINGO, 15 DE SETEMBRO DE 2013: "A PALAVRA CIRCUNSTANCIADA"




Segundo as ocasiões e épocas, lugares e pessoas; consoante as teorias, filosofias e religiões; conforme a educação e a ciência; os dicionários buscam expressar as diversas interpretações das palavras. Ou seja, a  mesma palavra, pode ter muitos significados, condicionados às diferentes conjunturas ao longo do tempo. A riqueza de sentidos do mesmo termo é uma rica fonte de aprendizagem, mas pode ser também causa de confusões. No processo de ensino, raramente se transmitem vocábulos ou conceitos isolados, mas, sim, inseridos no âmbito de uma ciência, de uma filosofia, uma teoria, um texto literário ou científico. Selecionar o sentido mais preciso de cada termo, de acordo com o objetivos a se ensinar, conforme as abordagens, é uma tarefa difícil para o professor, porque muito frequentemente, o texto é julgado na condição de certeza antecipada, sem questionamento sobre as circunstâncias do uso das palavras. Simplesmente, ensina-se o que se apresenta nos livros didáticos ou nas apostilas e nos conteúdos programáticos da grade curricular.
Todavia, o sentido do vocábulo é complexo, fluido, sujeito a mudança constante. Até certo ponto, ele é único a cada consciência, e para a mesma consciência, em momentos diversos.
A compreensão da locução é inesgotável. A palavra adquire seu sentido na frase. A frase, entretanto, tem seu nexo somente no parágrafo; o parágrafo, na conexão do livro; e o livro no encadeamento das obras completas de um autor. Em última instância, o verdadeiro sentido da palavra é determinado por tudo aquilo que, na consciência, se relaciona com a palavra expressa. Em última instância, a interpretação de um termo depende da compreensão que se tenha do mundo como um todo e da estrutura interna da personalidade.
Esta é a natureza da construção teórica contemporânea sobre conceitos. Ela explicita e resume o que são e como devem ser trabalhadas as noções, no ensino-aprendizagem escolar.
Assim, no processo de socialização do conhecimento científico é necessário ter presente que 'científico' não significa 'neutro'. O conhecimento é sempre histórico e, por isso mesmo, datado, carregando as intenções, as preocupações, as dificuldades de sua sistematização e as soluções apresentadas às questões no interregno de sua produção, até sua transposição à contemporaneidade.
Da mesma forma, o educando não ingressa neutro na escola. Antes, ele carrega consigo toda sua vivência cotidiana. Portanto, é também um ser marcado, distinguido, dotado de um conhecimento prévio. Ele vai à escola já sabendo, em alguma medida, a 'palavra circunstanciada', que então lhe será transmitida de forma mais sistemática pelo professor.
 
(Caos Markus)

SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013: "QUEM ENSINA, APRENDE"



A questão da participação está centrada na busca da justiça, da liberdade, democracia e coletivismo nas decisões. Trata-se de colocar em prática a atuação dos pais nos debates escolares, sem perder a eficácia de qualquer sistema educacional.
Significa, ainda, unir aqueles que pensam sem fazer, com aqueles que fazem sem pensar, de tal forma a produzir subsídios à escola, no campo das teorias e metodologias científicas, aplicando-as na prática, sempre a buscar uma Educação de qualidade. 
Passar do discurso à prática deve ser o caminho, com ações viáveis à aproximação entre a escola da comunidade. 
Essa escola pode e deve trabalhar para atender às aspirações populares, seus problemas e o encaminhamento de possíveis soluções, revendo valores, desativando mecanismos possivelmente inúteis, e ativando novos, aptos a consolidar a estreita relação escola-povo no cotidiano das ações ‘intra’ e ‘extra’ escolares. 
Esses anseios carregam em si a força de causar mudanças nas injustas condições sociais, tornando-se, portanto, grande perspectiva de, conjuntamente, conquistar frutos, se houver construção da vivência participativa. 
Se o povo sentir respeito por sua cultura e valores na sua escola, a teoria se transformará em práticas democráticas. Por isso, ‘entrada’ e ‘permanência’, são as primeiras condições de valorização do aluno e da comunidade. 
A escola precisa rever suas ações para não "expulsarem" os pais e alunos do processo educacional. Com efeito, é necessário diagnosticar o ‘saber’ e o ‘pensar’ do povo, que quer, sim, escolas públicas bem qualificadas. 
Não se permite confundir ‘colaboração’’ com participação’. Chamar os alunos e pais a contribuir com algo fechado e vago não é a participação desejada. Conclamá-los, ainda, para decidir alguns pontos já previamente escolhidos pela direção ou pelos professores, também não é transformar realidades. 
Participar é estar presente na deliberação dos rumos da ‘instituição-escola’; é de fato dar condições de formação onde todos se sintam construtores dos encaminhamentos pedagógicos de uma escola e, então, entender que a escola lhes pertence. 
Comunicação é a ‘palavra chave’ no envolvimento da efetiva participação. Impõe-se garantir às famílias amplas e constantes informações escolares, caracterizando essa comunicação enquanto elemento imprescindível na cooperação mútua da comunidade/escola, guardando-se, obviamente, a especificidade dos diferentes papéis por ambas representadas, sem, contudo, relegar à inferioridade a meta comum. 
Os conteúdos das mais diversas disciplinas podem e devem, aproveitando os temas transversais, ser os meios de estabelecer relações significativas entre quem aprende, quem ensina e os todos os demais indivíduos que vivem em comunidade. 
Usar os bairros, vilas, ruas, moradores, lideranças, festas religiosas, questões ambientais, jogos, no envolvimento motivador, levará a cultura local para dentro da sala de aula, o que dará como eco, sentido nas aspirações da comunidade, favorecendo a integração escola/comunidade, promovendo a efetiva cidadania de todos os segmentos. 
De fundamental importância, deve-se, durante o Planejamento, convocar uma reunião de pais, expondo-lhes o conteúdo das disciplinas a serem trabalhadas com os alunos e as técnicas para se chegar a um bom resultado. Nesse dia, eles serão questionados e estimulados a sugerir mudanças no próprio Planejamento. 
Após debates, tais propostas integrarão o Projeto Pedagógico da escola. Dos pais, se bem motivados, surgirá rico manancial de proposições, viáveis em sua aplicação, levando a escola a pensar e criar situações incluindo a comunidade. Dessa compreensão, nascerá não a esperança por contumácia adiada, mas sim a escola melhor, já desde então uma realidade em construção, através de outra metodologia, pela qual quem ensina também aprende.

(Caos Markus)

domingo, 8 de setembro de 2013

SEXTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2013: "APROXIMANDO REALIDADES"

O ato de planejar faz parte da história do ser humano, pois o desejo de transformar sonhos em realidade objetiva é uma preocupação marcante de toda pessoa. No dia-a-dia, não obstante o enfrentamento de situações que necessitam de planejamento, nem sempre as atividades diárias são delineadas em etapas concretas da ação, uma vez  já pertencentes ao contexto da rotina. Entretanto, para a realização de atividades não inseridas no cotidiano, são de larga utilização os sistemas racionais, a fim de se concretizar o precedente projeto. As ideias envolvendo planejamento, embora amplamente discutidas, são um dos complicadores no exercício da prática de planejar, face a compreensão de conceitos e o seu adequado uso. Por esse motivo, é indispensável explicitar o significado básico de termos, tais como planejamento, programa, projeto, plano estratégico, plano operacional.
Na esfera educacional o processo de planejamento ocorre em diversos níveis, segundo a magnitude da ação visada.
O 'planejamento educacional' é o mais amplo, geral e abrangente. Ele prevê a estruturação e o funcionamento da totalidade do sistema de ensino e aprendizagem, determinando as diretrizes da política de educação.
A seguir, há o 'planejamento curricular', intimamente relacionado às prioridades assentadas no planejamento educacional. Sua função é traduzir, em termos mais próximos e concretos, as linhas-mestras de ação delineadas no planejamento imediatamente superior, através de seus objetivos e metas. Constitui o esquema normativo, ou seja, a base na definição e particularização da linha de ação proposta pela escola, permitindo, então, a interrelação entre ela e a comunidade.
Logo após, estrutura-se o 'planejamento de ensino', inciado habitualmente a partir de pontos referenciais estabelecidos no planejamento curricular. Em essência, neste tipo de planejamento, notam-se as dimensões: filosófica, a explicitar os objetivos da escola;psicológica, indicando a fase de desenvolvimento do aluno, suas possibilidades e interesses; social, expressando as características do contexto sócio-econômico-cultural do aluno e suas exigências.
Este detalhamento é feito visando o processo ensino-aprendizagem. Assim, procura-se alcançar o nível mais elementar e próximo da ação educativa. Através dela, em relação aos alunos, são previstas 'mudanças comportamentais' e 'aprendizagem de elementos básicos';formuladas 'propostas de aprendizagens a partir de experiências anteriores' e de suas reais possibilidades; estimulada a 'integração das diversas áreas de estudo'.
O planejamento tem níveis distintos de abrangência. Entretanto, cada nível tem bem definido e delimitado o seu universo. Sabe-se, um nível particulariza (um ou vários) aspectos delineados no seu antecedente, especificando com maior precisão as decisões executadas em relação a eventos precisos da ação educativa.
A linha de relacionamento se evidencia, então, através de escalões de complexidade decrescente, exigindo sempre um alto grau de coerência e subordinação na determinação dos objetivos almejados.
Desse modo, a elaboração de um ulterior programa haverá de considerar quatro dimensões: a das 'ações concretas realizáveis', a das 'orientações para toda a ação' (atitudes, comportamentos), a das 'determinações gerais' e a das 'atividades permanentes'.
Planejar é, percebe-se, o ato de maior aproximação possível entre o presente e o futuro, aproximando duas realidades, uma existente, a outra pré-existente.
 
(Caos Markus)

       

SEGUNDA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2013: "PRAGMATISMO E PRATICIDADE"




PRAGMATISMO E PRATICIDADE

Na área da formação de conhecimento, o ensino tem se modificado para adequar-se à realidades atualizadas. Porém, em alguns domínios, este desenvolvimento caminha a passos curtos. A implementação de novos modelos educacionais estimulantes, participativos, que remetam os estudantes a encontrarem soluções para problemas vivenciais, relacionando teoria e prática ainda encontra um hiato. É de justiça salientar a ocorrência de algumas notáveis modificações. Entretanto, a adequação de novas metodologias de ensino-aprendizagem ainda se defronta com o inadequado modelo tradicional.
Os indivíduos acumulam um conjunto de experiências que podem tornar-se num grande e importante recurso no processo de aprendizagem. Com efeito, é reconhecido o treinamento paulatinamente adquirido por essas pessoas (não apenas quantitativamente, mediante as variadas situações verificadas durante os anos de vida, mas também qualitativamente, pela diversidade de papéis e de contextos de sua existência) na otimização dos processos de ensino-aprendizagem. A instrução dos alunos sob este referencial constitui-se fonte de recursos na formação, ou seja, matéria da própria aprendizagem, enriquecida, oportunamente, através de discussões de grupo, trabalhos de campo e a própria resolução de problemas. A partilha das experiências assume-se, por si, como fonte de aprendizagem para os restantes elementos do conjunto. Por outro lado, a heterogeneidade das lições contextuais de educação reforça a necessidade de planos por vezes individualizados, e legitima 'contratos de aprendizagem' personalizados, adaptados às características e predisposições individuais.
A inclinação de um aluno para aprender fica, sem dúvida, orientada pelo desenvolvimento de tarefas relacionadas com os seus papéis sociais. Estes passam pelas funções desempenhadas no trabalho, tal como, também, na vida familiar e social. A disponibilidade para aprender é maior quando se experimenta a necessidade em saber ou fazer algo, visando atuar com mais eficácia e eficiência em algum aspecto das suas vidas. Por exemplo, diante do desejo de tornarem-se mais eficazes no trabalho. Através da aprendizagem baseada em problemas, tal é potenciado, pois o aluno é ativo em definir a questão. 
Ao longo do processo de maturação dos indivíduos, a sua perspectiva do tempo na aprendizagem altera-se, passando de uma aplicação a longo prazo, do aprendido, para uma aplicação mais imediata. Também, desta forma, altera-se a orientação à volta do aprendido, passando de uma perspectiva centrada nos conteúdos em direção a outra, que gira em torno da resolução de problemas.
O pragmatismo, então, é resultante da somatória de conflitos solucionados, e não a mera praticidade mal atribuída à inconsciência desarrazoada.


(Caos Markus)