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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

TERÇA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2013: "FOMENTANDO O CONHECIMENTO"





FOMENTANDO COMPROMETIMENTO

O professor, na condição de auto-gestor das funções inerentes e correlatas ao seu mister, está inserido na complexidade dos processos educacionais. Logo, constantemente se vê repleto de afazeres inadiáveis.
Em meio às mudanças, não apenas a escola desenvolve a consciência de que precisa se atualizar, mas a própria sociedade demanda que ela o faça. Isto porque se reconhece a Educação, na sociedade globalizada, como de grande valor estratégico no desenvolvimento de qualquer grupo social. 
Por conseguinte, essa perspectiva é um permanente desafio para os gestores escolares, pois deles exige novas atenções, conhecimentos e habilidades.
Como consequência, para trabalhar em educação, de modo a atender essas imposições, torna-se indispensável o seu atualizado conhecimento da realidade, portadores de competências necessárias para realizar nos sistemas onde atuam os ajustes solicitados pelas demandas emergentes, nos contextos externos e internos da escola. 
Afinal, as mudanças no mundo atingem a escola, e o mundo espera dos alunos a capacidade de enfrentar criativamente, com empreendedorismo e espírito crítico, os enigmas sociais cada vez mais intrincados.
Nesta conjuntura, a gestão escolar objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias à garantia do avanço dos processos sócio-educacionais nos estabelecimentos de ensino, orientados para a concreta aprendizagem dos alunos.
O gestor atua sempre no espaço de mudança, e é visto como o agente promotor da transformação. Para isso de fato ocorre, ele precisa buscar suprir lacunas, pois a gestão escolar é uma dimensão, um meio, e não um fim em si mesma, respeitando seu objetivo final: a efetiva aprendizagem.
Gerir a educação é um desafio da contemporaneidade, e no âmbito escolar, se constitui árdua tarefa conhecer as especificidades básicas envolvendo-as. Para tanto, viabilizar o desenvolvimento de um projeto a sanar as dificuldade encontradas permitirá mais eficazmente localizar as prioridades, tornando promissoras as ações em prática.
No ato de gestão, a mediação é, provavelmente, a que mais suscita dúvida e discussão no cotidiano. Tal preocupação se instala por se entender que os processos didático-pedagógicos vivenciados em sala de aula, entre professor e estudante, precisam ser intercambiados. Por isso, fomentar  medidas de intervenção requer não só compromisso, porém, sobretudo, comprometimento.

(Caos Markus)

SÁBADO, 2 DE JULHO DE 2011: "PRAGMATISMO E MORALIDADE"


Qualquer pessoa, pressupõe-se, se não puder demonstrar que uma coisa é, deverá então provar que ela não é. E caso não consiga nem uma coisa nem outra (algo bastante frequente, sabe-se), terá a faculdade de investigar a importância da adoção de uma dessas opiniões, ou teoricamente ou sob o aspecto da sua praticidade. Noutras palavras, movida apenas pela finalidade de explicar determinado objetivo (no contexto da sua fenomenologia), ou atuando para de fato promover o alcance da meta definida. Nesta última, duas as alternativas: o agir será essencialmente técnico (pragmático); a atitude terá por exclusividade o caráter moral (um dever proposto enquanto ação na sua máxima concretude). Pretender viabilizar essa proposição (hipótese consistente num juízo teórico e problemático) não é por si um dever, porque inexiste qualquer obrigação de crer que alguma coisa é. No entanto, presente, sim, a imposição de agir consoante a idéia da meta estabelecida, mesmo se ausente a mais tênue verossimilhança teórica de êxito na almejada realização. Assim, por consequência, somente sob eventual condição de demonstrada impossibilidade, admissível restará exceptuar, restritivamente, esse dever. (Caos Markus)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

DOMINGO, 8 DE SETEMBRO DE 2013: "PROBLEMA-SOLUÇÃO, UM BINÔMIO INDISSOCIÁVEL"





Duas importantes propostas inovadoras têm sido objeto de descrição e análise comparativa: a Metodologia da Problematização e a Aprendizagem Baseada em Problemas. As duas, desenvolvidas a partir de visões teóricas distintas, têm tantos aspectos comuns quanto pontos diferentes. Nas duas argumentações, o ensino e a aprendizagem ocorrem a partir de problemas. Na Metodologia da Problematização, enquanto alternativa de sistema de ensino, os problemas são extraídos da realidade, através da observação proporcionada aos próprios alunos. Na Aprendizagem Baseada em Problemas, entendida na qualidade de proposição curricular, os problemas são compostos por uma equipe de especialistas, em abrangência total dos conhecimentos curriculares essenciais. A percepção de suas características não permite confundi-las, mas, com certeza, tomá-las como alternativas norteadoras de um ensino arrojado, ultrapassando a abordagem tradicional. No afã de se disseminar tais práticas educativas, há um sem número de designações : 'técnica de ensino', 'método de ensino', 'metodologia', 'pedagogia', 'proposta pedagógica', 'proposta curricular', 'estratégia de ensino', 'currículo PBL', ou 'procedimento metodológico', por exemplo. Nota-se, ainda , o anúncio de uma destas sugestões com o nome da outra, considerando tratar-se do mesmo assunto, ou, também, a análise de que o exercitar uma das propostas é condição suficiente de preparo à adoção da outra.Tais constatações constituem extremo desafio a respostas irrefutáveis: a Problematização e a Aprendizagem Baseada em Problemas são diferentes 'termos' ou diferentes 'caminhos'? Predomina a tese da diversidade de rumos, sob arguições destacando os pontos de aproximação e os de distanciamento entre uma e outra. Compreende-se a necessidade desta comunicação, como vem sendo adotada em algumas escolas, não pretendendo ser conclusiva, porém, desafiadora, porque as duas proposições trabalham intencionalmente com problemas, visando, ambas, estruturar procedimentos de ensino e aprendizagem. Essa condição dá oportunidade a conclusões apressadas ou equivocadas por quem ainda possua poucas informações sobre as duas, suscitando, assim, superficialidade nas defesas e nos esclarecimentos por profissionais de Educação. Dentro desta perspectiva, as duas propostas assumem dimensões distintas, pois, a primeira é uma opção do professor e a segunda é uma escolha de todo um corpo docente, administrativo e acadêmico, já que as conseqüências afetam a todos, ao longo do curso. Como decorrência da opção feita pela Aprendizagem Baseada em Problemas, definem-se porções de conteúdos, tratados, então, de modo integrado. São estabelecidas formas de agir para ensinar, para aprender, administrar, apoiar, organizar materiais, dentre outras. Há necessidade de providências quanto à biblioteca (devendo ser suficientemente equipada e espaçosa, com horários definidos); e organização de laboratórios, destinados às atividades opcionais; distribuição de temas, correlacionando-os a tempo previamente estabelecido. Enfim, delimitam-se novos papéis e correspondentes desempenhos por todos os integrantes. Esses atributos são bastante distintos dos moldes tradicionais de ensinar e aprender, diferenciando-se ainda da organização curricular à qual a maioria quase absoluta das escolas estão mal habituadas. Afinal, haja vista, propugna-se o conceito de problema-solução como binômio indissociável.

(Caos Markus)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

SÁBADO, 7 DE SETEMBRO DE 2013: "A INCONSTÂNCIA DO CONTEMPORÂNEO DINÂMICO"



O gestor de planejamentos da contemporaneidade está e prosseguirá em constante formação, pois, em um dinâmico contexto, não tem em mãos a maioria absoluta das soluções possíveis e cabíveis para satisfazer as necessidades de todos ao seu redor. Desta forma, o gestor educacional é também um ser aprendente, sem respostas imediatas e soluções instantâneas aos desafios no seu cotidiano. 
Limitações não o isentam da constante busca de 'competência conceitual', no exercício mais eficiente de sua função, permeada de desafios e indicadores de qualidade na educação escolar. 
Definir se uma escola oferece realmente essa educação de qualidade é uma questão pendente de análise, pois, vários são os fatores usados nessa avaliação.  
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a qualidade se transformou em um 'conceito dinâmico', objeto de permanentemente adaptação num mundo a experimentar, por si só, profundas transformações. Apesar das diferenças conjeturais, essa qualidade deve capacitar a todos, mulheres e homens, a fim de  participarem plenamente da vida comunitária, identificando-se, também por si próprios, 'cidadãos do mundo'.
A UNESCO aponta um conjunto de variáveis interferentes na qualidade da Educação. É fundamental, portanto, não se distanciar da confirmação: qualidade é um conceito histórico, que se altera no tempo e no espaço, vinculando-se às demandas e exigências sociais de um dado processo. 
Esse conjunto de ambiguidades pode ser definido como as 'referências' da qualidade na educação, tendo por objetivo principal auxiliar a 'comunidade escolar' a compreender os pontos fortes e fracos, mensurar a melhoria da instituição, o fazendo na condição de co-partícipe dos planejamentos dinâmicos no sistema educacional.
Generalizadamente, consideram-se seis os indicadores de qualidade existentes: ambiente educativo; prática pedagógica e avaliação; gestão escolar democrática; formação e condições de trabalho; espaço físico escolar e permanência/êxito dos alunos.
A transição atual nos sistemas de educação, embora sugestiva de "falência" qualitativa, é o caminho rumo à inevitável e indispensável absorção de sucessivos re-conceitos, à mercê, ainda, de assimilação, observando-se a existência, hoje, de uma recíproca inversamente proporcional: à velocidade de inovações não corresponde a esperada celeridade de ressignificações, base da interação quando se almeja padrões de excelência qualitativa.

(Caos Markus)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

SEXTA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO DE 2013: "DOMÍNIO ESTRATÉGICO EM AUTO-EFICÁCIA EDUCACIONAL"




Confirmada a inevitabilidade de implementar-se ideias recorrentemente enfatizadas  ao longo da história da cultura e do pensamento ocidental sobre o desenvolvimento da Educação, é exigência inadiável a necessidade da sociedade concretizar o seu paradigma.
Ao longo de milênios do desenvolvimento humano, nada se compara aos efeitos da revolução científica e tecnológica, em pleno desenvolvimento, marcada, na segunda metade do séc. XX por um aumento prodigioso dos conhecimentos e por uma aceleração exponencial de mudanças. 
Sem dúvida, esta admirável explosão da capacidade de produção de novos saberes tem se realizado numa relação simbiótica com a expansão e a utilização das modernas tecnologias da informação e da comunicação. Há, por isso mesmo, premência de se renovar, continuamente, as compreensões contextuais e, por conseguinte, prioridade de se estabelecer a aprendizagem permanente,  elevada à condição de primazia política nos âmbito nacional, de forma contínua e incessante, considerando-a domínio estratégico de um país.
É, assim, imprescindível envolver o mais possível todos os cidadãos nessa dinâmica, requerendo que a sociedade se reestruture e se reorganize, criando múltiplas ofertas em diferenciados planejamentos de sistemas educacionais, bem como assegurando uma real igualdade de oportunidades aos múltiplos segmentos sociais. 
Paralelamente, é de suma importância postular a reabilitação nos indivíduos da capacidade de aprender ao longo do curso da vida. Contudo, a constatação de que o acesso à educação e à aprendizagem nem sempre ocorre ao ritmo por todos desejado correlaciona-se com um dos seus temas mais investigados: as barreiras à efetiva e abrangente participação no seu processo. 
São numerosas as causas dos obstáculos ao envolvimento em ações educativas, observadas tanto como limitações de natureza situacional quanto de ordem institucional, abrangendo a carência de informação acerca das chances existentes, com ofertas pouco atrativas em termos do interesse que despertam, ou ainda os fatores de natureza oriunda da própria disposição. Estes últimos estão frequentemente associados à falta de confiança e a crenças pessoais, responsáveis por levar o sujeito a não acreditar em si próprio enquanto educando, ou a duvidar da sua capacidade para aprender. Termos estes que fragilizam ou empobrecem fortemente a motivação a fim de se prosseguir com o ensino, através de ativo envolvimento nas aprendizagens, sobretudo as de caráter formal e não formal. 
Os fatores disposicionais são tanto mais importantes quanto se considera, precisamente, a auto-confiança enquanto pré-requisito vital da autonomia ou auto-direção, constituindo o seu progresso em uma das mais bem qualificadas formas de preparar os educandos para as vivências numa sociedade onde a mudança se afirma em si mesma como um valor. Quando essa evolução está comprometida, é abandonada a trajetória rumo ao alcance de um dos objetivos mais nobres de qualquer ação ou projeto educativo : o aperfeiçoamento da moral individual e o aprimoramento ético e político nacional.

(Caos Markus)

QUINTA-FEIRA, 5 DE SETEMBRO DE 2013: "A BULA CONTRA-INDICADA DO ENSINO"


À capacidade atribuída a cada pessoa para descobrir novas fronteiras dentro de si, no “espaço” que a circunda, é pertinente a expressão ‘auto-aprendizagem’, ou seja, o exercício individualmente praticado no experimento de inéditas versões e vivências de hipóteses alternativas de si mesmo. Num mundo onde se aprende “online”, inclusive, mediante o uso de todos os sentidos, esta é uma habilidade fundamental a fim de se imprimir prosseguimento ao sempre intangível aprendizado completo. Esta poderosa ferramenta, porque não dizer, comparável a uma mais próxima ‘didática’, impõe único recurso: a ousadia. Pois, sem limite no tempo, essa superação ocorre no ato de ‘apreender’ informações, transformando-as em conhecimento, ao contrário da ‘auto-ajuda’, a surpreender pelo suposto 'conduzido' bem-estar da ignorância dirigida. Comparação lamentável, porém, cabível, os educadores atuais, em sua maioria, comportam-se com o mesmo fastio dos “gurus” modernos, repassando aos educandos restrita bula, contendo, quase exclusivamente, às contra-indicações do ensino institucionalmente oficializado.

(Caos Markus)