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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

DOMINGO, 15 DE JANEIRO DE 2012: "CATALEPSIA DO JUDICIÁRIO E CATARSE DA CIDADANIA"

'CATATÔNICO, O JUDICIÁRIO JÁ APRESENTA SINAIS DE
CATALEPSIA, INDUZINDO O CIDADÃO JURISDICIONADO À CATARSE, PELA ELIMINAÇÃO DE IDEIAS SUGESTIVAS DE
QUALQUER REAÇÃO EMOCIONAL' LENTIDÃO PROCESSUAL NO PÓDIUM DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA A lentidão processual é o maior problema registrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no último trimestre de 2011. A chamada "morosidade" ocupa o primeiro lugar na classificação dos temas mais recorrentes abordados pelos cidadãos sobre o Judiciário na ouvidoria do conselho, com 1.429 manifestações. Dessas, 1.315 são reclamações. Em relação ao tema, o balanço mostra que o CNJ registrou também 34 denúncias, 34 pedidos de informações e 46 solicitações. Decisões judiciais foram o segundo assunto mais recorrente abordado pelas pessoas que procuraram a ouvidoria, conforme mostra o levantamento (255 registros). No total, foram 211 reclamações. O terceiro tema com mais manifestações, entre outubro e dezembro, foi a atuação dos magistrados (228) - 166 reclamações. A ouvidoria do conselho recebeu, de outubro a dezembro de 2011, 4.622 manifestações, tendo sido 1.722 destas em outubro, 1.929 em novembro e 971 em dezembro (até o dia 18/12). (copydesk, Caos Markus)

SÁBADO, 14 DE JANEIRO DE 2012: "O PERCURSO DA MUDANÇA"

É impossível aceitar qualquer fórmula simples como trilha correta no alcance da paz (além do muito que se deve construir nessa paz). A fim de que o percurso seja direto e claro, não se pode olvidar acurado olhar sobre os muitos interesses : nacionais, econômicos, raciais; todos existentes em diversificados níveis de capacidade e de desenvolvimento. Haverá muitos legados de ódio, deixados pelas guerras, dificultando a colaboração. Tudo o que podemos fazer na contribuição às possibilidades que se abram à nossa frente, é seguir no escuro os raros raios de luz que parecem chamar-nos a seguir adiante; e lembrar-nos, acima de tudo, que é inútil tentar qualquer controle consciente do nosso destino, a não ser que levemos experimentação e ousadia às finalidade que buscamos. Então, só poderá garantir o nosso fracasso a falta de coragem. Por maior que possa ser a nossa ignorância, certas condições em nossa situação são por demais cristalinas. As guerras que grassam mundo afora nos levam, seja qual for a nossa vontade, para a convicção da indispensabilidade de uma sociedade fundada sobre valores planejados. Enquanto esta se desenvolve ou achamos meios de redefinir um sistema comum de valores aceitos, e um processo comum para torná-los constantes, ou podemos estar certos de que as divergências entre os interesses de estado neste mundo globalizado, interdependente, nos levará sempre e sempre ao advento de outra e outra guerra. Não há uma insignificante parcela de razão para a suposição de que essa sociedade planejada signifique um aumento de bem-estar para o povo, se inexistir um plano deliberadamente preparado para esse objetivo. Uma sociedade planejada pode facilmente ser construída pelo sacrifício da liberdade individual ao poder governamental coletivo, exercido pelos dirigentes da sociedade. No intuito de combater o totalitarismo , somos forçados a planejar. E por isso mesmo, corremos o sério risco de, derrotando-o, reproduzir seus hábitos em nosso cotidiano.Porque sabemos que o preço da derrota é não preservarmos a civilização que combatemos. O que se procura planejar é algo que, simples demais, encerra grande conteúdo: liberdade e democracia. Ora, uma sociedade democrática já em sua própria essência tanto é um caso de inter-relações espirituais de todos os envolvidos, como devam ser as formas pelas quais será governada. Tal sociedade é possível, em última análise, quando o respeito pelas leis nasce da sua concepção por consentimento, jamais através da coerção. Respeito que se torna hábito quando nasce da compreensão dos cidadãos de que, como essa sociedade fornece ao povo a capacidade de satisfazer as expectativas que julga legítimas, também se pede a esses mesmos cidadão o seu respeito. Planejar valores que sejam executados por todos, mas, a partir de cada um, eis a tarefa do revolucionário atual. (Caos Markus)

SEXTA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2012: "PUTREA" (MEDIDA PROVISÓRIA 557)

A exemplo de "côvado", unidade de medida já usada em mensurações lineares, a Provisoriedade da Medida é 'grandeza' com que se mede a permanência do 'ocaso' na improvisada política da acomodação, em 'acasos' de mandatários infra-constitucionais, signatários, todos, da cartesiana linearidade assecuratória dos cartéis de clásulas pétreas, num Brasil das casernas, onde civis aquartelados fracionam a justa, estreita, renda do erário, na injustiça do máximo divisor comum. Eis medida em côvados a cova: 557. Mãe gentílica, qual nação esta putrea já pariu ?! (Caos Markus)

QUINTA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2012: "A VITÓRIA DA DESVENTURA"

O impulso para a dominação nasce do medo da perda do próprio "Eu". Temor que se desnuda em qualquer situação onde o sujeito se vê ameaçado pelo desconhecido. Nessa perspectiva, 'mito' e 'ciência' (ou 'razão') possuem gênese comum. Ambos querem controlar as forças desconhecidas da natureza; desejam equilibrar a multiplicidade do 'sensível'. O 'mito' tem peculiar procedimento: é o 'sacerdote da tribo', mimetiza gestos de cólera ou de pacificação frente às potências naturais. Quando da existência única dos mitos, havia um 'diálogo' comunicativo entre a natureza e os homens, permitindo-se estar assustados ante forças ignoradas. A ciência, todavia, transformou toda a natureza em um formidável juízo de valores analíticos, compelindo-a à adoção da linguagem do número. Formalizou a 'potência' natural, limitando-a ao terreno da matemática. Essa ciência, a do "iluminismo", pretendendo desmistificar a natureza, retirar-lhe o encantamento, isolá-la do "feitiço"; o fez pelo recurso da razão que, a um só tempo, explica e domina os fenômenos naturais. Por tal processo, a ciência "iluminista" alcançou o resultado de um contra-golpe: a vitória da desventura. D o mito captar a origem, cabendo ao 'rito' controlar a manifestação dessa origem. Abolido o mito e a magia, em seu lugar instalou-se a 'racionalidade', sempre de caráter ambíguo, porque iluminadora mas controladora. À imitação (mito) se sobrepôs o 'princípio da identidade': 'somente o que é idêntico na natureza deve ser conhecido'. Daí o sujeito dotado de 'luz natural', iluminado e iluminista, a dominar intelectualmente o mundo. (Caos Markus)

QUARTA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2012: "PONTO DE FUGA"

Até mesmo a 'vitória' é desprovida de qualquer ventura, diante da formidável aventura na perspectiva da vida, onde não se vislumbra o "ponto de fuga".
(Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 10 DE JANEIRO DE 2012: "O REGRESSO DO REPRIMIDO"

O que hoje se entende como 'razão' nada mais é além da 'razão de dominação', traduzida no absoluto controle da natureza não só exterior, mas também, ou principalmente, a interior. É marcada ainda pela 'renúncia' e 'devoção'. Um paradoxo cuja solução, contudo, está em confirmar-se que o objeto da renúncia continua a ser desejado. E, afinal, isso determinará o regresso do reprimido na civilização. A racionalidade que afastou o sujeito do objeto, separou corpo e alma, segregou o 'Eu' e o mundo; a mesma racionalidade que distanciou a natureza da cultura, também transformou paixões, emoções, sentidos, imaginação e memória em adversários do pensamento. Cabe então ao sujeito, já sem os seus aspectos empíricos e individuais, ser o mestre e conhecedor da natureza. A fim de compreendê-la, e não mais para -a partir do seu controle- querer dominar o seu semelhante. (Caos Markus)

SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2012: "AMOR FILOSOFADO"

'Negação' e 'afirmação', sempre que compreendidas, uma ou outra, em exclusividade absoluta, tiveram rumo certo: um só universo de 'reações concêntricas'. Percurso este onde a 'revolta' perdeu-se no caminho. Com efeito, não há porque negar a 'condição que oprime', se não for para 'afirmar o direito do oprimido'. E não haverá qualquer sentido em 'afirmar o direito do oprimido', se 'não for negado o que oprime'. O 'sim' e o 'não', reciprocamente, exigem um do outro. Concomitantes, não matam. A revolta do pensamento busca o 'relativo', pois só nele há alicerce para construir-se uma 'regra moral' para o ser humano. Em todos os seus efeitos, a 'revolta' colocou o 'relativo' como 'espera do homem'. Afinal, é a norma que dirige a 'ação revoltada'. Restrita ao relativo, garante-se a sua humanidade, almejando-a magnífica e trágica a um só tempo: tragédia e magnitude presentes no destino humano. Essa filosofia é complementada pela 'ação'. 'Sensibilidade' e 'pensamento' se lançam à concretização da revolta através de 'atos', às determinantes e às opções, seus efetivos valores. Assim, pode a especulação mostrar-se como verdade: a realização de suas conclusões em favor do ser humano. A essência do pensamento humanista prescreve não apenas o realizável no concreto da existência, porém, o que se consuma de fato. Então, a revolta é humanizada por meio da ação por ela mesma proporcionada. Se a sua resolução não estivesse nesse agir, certamente restaria condenada ao confinamento, tanto quanto a própria filosofia. Porque a verdade é demonstrada na sua capacidade de realização. Uma das dimensões da filosofia é, via de consequência, a 'ação'. Onde a prática for exluída, falsa será a filosofia. Revoltar-se pelo homem é, nota-se, valor supremo. Por isso, uma ação de amor para o presente. (Caos Markus)

DOMINGO, 8 DE JANEIRO DE 2012: "INCLUSÃO, DIGITALIZAÇÃO E CAPIVARA"

Em nome do resgate do ensino refém, aprisionado no cativeiro da Educação brasileira, após sequestro estrategicamente articulado por autodenominadas 'autoridades' nacionais; impõe-se o apoio amplo, geral e irrestrito de todos os pré-ocupados com essa ignominiosa tortura imposta à cultura pátria, de maneira a suprimir o abjeto do objetivo maior da sociedade, ou seja, a sua emancipação e soberania políticas, possível somente através da consolidação das leis de regência do léxico português unificado, além e aquém do Atlântico. Por isso e por causa disto, seja você também signatário da campanha: "PELA INCLUSÃO DIGITAL DACTILOSCÓPICA E GRATUIDADE DAS 'CAPIVARAS' NAS MATRÍCULAS ESCOLARES" (Caos Markus)

SÁBADO, 7 DE JANEIRO DE 2012: "(DES)ENCONTRO"

Eu, nem bardo nem trovador, só pretendi, no meu estar-no-mundo, apreender da vida a sua intensidade no amor. Mas, tem soprado o vento, quase a murmurar: '-Isso só é possível onde habita a humanidade.' Se mil vidas eu tivesse, em todas elas eu prosseguiria em minha insana busca: encontrar nos homens a humanidade rejeitada. Distantes do humano, porém, afastam-se de si mesmos. Então, sem a própria solidão como fiel e dedicada companheira, fingem ignorar a existência desse amor, temendo-o, pois conjugá-lo será vivê-lo na primeira pessoa do plural. Lá, aonde 'nós' todos devíamos ter comum domicílio; e não aqui, onde cada um apenas possui residência. (Caos Markus)