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quinta-feira, 13 de junho de 2013

QUARTA-FEIRA, 19 DE JUNHO DE 2013: "ORGANIZANDO A DIVERSIDADE CULTURAL"

Desde que grandes corporações iniciaram o movimento para estender seus negócios
para além das fronteiras dos seus países, a influência das estratégias internacionais na vida das organizações forçou o debate entre a necessidade de compatibilização das ações
empresariais, o ambiente interno, com o novo ambiente externo e sua cultura.
Ao decidir ramificar seu ambiente de negócios para outras localidades, as
organizações admitem uma série de ajustes de seus produtos e serviços visando conquistar
maior competitividade no novo espaço, mas tendem a enfrentar obstáculos culturais internos e externos ao se depararem com uma nova e desafiadora realidade.
Quando uma organização submete seus processos e estrutura a um novo mercado,
acaba submetendo, também, à dinâmica organizacional, os aspectos relativos aos valores das nações onde pretende firmar-se, além dos valores das próprias pessoas que sofrerão influência ou influenciarão a dinâmica e a estratégia organizacional. Essas pessoas são os novos e potenciais consumidores dos seus produtos ou serviços, os fornecedores locais e a maioria dos funcionários da nova unidade.
A adaptação dos diversos aspectos culturais que permeiam o processo de globalização
e internacionalização de organizações pode refletir em maior ou menor nível de facilidade
para implementação da estratégia. A vantagem competitiva da organização que submete seus processos, produtos e serviços a regiões distantes pode residir, inclusive, na competência dos seus gerentes em conduzir de maneira eficaz o processo de aculturação. Não se pode, contudo, analisar esse processo como algo simples, cujo sucesso ou fracasso depende exclusivamente das habilidades dos gestores. Trata-se de algo amplo e complexo, como qualquer ação estratégica de grande impacto. Nesse processo amplo, repleto de variáveis subjetivas, evidenciam-se as expressões do comportamento das pessoas, grupos, organizações e povos, com seus valores e culturas próprios. Evidenciam-se, também, aspectos relativos à inovação como fator cultural de organizações e nações.
Além da relação existente entre os aspectos culturais da organização e dos indivíduos
e grupos que a compõem, a cultura organizacional sofre influência direta da cultura maior a que está inserida -a cultura da nação.
Dentro desse aspecto, os costumes e processos sociológicos inscritos na cultura do
país de origem da organização tende a estender seus tentáculos para dentro da dinâmica corporativa, como mais uma gama de elementos constitutivos da cultura organizacional. Ao se deparar com a cultura de uma outra nação, muitas vezes totalmente diferente daquela na qual a organização foi formada e desenvolvida, a estratégia de internacionalização precisa de ajustes fundamentados nos costumes e tradições da cultura local. A importância de enfatizar
essas premissas culturais da organização no processo de internacionalização poderá fornecer algumas das condições internas que permitem a assimilação da necessidade de transformação
organizacional, numa clara evidência desse fator como catalisador da conquista de vantagem competitiva. Além disso, a formação de uma nova unidade organizacional -filial, representação regional, escritório de vendas ou outra- iniciará uma nova cultura. Desta vez, através de um processo de aculturação premente e significativo. Não poderá ser vista
exclusivamente pelos olhos da matriz, nem tampouco pela premissa da cultura do país onde se insere.
Os tipos de cultura são caracterizados por um tipo de poder de controle. No caso das
culturas coletivistas, observa-se uma ênfase na pressão social externa, fortalecida pelos
conceitos da vergonha e da desonra. Já nas culturas individualistas, o controle exercido
ocorre por meio de pressão interna, fortalecida pelo conceito de culpa. Em ambas, entretanto, a liberdade individual e a proteção coletiva estão em jogo.

(Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2013: "IDOSOS IOU VELHOS?"

IDOSOS OU VELHOS?

DELEGACIA DE IDOSO NÃO PRENDE NINGUÉM

As oito Delegacias do Idoso da cidade de São Paulo não prenderam ninguém e instauraram muito menos inquéritos que todos os distritos policiais da capital nos quatro primeiros meses deste ano. Enquanto a média das delegacias de bairro chega a 325 inquéritos investigados, o índice dos distritos de terceira idade é de apenas 42. Nas Delegacias de Defesa da Mulher, outra especializada, a média foi de 393 inquéritos no mesmo período. Os dados de produtividade policial foram divulgados no site da Secretaria de Estado da Segurança Pública.
A 3.ª Delegacia Especializada de Proteção ao Idoso, em Perdizes, na zona oeste, tem dez funcionários e 16 inquéritos instaurados entre janeiro e abril deste ano - ninguém foi preso. "A GENTE NÃO FAZ PRISÃO. A GENTE É ESPECIALIZADA. Só trabalha com Estatuto do Idoso", explica a delegada Nair Silva.
Segundo a policial, as unidades especializadas em idoso só atuam nos 14 crimes previstos no estatuto, aprovado em 2003. Entre eles estão discriminação, abandono em hospitais e apropriação de bens e rendimentos. As condutas têm penas abaixo de 4 anos de prisão, para as quais A JUSTIÇA TENDE A NÃO DECRETAR A PRISÃO PREVENTIVA.
DEFESA Já a promotora responsável pelos idosos na Promotoria de Direitos Humanos, defende as delegacias. "O idoso tem direito a atendimento preferencial em qualquer órgão público. Se ele tiver de comparecer à delegacia regular, ele terá de ser atendido prioritariamente, o que ninguém quer fazer por achar que tem de dar prioridade para os crimes mais graves."
DESTACA-SE O PERFIL DE CONCILIAÇÃO DESSAS DELEGACIAS. Com a mesma característica, as nove Delegacias de Defesa da Mulher da cidade têm rendimento acima da média: prenderam 105 pessoas em flagrante ou mandado e instauraram 3.538 inquéritos.
A SSP informa que as Delegacias do Idoso foram criadas para "dar tratamento especializado e diferenciado ao idoso" e "estão distribuídas por todas as regiões da cidade". O número de inquéritos investigados varia de acordo com a demanda. A pasta afirma também que o número de prisões não é a única forma de aferir o trabalho policial, uma vez que as delegacias "foram criadas com o intuito de viabilizar a aplicação de políticas públicas".

(copydesk, Caos Markus)

As oito Delegacias do Idoso da cidade de São Paulo não prenderam ninguém e instauraram muito menos inquéritos que todos os distritos policiais da capital nos quatro primeiros meses deste ano. Enquanto a média das delegacias de bairro chega a 325 inquéritos investigados, o índice dos distritos de terceira idade é de apenas 42. Nas Delegacias de Defesa da Mulher, outra especializada, a média foi de 393 inquéritos no mesmo período. Os dados de produtividade policial foram divulgados no site da Secretaria de Estado da Segurança Pública.
A 3.ª Delegacia Especializada de Proteção ao Idoso, em Perdizes, na zona oeste, tem dez funcionários e 16 inquéritos instaurados entre janeiro e abril deste ano - ninguém foi preso. "A GENTE NÃO FAZ PRISÃO. A GENTE É ESPECIALIZADA. Só trabalha com Estatuto do Idoso", explica a delegada Nair Silva.
Segundo a policial, as unidades especializadas em idoso só atuam nos 14 crimes previstos no estatuto, aprovado em 2003. Entre eles estão discriminação, abandono em hospitais e apropriação de bens e rendimentos. As condutas têm penas abaixo de 4 anos de prisão, para as quais A JUSTIÇA TENDE A NÃO DECRETAR A PRISÃO PREVENTIVA.


DEFESA Já a promotora responsável pelos idosos na Promotoria de Direitos Humanos, defende as delegacias. "O idoso tem direito a atendimento preferencial em qualquer órgão público. Se ele tiver de comparecer à delegacia regular, ele terá de ser atendido prioritariamente, o que ninguém quer fazer por achar que tem de dar prioridade para os crimes mais graves."
DESTACA-SE O PERFIL DE CONCILIAÇÃO DESSAS DELEGACIAS. Com a mesma característica, as nove Delegacias de Defesa da Mulher da cidade têm rendimento acima da média: prenderam 105 pessoas em flagrante ou mandado e instauraram 3.538 inquéritos.
A SSP informa que as Delegacias do Idoso foram criadas para "dar tratamento especializado e diferenciado ao idoso" e "estão distribuídas por todas as regiões da cidade". O número de inquéritos investigados varia de acordo com a demanda. A pasta afirma também que o número de prisões não é a única forma de aferir o trabalho policial, uma vez que as delegacias "foram criadas com o intuito de viabilizar a aplicação de políticas públicas".

(copydesk, Caos Markus)






As oito Delegacias do Idoso da cidade de São Paulo não prenderam ninguém e instauraram muito menos inquéritos que todos os distritos policiais da capital nos quatro primeiros meses deste ano. Enquanto a média das delegacias de bairro chega a 325 inquéritos investigados, o índice dos distritos de terceira idade é de apenas 42. Nas Delegacias de Defesa da Mulher, outra especializada, a média foi de 393 inquéritos no mesmo período. Os dados de produtividade policial foram divulgados no site da Secretaria de Estado da Segurança Pública.
A 3.ª Delegacia Especializada de Proteção ao Idoso, em Perdizes, na zona oeste, tem dez funcionários e 16 inquéritos instaurados entre janeiro e abril deste ano - ninguém foi preso. "A GENTE NÃO FAZ PRISÃO. A GENTE É ESPECIALIZADA. Só trabalha com Estatuto do Idoso", explica a delegada Nair Silva.
Segundo a policial, as unidades especializadas em idoso só atuam nos 14 crimes previstos no estatuto, aprovado em 2003. Entre eles estão discriminação, abandono em hospitais e apropriação de bens e rendimentos. As condutas têm penas abaixo de 4 anos de prisão, para as quais A JUSTIÇA TENDE A NÃO DECRETAR A PRISÃO PREVENTIVA.

DEFESA Já a promotora responsável pelos idosos na Promotoria de Direitos Humanos, defende as delegacias. "O idoso tem direito a atendimento preferencial em qualquer órgão público. Se ele tiver de comparecer à delegacia regular, ele terá de ser atendido prioritariamente, o que ninguém quer fazer por achar que tem de dar prioridade para os crimes mais graves."
DESTACA-SE O PERFIL DE CONCILIAÇÃO DESSAS DELEGACIAS. Com a mesma característica, as nove Delegacias de Defesa da Mulher da cidade têm rendimento acima da média: prenderam 105 pessoas em flagrante ou mandado e instauraram 3.538 inquéritos.
A SSP informa que as Delegacias do Idoso foram criadas para "dar tratamento especializado e diferenciado ao idoso" e "estão distribuídas por todas as regiões da cidade". O número de inquéritos investigados varia de acordo com a demanda. A pasta afirma também que o número de prisões não é a única forma de aferir o trabalho policial, uma vez que as delegacias "foram criadas com o intuito de viabilizar a aplicação de políticas públicas".

(copydesk, Caos Markus)




SEGUNDA-FEIRA, 17 DE JUNHO DE 2013: "A EXTINÇÃO DA MENORIDADE TRABALHISTA"

O BRASIL TEM HOJE 257.692 CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO TRABALHO DOMÉSTICO

Considerado desde 2008 como uma das piores formas de trabalho infantil, portanto proibido para menores de 18 anos, está concentrado na zona urbana, na Região Nordeste, entre as meninas e entre os negros. Um trabalho que, segundo a Coordenação do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação doTrabalho Infantil, é marcado pela iniquidade de gênero e de raça. O Fórum lançou, em 12/6/13, Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, amplo estudo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicíliios.
O preocupante é que houve pouca redução no trabalho infantil doméstico. Em quatro anos, foram retiraradas 67 mil crianças desse trabalho. É pouco. Em 2008, ele representava 7,2% de todo o trabalho infantil. Em 2011, três anos depois, essa parcela baixou apenas para 7%. Em 2008, havia 327 mil nesse trabalho proibido.
AS MENINAS E JOVENS, DE 5 A 17 ANOS, respondem por 93,7% desse universo de trabalhadores . E 67% SÃO NEGRAS.
Nas regiões metropolitanas, essa parcela de negros no trabalho doméstico sobe para 76,5%. O gênero também difere. Os meninos são maioria no trabalho infantil, mas não é assim nas atividades dentro de casa.
Houve estados onde o aumento das meninas e meninos trabalhadores domésticos foi expressivo, como em Alagoas (39,7%), Piauí (122,9%), Rio Grande do Norte (81,1%), e Espírito Santo (87,8%).
Outra preocupação diz respeito à escolarização desses trabalhadores: MAIS DE 20% ESTÃO FORA DA ESCOLA.
QUASE METADE SUSTENTA A FAMÍLIA
PESQUISAS MOSTRAM QUE 132 mil CRIANÇAS TRABALHADORAS RESPONDEM PELO SUSTENTO DA FAMÍLIA.
A busca ativa dessas crianças é outra atitude para que o Brasil consiga erradicar todas as formas de trabalho infantil até 2020. O trabalho doméstico foi incluído nas piores formas de trabalho para crianças e jovens por expor os trabalhadores a riscos de esforço físico intenso, isolamento, abuso físico, psicológico e sexual, longas jornadas de trabalho, trabalho noturno, calor e exposição ao fogo.
O Brasil se comprometeu a erradicar esse tipo de trabalho até 2015, o que especialistas não acreditam ser possível.

(copydesk, Caos Markus)

quarta-feira, 12 de junho de 2013

DOMINGO, 16 DE JUNHO DE 2013: "SOLIDARIEDADE NÃO É IDEOLOGIA"

A identificação ideológica e política dos envolvidos num projeto voltado à especificidade da economia popular não é nem pode ser uma condição para que as pessoas se organizem e se envolvam.
O determinante reside nas relações de trabalho e de distribuição de recursos e produtos,
devendo estar fundamentalmente organizadas em torno da reciprocidade, da vida social, das práticas sociais cotidianas. Não se trata sempre, ou necessária e explicitamente, da auto-identificação ideológica e política dos seus agentes, nem da sua visão revolucionária do mundo, mas sim que as relações de trabalho e de distribuição de recursos e do produto sejam fundamentalmente organizadas em torno da reciprocidade e da vida social, das práticas sociais quotidianas.
A economia popular solidária está centrada na comunhão, tanto entre indivíduos para a constituição de empreendimentos coletivos como entre empreendimentos para obter saltos de competitividade, em estruturas em rede que também podem ser compreendidas como empreendimentos coletivos. É o diálogo com 'valores' que a economia tradicional nunca considerou, e somente o fará quando desconsiderar, no vínculo entre sociedade civil e poder, a sempre renovada superioridade do Estado.


(Caos Markus)

SÁBADO, 15 DE JUNHO DE 2013: "O SUJEITO DOS DIREITOS HUMANOS"

  
É notória a noção de que os direitos humanos não devem ficar restritos ao plano interno.
Para isso é necessária a adequada revisão da noção tradicional de soberania
absoluta dos Estados, que deve passar por um processo de relativização, com consequentes possibilidades de intervenção no plano internacional.
Outro fator importante nesta mudança de concepção é a consolidação do entendimento  de que o ser humano tem direito a proteção de direitos humanos no plano internacional, enquanto sujeito de direito.
Pode-se dizer que a história do Ocidente caminha num mesmo sentido
determinando valores universais a serem alcançados pelos diferentes Estados.
No plano do direito internacional os direitos humanos ganham legitimidade com a ideia de universalização.
Assim, em um mundo de polaridades indefinidas, a proteção internacional dos direitos humanos é ingrediente essencial de governabilidade mundial.
Assim, esses direitos são fruto de um espaço simbólico de luta e ação social, na busca por dignidade humana, devendo,
para serem efetivamente protegidos, dar ao indivíduo condições para que ele próprio reclame em seu direito, buscando a responsabilidade do Estado em caso de violação.

(Caos Markus)

SEXTA-FEIRA, 14 DE JUNHO DE 2013: "INJUSTIÇA NO ARGUMENTO FUNCIONALISTA"

O direito moderno, posto pelo Estado, é racional porque cada decisão jurídica é a aplicação de uma proposição abstrata munida de generalidade a uma situação de fato concreta, em coerência com determinadas regras legais. No entanto, quando do uso do sopesamento, essa racionalidade desaparece.
Daí a aguda observação de Habermas: enquanto uma corte constitucional adotar a teoria da ordem de valores e nela fundamentar sua práxis decisória, o perigo de juízos irracionais aumenta, porque os argumentos funcionalistas ganham prevalência sobre os normativos
.
As decisões, todavia, ao cederem aos procedimentos, enquanto processo legislativo e judicial, garantem admissibilidade e segurança jurídica da norma de decisão, apresentando-se como método estabilizador da relação constituição-democracia. Críticas, contudo, também se propagam contra este método.
Uma delas: atualmente, se limitaria a fixar a estrutura básica do Estado, os procedimentos governamentais e os princípios relevantes para a comunidade política, como os direitos e liberdades fundamentais, o que, no Brasil ,favoreceria a manutenção dos privilégios e desigualdades, restringindo o espaço da cidadania.
E outra é a dissolução total da dimensão ética da teoria do discurso.
Com efeito, enquanto a Constituição não é concretizada, na realidade brasileira, a flexibilização e a atualização do sistema jurídico só poderão ser operadas mediante a transgressão do próprio sistema. Ressalte-se, mecanismo indispensável ao seu equilíbrio e estratégica harmonia, permitindo o seu desempenho funcional de preservação do modo de produção social a serviço do qual ele está.

(Caos Markus)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

QUINTA-FEIRA13 DE JUNHO DE 2013: "INCONSTITUCIONALIDADE OU INSTITUCIONALIZAÇÃO?"

A PEC DA INSCONSTITUCIONALIDADE OU A MALÍCIA DA INSTITUCIONALIZAÇÃO?
 
A PEC 37 impede investigações criminais por promotores e procuradores
 
Conforme estabelecido no artigo 129 da Constituição de República Federativa do Brasil, "São funções institucionais do Ministério Público:
(...)
VIII -requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais.
 
PERGUNTA:
Como pode uma proposta de emenda constitucional pretender impedir o que já é estabelecido na própria Carta Magna? O texto do inciso VIII do art. 129 é absolutamente claro, não dando margem a qualquer outra interpretação. O MINISTÉRIO PÚBLICO PODE APENAS REQUISITAR INVESTIGAÇÕES AO ÓRGÃO COMPETENTE (POLÍCIA CIVIL), E NÃO ELE PRÓPRIO EXECUTÁ-LAS.
 
O Congresso Nacional não sabe disso?!
Obviamente, sim.
O Ministério Público não sabe disso?!
Sim, mais que óbvio.
 
Trata-se, ao que parece, de uma maliciosa artimanha entre parlamentares e representantes do MP.
Assim: impedindo o que não existe, cria-se o debate para, numa segunda etapa (emendas à PEC 37), institucionalizar o poder (a função) que hoje o Ministério Público não possui.
 
RESTA SABER: QUAL A MOEDA DE TROCA?
 
(Caos Markus)


QUARTA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2013: "GERAÇÃO DEMOCRÁTICA DA GESTÃO ESCOLAR"

A maneira como está organizada a escola vem de concepções e estudos acerca da escola como uma instituição que requer vários elementos constitutivos no processo organizacional e elementos no processo técnico-administrativo da escola. A maioria das escolas no Brasil tem na sua organização aproximações com relação à organização empresarial, com concepções objetivas, funcionalistas e burocráticas. Existe uma distinção entre estudos que trabalham com enfoques bem diferentes a respeito da organização e gestão da escola. Na realidade existem duas concepções. Um enfoque científico-racional e um enfoque crítico, de cunho sócio-político.
A primeira concepção vê a organização da escola como sendo tomada uma realidade objetiva, neutra, técnica, que funciona racionalmente, ou seja, pode ser planejada, organizada, controlada, de modo a alcançar maiores indicadores de eficácia e eficiência. A maioria das escolas atua nesse modelo de organização. Tem organogramas de cargos e funções, normas e regulamentos. Este é o modelo mais comum de funcionamento da organização escolar.
A segunda vê a organização da escola como um sistema de agregação de pessoas, onde existe uma intencionalidade de trabalhar com as interações sociais que acontecem dentro e fora da escola. A organização seria uma construção social atribuída aos professores, alunos, pais e integrantes da comunidade mais próxima.
A gestão escolar se constitui em uma dimensão e um aspecto de atuação dos seus agentes (diretores, supervisores, coordenadores, professores, pais, alunos, comunidade etc.) que objetiva promover a organização, a estrutura, o planejamento, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o crescimento e avanço das questões socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino que são as escolas.Considerando as origens terminológicas das palavras, a palavra 'gestão' ganha um significado que enriquece o termo 'gestão escolar'.
Assim, deve ser compreendida como a geração de um novo modo de administrar uma realidade, intrinsecamente democrática, já que se traduz pela comunicação, pelo desenvolvimento coletivo e pelo diálogo.
(copydesk, Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 11 DE JUNHO DE 2013: "MEIAS-VERDADES EM EDUCAÇÃO"

Análise dos conceitos mais divulgados como critérios de melhoria da qualidade da educação.
Afirmações aparentemente incontestáveis se revelam mitos, sofismas ou meias-verdades, apenas obstáculos à indispensável discussão com profundidade.

Mito: para melhorar a educação pública, basta aumentar o salário dos professores
É quase senso comum: o primeiro passo para aprimorar a educação seria elevar os gastos públicos na área, principalmente para pagar mais aos professores. Até há pouco tempo, refutar uma premissa como essa dependia, sobretudo, de coragem. Nos últimos anos, porém, diversas pesquisas vêm contestando a relação direta entre o poder do dinheiro e a qualidade do ensino. Recente mapeamento das práticas de 20 sistemas de reconhecido sucesso constatou que muitos países, como a Austrália e a Alemanha, duplicaram os investimentos em educação entre 1970 e 1994 sem alcançar qualquer melhoria.
Nessas nações, a aprendizagem só foi reforçada quando os governos implantaram políticas eficientes para valorizar o professor. Isso foi feito também, mas não só com salários acima da média, e sim através,especialmente, de grandes investimentos em capacitação e condições de trabalho, aliados a estratégias para elevar o prestígio social do educador - até mesmo com campanhas publicitárias. Há outras condições necessárias para produzir qualidade. Em alguns lugares, os salários são mais altos do que a média, o que não obrigatoriamente resulta em uma educação melhor. É preciso que haja boa gestão, um currículo organizado, com expectativas de aprendizagem elevadas, professores motivados, materiais didáticos diversificados e formação continuada
.

Mito: é impossível ensinar em salas de aula com mais de 40 alunos
Um estudo realizado em 2008 pela Fundação SM, entidade que investe em projetos educativos em países de língua espanhola e portuguesa, e pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) mostrou que 53% dos professores brasileiros estão descontentes com o alto número de alunos em sala de aula. Mesmo na rede particular, ao escolher uma escola os pais querem saber com quantos outros alunos seu filho estudará. Parece fazer sentido: com menos alunos, os professores teriam mais condições de controlar a turma e dar atendimento individualizado.
Recentemente, porém, uma pesquisa reuniu 120 estudos a esse respeito: 89 deles não estabeleciam uma relação significativa entre tamanho da sala e aprendizagem. Outros nove ainda encontraram em salas grandes um fator positivo. A Coréia, um dos cinco países com melhor educação, coloca até 60 alunos nas salas. As pesquisas mostram exaustivamente uma ausência quase total de associação entre tamanho das classes e resultados. Até na questão comportamental, as classes numerosas parecem levar vantagem. O papel da escola é também o de socialização. A escola não deve repetir as proteções da casa. As salas de aula maiores exigem mais disciplina, portanto mais capacidade de respeito, importante na formação para a vida.

Mito: professor bom é professor que reprova
Pergunte a alguém com mais de 40 anos sobre quem foi um bom professor. Muito provavelmente, ele vai lhe descrever um profissional sisudo, exigente, que esbanjava conhecimento e, sobretudo, reprovava. Hoje, a lógica não é mais a do ensino, mas a da aprendizagem. Há um consenso entre os pesquisadores de que o bom professor é aquele capaz de conduzir o maior número de estudantes ao aprendizado. Ou seja, classes com excesso de alunos com dificuldades indicam que o educador não está conseguindo encontrar caminhos para motivá-los e ensiná-los. Por outro lado, reprovar os que não aprenderam não é necessário? Essa é uma questão complexa. Na rede pública, as pesquisas mostram que passar novamente pelos mesmos conteúdos não faz com que repetentes aprendam mais. O caminho mais provável é abandonar os estudos, depois de muitas tentativas. É preciso uma escola em que os alunos aprendam e, portanto, em que a reprovação deixe de ser um assunto candente. Mas essa regra tem exceções.Embora a repetência seja sempre um tema delicado para as famílias e para os alunos, há situações em que traz benefícios. No caso das crianças, pode representar uma chance de recomeço quando a auto-estima já foi afetada pelos contínuos insucessos; para os adolescentes, costuma induzir a uma mudança de atitude diante dos estudos. Contudo, a reprovação nunca deve acontecer por um fator isolado, como a dificuldade numa matéria específica.
Mito: escola particular é sempre superior à pública
A crise do ensino público é relativamente recente. Foi a partir do final da década de 60 e sobretudo nos anos 70 que a escola pública incluiu uma massa colossal de crianças, que até então não tinha acesso à escola; ao mesmo tempo, perdeu a classe média, que escolheu pagar o preço da rede privada em vez de pressionar os governos a priorizar a educação. Porém, é falso pensar que a escola particular sempre é melhor do que a pública. Escolas públicas que recebem alunos de origem social mais elevada são tão boas quanto as privadas. Mesmo escolas mais pobres, mas com a comunidade muito presente, podem apresentar resultados elevados.

Verdade: quanto mais tempo de estudo na escola, melhor
O tempo de permanência é um fator decisivo em atividades de aprendizagem. Na Finlândia, que hoje tem o melhor ensino do mundo, o dia escolar começa entre 8 e 10 horas da manhã e termina entre 13 e 16 horas, com um currículo forte nas áreas acadêmicas, mas que não deixa de lado a música e as artes plásticas. Também é previsto tempo extra para alunos com dificuldades específicas de aprendizagem. Cerca de 30% deles recebem esse apoio - não como um castigo, mas como um atendimento preferencial. A escola de tempo integral tende lentamente a ser incluída nas políticas públicas dos países onde a Educação é critério primoridal de desenvolvimento, a exemplo do que já ocorre em algumas particulares, com aulas que se iniciam em torno das 8 da manhã e seguem até as 15 horas. O tempo médio de permanência do aluno na escola, nos países com melhores indicadores de qualidade, é de seis horas diárias.  
(copydesk, Caos Markus)