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terça-feira, 21 de agosto de 2012

QUINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2012: "CAMINHO E TRILHA"

Já arruinado o ambiente helênico, efeito do heroísmo guerreiro e da crueldade social ; em meio a tantos desvarios da razão, com o cortejo impávido da devassidão; só então é que a 'Kritiké', a Crítica esclarecida, a palavra da sensatez, começou a nascer de um caos de depravação, despontando, qual aurora, de Heródoto até Plutarco. Daí, sob uma atmosfera ainda povoada de duendes e tradições mitológicas, a autêntica Crítica apareceu resplandecente, alimentada por uma plêiade de sábios a espalharem luz sobre todos os ramos da legítima árvore da ciência, uma permanente assembléia de exímios cultores da inteligência e da vontade, do justo e do belo, nas pessoas de Pitágoras, Tales, Solon, Licurgo, Zenos, Anaxágoras, Aristóteles... Foi quando 'Kritiké' (imposta por uma necessidade moral e social), favorecida pela liberdade, tomou sua forma abstrata, criou autoridade judiciosa, dando início à sua árdua tarefa de analisar, corrigir, explicar. Filha, pois, dessa necessidade social e moral, a Crítica, de acordo com a evolução histórica, sentira e percebera, ainda no berço, pode-se dizer, a intuição do justo e do belo como únicos condutores de sua missão. A Crítica resistiu providencialmente a um sem número de embates; a sua razão de existir deu-lhe forças para reagir, evoluir e ainda mais se robustecer, a fim de seguir a senda espinhosa da humanidade. Hoje, quando entre nós a Ética perdeu sua essência, uma vez mais na profunda transição de tempo e de lugar, no vínculo entre pretérito e presente; a Crítica, como entidade moral e filosófica, haverá de recordar o passado, pensar na atualidade e refletir no futuro. Um caminho e uma trilha: planejar no agir o futuro da humanidade ou andar a esmo; a solidez ou a solidão do ser humano. (Caos Markus)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

QUARTA-FEIRA, 12 DE SETEMBRO DE 2012: "TRIBUNOS E TRIBUTOS"

Impostos "invisíveis" oneram em até 93% preços de produtos e serviços Energia elétrica é um item de consumo básico. Mesmo assim, na conta de luz, 31,3% do valor é imposto. No feijão, 32,7% do preço é tributo. A fatia chega a quase 60% na água mineral, enquanto no vinho importado é 93,3%. Os tributos indiretos, muitas vezes invisíveis aos consumidores, incidem sobre mercadorias e serviços e representam cerca de 40% do total arrecadado pelo País. Estudo realizado por professores da GV Administração e da FIA/Fipecafi e por pesquisadora da consultoria tributária WTS do Brasil revela o peso dos tributos na renda e no consumo de uma família de classe média de São Paulo. Para chegar aos números, os pesquisadores destrincharam e simularam a cadeia mais simples de impostos que poderia incidir sobre os produtos escolhidos. As taxas encontradas variaram de 12% (conta de gás) a 93,3% (vinho importado). Os números, no entanto, representam somente o mínimo de imposto embutido nos produtos, já que as cadeias em geral são muito mais extensas. A maior dificuldade de fazer um cálculo tributário está na complexidade do sistema brasileiro. São várias contribuições sociais e impostos que incidem sobre a mesma base de tributação. Segundo os dados mais recentes da Receita Federal, de 2010, o principal tributo brasileiro é exatamente o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que responde por 21,1% da receita tributária total, além de ser a principal fonte de recursos dos Estados. TRANSPARÊNCIA A invisibilidade dos impostos no preço dos produtos é uma realidade que contraria um princípio constitucional. Em seu artigo 150, a Constituição prevê a criação de uma lei que determine medidas para que os consumidores tenham clareza sobre os impostos que incidem sobre as mercadorias e serviços que consomem. No entanto, a lei que regulamentaria a transparência tributária nunca foi aprovada. As empresas fazem seus cálculos tributários e, por isso, têm condição de informar ao cliente o quanto existe de imposto nos produtos. Por exemplo, um chocolate: o rótulo traz as informações nutricionais. Poderia ter também o quanto tem de imposto. Até pelo açúcar eu comeria o chocolate, mas pelo imposto eu deixaria de comer. É um direito. O cidadão não tem consciência tributária e, com isso, não tem clareza sobre o papel que o Estado poderia desempenhar com a arrecadação. Os impostos invisíveis oneram, principalmente, as classes sociais mais baixas. Quando compra um produto, o rico paga exatamente o mesmo imposto que o pobre. Com isso, os pobres acabam desembolsando muito mais em relação à sua renda. (copydesk, Caos Markus)

domingo, 19 de agosto de 2012

TERÇA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2012: "DESCANSO"

NESTE DIA, UM DOMINGO, QUANDO FINALMENTE ELE DESCANSOU, EM PAZ, ELEVAMOS OS NOSSOS ESPÍRITOS EM HOMENAGEM AO SAUDOSO E AMADO PAI. (Caos Markus)

SEGUNDA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2012: "INCISÃO"

Entre a contundência e a incisão no pensar, tenho grande apreço à (co) incidência sempre renovada.
(Caos Markus)

DOMINGO, 9 DE SETEMBRO DE 2012: "RECUSA"

A recusa requer atitude na resistência. O pacifismo não é recusa, é modalidade sui generis de abnegação, em implícita admissão da afronta. Ao ataque, na resistência, o contra-ataque. Necessariamente, a legítima defesa, pois.
(Caos Markus)

SÁBADO, 8 DE SETEMBRO DE 2012: "UNGIDO"

Quando era criança, eu tinha muitos furúnculos. A minha mãe, abnegada criatura, me untava com unguento de basilicão. Por isso, daí por diante, tornei-me ungido.
(Caos Markus)

SEXTA-FEIRA, 7 DE SETEMBRO DE 2012: "SEDUÇÃO QUE REDUZ"

O capitalismo é autofágico, mas seus sequazes não aprendem isso, tão ocupados estão com os seus dogmas e axiomas, ignorando que enquanto escola econômica seduz, mas, como doutrina,a todos reduz.
(Caos Markus)

QUINTA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO DE 2012: "O AGIR DE QUEM EXISTE"

Nas verdadeiras democracias, o direito consagra-se no exercício da cidadania através de participação em prol do desenvolvimento e melhoria do meio vivente. A prática de exposição de uma opinião é o dever que garante esse direito. Assim, não é o voto que faz com que o brasileiro exista. Várias urnas, voto e logo sou cidadão, certo? Errado! Nesse contexto, é possível constatar que, apesar dos brasileiros serem obrigados a votar, nem todos garantem a sua própria existência enquanto cidadão. Mesmo havendo um pequeno quinhão de intelectualidade politizada no Brasil, suas vozes atingem a poucos, e, na verdade, a maioria encontra-se calada: são aqueles que exercem o que chamam de 'cidadania', mas não têm o que dizer sobre quem é eleito ou candidato nas eleições. Ainda assim, somos obrigados a votar, pois, mesmo não garantindo uma nação politicamente evoluída, a obrigatoriedade exprime a vontade da maioria: é o jeito torto de manifestar uma idéia torta de democracia. Nesse ínterim, o voto não garante a voz do cidadão. O fato de ‘existir’ implica também em ‘agir’. Se todos buscassem cumprir seus deveres, a obrigação de votar seria apenas um detalhe disperso no grande processo político e social. Com isso, seria possível selar o fim do paradoxo em que vive o Brasil em oposição a certas partes do mundo, quando, enquanto alguns lutam pela liberdade democrática, outros são obrigados a viver a referida democracia. Voto nulo é, portanto um ‘agir’ de quem ‘existe’; é parte do processo que consolida a democracia na realidade de um povo.
(Caos Markus)

QUARTA-FEIRA, 5 DE SETEMBRO DE 2012: "CAVERNAS ATÍPICAS"

Uma crítica à contemporaneidade da nossa História: ser um troglodita no Paleolítico deve ser considerado algo normal. Ser "troglodita" hoje... Isso é atípico. Pois, vivemos em uma sociedade atípica, pessoas morando em condomínios mas comportando-se como se estivessem fechadas em suas "cavernas".
(Caos Markus)