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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

SEGUNDA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2012: "AMOR FALTANTE, AMOR RESTANTE"


Dissimular sentimentos, ocasionados, quem sabe, por desamores secretos, sob o argumento de 'um indivíduo completar o outro', isto não me parece honestidade consigo mesmo.

É negar a existência da individualidade.
Eu professo a crença de que somos 'meios' por onde transita o amor. Não é ideia que diminui, mas, ao contrário, enaltece o amor.
Trata-se de concepção onde 'o amor que mora em mim tem necessidade de buscar o amor que mora na outra pessoa'. Por anologia, não sendo assim, é semelhante à constatação de vários domicílos sem nenhuma residência.
Enfim, nesses casos, falta a ousadia da saudável rendição, permitindo-se e admitindo-se nos fluxos do amor, através da reciprocidade, e não pela ilusória noção de 'falta' própria que se 'completa' com 'falta' alheia.
O vice-versa não é a reciprocidade.
Então, insistir nessa quimera de 'completar-se' um ao outro é nada mais que buscar o 'faltante' no 'restante'.

(Caos Markus)



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

DOMINGO, 9 DE DEZEMBRO DE 2012: "MARXISMO PADRONIZADO"

Apesar dos esforços sérios de alguns de seus fundadores e seguidores, a teoria marxista da história tem, mais recentemente, adotado a mesma prática dos "profetas".

Em algumas de suas formulações anteriores (como, por exemplo, na análise de Marx sobre o caráter da revolução social superveniente), as 'predições' eram objeto de comprovação. Porém, foram refutadas.
Não obstante, em vez de aceitar as refutações, os adeptos do marxismo reinterpretaram a 'teoria' e a 'evidência', para torná-las concordantes entre si.
Salvaram, dessa maneira, a teoria da refutação, mas ao preço da adoção de um artifício que a tornou de todo irrefutável.
Provocaram, assim, uma distorção convencionalista, destruindo-lhe as anunciadas pretensões a um padrão científico.


(Caos Markus)